Sector Mineiros/Extrativo

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miguelbud

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #15 em: Outubro 25, 2011, 08:16:45 pm »
Citação de: "Lusitano89"
Ouro no Alentejo explorado por empresas canadiana e australiana

De acordo com o ministério, as contrapartidas para o Estado vão ser de «quatro por cento» do valor de produção no terceiro ano de contrato.

Posteriormente, caso seja requerida e atribuída à “joint-venture” a concessão definitiva da exploração mineira naquele local, sublinhou, o Estado português vai continuar a ficar com quatro por cento do valor de produção.Lusa
Confesso que nao estou muito inteirado deste sector, mas 4% nao é demasiado pouco? Compreendo que o estado só possa ter 4% a partir do terceiro ano, mas depois depois devia ter mais.
 

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PedroI

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #16 em: Outubro 27, 2011, 11:41:18 am »
Caro Miguel,

O lucro para o Estado neste tipo de negócios de concessão não pode ser visto linearmente sejam minas, poços de petróleo ou terminais de contentores.

Não obstante 4% poder ser bastante quando se fala de ouro a verdade é que o interesse do Estado é primeiramente económico e só depois financeiro.
Estamos a falar da criação de emprego, aumento de exportações, dos milhares a investir certamente algum será em empresas/produtos nacionais (cimentos na Secil, electricidade na EDP, combustíveis na Galp, papel higienico da Renova, etc, etc,) é tudo riqueza que "fica" cá, no caso das minas do ponto vista ambiental o estado passa grande parte da responsabilidade para o concessionário.
Financeiramente mesmo sendo um investidor estrangeiro vai ter de pagar impostos cá pelo que irá haver todo um retorno de IRC's, IVA's e até IRS's directos e indirectos por detrás de uns a partida míseros 4%.

Cumprimentos,
 

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miguelbud

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #17 em: Outubro 27, 2011, 06:34:48 pm »
Caro Pedro,

entendo perfeitamente tudo o que disse. Mas volto a dizer que 4% acho pouco, independentemente de ser ouro, cobre, lítio, volframio, ferro, etc. Estes recursos naturais nao se renovam e uma vez extraídos ficamos mais pobres, pois no dia em que a sua extraçao nao for rentável a empresa estrangeira fecha as portas, vai para outro lado e nós ficamos outra vez na mesma situaçao. Nos países democráticos onde os privados extraem ouro, qual é a % media que o estado recebe? Pode ser mais ou pode ser menos, mas pelo menos ficamos com a ideia se isto é um bom ou mau negócio. Agora vir um luso-canadiano dizer q uma empresa canadiana vai extrair isto ou aquilo e nós recebemos X, o que é um excelente negócio, parece-me uma negociata á Sócrates.

Eu sou contra a liberalizaçao selvagem do sector primário, a menos que se invista no sector secundário (como referiu acima), para acrescentar valor na cadeia. Caso contrário passamos a ser como África.
 

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Lusitano89

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #18 em: Outubro 30, 2011, 05:57:43 pm »
Governo prepara estratégia para o petróleo e o sector mineiro


O Governo está a preparar uma estratégia para o petróleo e sector mineiro, a apresentar em 2012, disse ontem o subdirector-geral da Direcção-Geral de Energia e Geologia, Carlos Caxaria.

Em declarações à agência Lusa, à margem do Fórum da Indústria Extractiva que hoje decorre na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Carlos Caxaria defendeu que “o esforço de prospeção de petróleo será inevitavelmente acelerado no momento da primeira descoberta”.

“No dia que Portugal tenha a sorte de ter uma primeira descoberta, não temos que andar à procura de empresas para vir investir, elas vêm a correr atrás de nós e as próprias condições negociais poderão ser optimizadas”, antecipou.

“Vai haver uma estratégia que já está a ser preparada por este Governo. O anterior também já a tinha começado a fixar, mas depois não teve tempo para a concretizar. Durante 2012, teremos essa estratégia para o petróleo e sector mineiro cá fora”, adiantou à Lusa.

Para Carlos Caxaria, é preciso “muito bom senso” e não se podem “ter atitudes que levam as empresas a ir embora, porque há muito sítio em todo o mundo onde esse dinheiro pode ser gasto, que não em Portugal”.

“Nós temos que acarinhar as empresas, criar-lhes condições administrativas para que não haja perdas de tempo estéreis”, defendeu.

O responsável falou da empresa brasileira Petrobrás, que “tem outros trabalhos à escala global, onde tem os equipamentos a operar”, aprofundando em Portugal “o conhecimento científico na área da geofísica, da sísmica 3D, identificando alvos para que dentro de dois, três anos possa vir furar esses alvos que entretanto foram selecionados”.

“Nós confiamos muito na Petrobrás, é das mais experientes à escala global. Estamos convictos que vamos ter uma surpresa positiva, a médio, longo prazo”, confessou.

Lusa
 

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Malagueta

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #19 em: Novembro 03, 2011, 09:12:01 am »
O Governo assinou hoje com sete empresas dez contratos para a exploração de minérios metálicos no País, no valor de 8,6 milhões de euros.

Na concessão experimental de ouro, situado nos concelhos de Montemor-o-Novo e Évora, o investimento previsto nos próximos três anos é de 3 milhões de euros.

Os restantes 5,6 milhões de euros são o investimento previsto para os projectos de prospecção e pesquisa.

A anteceder a assinatura dos contratos, o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, destacou a importância do sector mineiro, sublinhando que a aposta nestes "recursos muito valiosos" terão também um impacto nas regiões onde serão desenvolvidos, trazendo "novas e melhores condições de vida para as populações".

Santos Pereira sublinhou várias vezes o "potencial do sector mineiro" como motor para o desenvolvimento económico e das regiões, destacando que o Governo está interessado "em agilizar investimentos".

No entanto, salientou que nestes projectos serão sempre garantidas as melhores condições de contrapartidas para Portugal.

No final do evento, o secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, que também participou na cerimónia, disse aos jornalistas que a Colt, a empresa que vai explorar ouro, vai pagar ao Estado 'royalties' de 4 por cento a partir do terceiro ano do projecto.

Questionado pelos jornalistas se o Governo admite rever contratos, Henrique Gomes disse: "Há intenção, quanto possível, em renegociar outros contratos", dando como exemplo a renegociação recente com a Repsol.

O ministro da Economia e do Emprego salientou que estes investimentos "são muito importantes para o país".

O sector mineiro "é um dos motores da reforma económica que estamos apostados", permite a "criação de postos de trabalho, aumento da receita fiscal", têm impacto nas exportações e reduzem "a dependência de matérias-primas que vêm de fora", numa altura em que os preços têm vindo a subir, adiantou o ministro.

Na assinatura estiveram as empresas Iberian Resources/Colt Resources, uma concessão experimental para ouro, prata, cobre, chumbo, zinco e minerais associados, nos concelhos de Montemor-o-Novo e Évora, a CPF -- Companhia Portuguesa do Ferro, que irá fazer prospecção e pesquisa de ferro e minerais associados em Torre do Moncorvo e Freixo de Estada à Cinta, e a Maepa, que irá pesquisar ouro, prata, cobre, chumbo e zinco nos concelhos algarvios de Aljezur, Monchique e Portimão.

Além disso, a Eurocolt Resources assinou ainda dois contratos para prospecção e pesquisa, um para ouro, prata, cobre, chumbo, zinco e metais associados em Montemor-o-Novo, Évora, Viana do Alentejo, Vendas Novas e Alcácer do Sal, e o outro de antimónio, arsénio, cobre, lítio, entre outros minerais, em várias regiões como Tabuaço, São João da Pesqueira, Moimenta da Beira Vila Nova de Foz Côa.

A Minaport - Minas de Portugal assinou dois contratos. Um para as regiões de Oleiros, Fundão, Castelo Branco, Vila Velha de Rodão e
Proença-a-Nova (prospecção e pesquisa de cobre, volfrâmio, antimónio, ouro e prata), e outro para ser desenvolvido em Barrancos e Moura (cobre, zinco, chumbo, ouro e prata".

A PANNN irá desenvolver a sua pesquisa e prospecção na Covilhã e Fundão (lítio, volfrâmio, rubídio, cobre, ouro, prata, entre outros), tendo assinado dois contratos - um para a área do Fundão e outro para Argemela.

A Renoeste, que assinou uma adenda contratual, irá explorar na salgema no concelho do Pombal, na área do Carriço. Este último projecto tem "subjacente a criação de condições que viabilizem sinergias para o armazenamento subterrâneo de gás natural", refere uma nota do ministério
 

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Lusitano89

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #20 em: Novembro 16, 2011, 07:24:14 pm »
China, Rússia e Alemanha vão fazer prospecção no mar dos Açores


Três países foram autorizados a realizar trabalhos de prospecção subaquática no mar dos Açores, tendo em vista procurar minerais preciosos, como o cobre, revelou hoje o director do departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores. Ricardo Serrão Santos, que falava na Horta, Faial, numa palestra sobre 'Uso Sustentável do Mar', especificou que a Rússia, a China e a Alemanha são os países que já terão recebido autorização para efectuar prospeção subaquática no mar do arquipélago, junto às ilhas e à Dorsal Média Atlântica, situada a sul dos Açores.

«Estamos a acompanhar este processo com planos de conservação», afirmou o investigador, destacando que se trata de processos que exigem grandes cuidados.

Ricardo Serrão Santos frisou que «há um grande interesse neste momento» pela exploração comercial do fundo do mar, mesmo em locais de grandes profundidades, como acontece ao largo do arquipélago, onde estão situadas as fontes hidrotermais 'Lucky Strike', 'Menez Gwen' e 'Raibow'.

Nesse sentido, salientou que a exploração de cobre no mar profundo «é, neste momento, rentável» em zonas como o Oceano Pacífico, onde estão instaladas empresas a efectuar exploração mineral a cerca de mil metros de profundidade.

O director do Departamento de Oceanografia e Pescas defendeu, no entanto, que é necessário «compatibilizar as questões económicas e de exploração com a conservação desses ambientes» para evitar eventuais atentados ambientais nos locais de prospecção e exploração mineral.

O investigador recordou que a procura de cobre é tão grande, mesmo em Portugal, que quase todos os dias surgem notícias dando conta de «roubos de cabos» para comercializar o cobre.

A eventual prospecção mineral no mar dos Açores continua a gerar, no entanto, muitas dúvidas entre os cientistas e investigadores ligados ao sector, mas também no executivo regional.

Frederico Cardigos, director regional dos Assuntos do Mar, afirmou hoje que «é absolutamente determinante a utilização sustentável do mar» dos Açores, acrescentando que as autoridades açorianas conhecem «perfeitamente o enquadramento de algumas actividades que são realizadas, que têm níveis de sustentabilidade adequados», mas admitiu que são «necessários mais dados» para questões relacionadas com a prospecção do mar profundo.

A palestra hoje realizada na Horta, integrada nas comemorações do Dia Nacional do Mar, contou também com a participação de Steve Scott, investigador da Universidade de Toronto, no Canadá, e de Pierre-Marie Sarradin, do IFERMER, um instituto francês de investigação marinha.

Lusa
 

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #21 em: Janeiro 06, 2012, 07:43:23 pm »
Companhia Portuguesa de Ferro vai investir 1 Milhão de €€ em três anos


A Companhia Portuguesa de Ferro vai investir um milhão de euros, nos próximos três anos, em prospeção de minério de ferro na área mineira de Carviçais II, em Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta.

Em declarações à Agência Lusa, Nuno Costa Gomes, gerente da CPF, disse, contudo, não haver qualquer incompatibilidade entre esta exploração e o anunciado investimento de mil milhões de euros da empresa australiana Rio Tinto numa zona vizinha.

"A prospeção e pesquisa está a decorrer como planeado e dentro de três anos poderá surgir uma nova etapa em todo o processo. Só vemos vantagens, ou até mesmo uma complementaridade, com a entrada de uma empresa como a Rio Tinto em todo o processo", disse Nuno Costa Gomes.

Os australianos da Rio Tinto, maior empresa de minas do mundo, querem investir cerca de mil milhões de euros na exploração de ferro em Portugal, em particular na área do concelho transmontano de Torre de Moncorvo.

Segundo Nuno Costa Gomes, o projeto da CPF não tem resultados imediatos. O empresário salientou ainda o facto de que todos os investimentos no setor mineiro são efetuados "a muito longo prazo".

"Devido à crise financeira internacional, a malha está muito mais apertada para a viabilização de projetos desta natureza", acrescentou.

No terreno está já uma equipa de geólogos e outros profissionais, em trabalhos de análise e prospeção que durará três anos, podendo haver prolongamento do prazo.

A CPF tem associada uma empresa de direito norueguesa a este projeto de exploração mineira.

Lusa
 

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miguelbud

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #22 em: Fevereiro 02, 2012, 01:39:28 pm »
Governo revê contrato das Minas da Panasqueira

O Ministerio da economia está a ultimar as negociaçoes para a revisão dos contratos das Minas da Panasqueira.

Esta medida insere-se na estratéfgia do Governo de alteração das obrigações contratuais de investimento na fase de prospecção e desenvolvimento dos recursos geológicos nacionais e dos 'royalties' pagos pelas empresas.

Fora deste âmbito ficam as recentes concessões para pesquisa e exploração petrolífera, projectos que têm à frente empresas como a Galp, Petroberas e Partex.

O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, durante o seminário sobre o potencial petrolífero em Portugal.

"Estamos a fazer um levantamento de todos os projectos existentes em Portugal", refere o governante, acrescentando que "os contratos existentes têm de ser equilibrados e justos. Devem ser revistos à luz dos actuais critérios internacionais".

http://economico.sapo.pt/noticias/gover ... 37280.html
 

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #23 em: Fevereiro 04, 2012, 09:19:22 pm »
Uma reportagem sobre a extraçao de mármore.

http://aeiou.expresso.pt/pedra-portugue ... do=f702765
 

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #24 em: Fevereiro 05, 2012, 12:59:38 am »
O mesmo mármore que vai para Itália em blocos, é cortado e leva uma marca italiana...
E volta para ser vendido em Portugal.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #25 em: Março 22, 2012, 09:07:26 pm »
Governo assina novos contratos para minas

O Governo lança amanhã novos concursos para explorações mineiras em Portugal, anunciou hoje o Ministério da Economia. E assina novos contratos para prospecção e exploração de recursos minerais.

Amanhã decorrerá a "cerimónia pública de lançamento de novos concursos de recursos minerais metálicos", assim como à "assinatura de novos contratos de prospecção e pesquisa e exploração de Recursos Minerais Metálicos e Hidrominerais".

Na convocatória hoje divulgada o Ministério da Economia não avança que contratos irá assinar e acontece depois de terem sido colocadas dúvidas, na imprensa, sobre o possível projecto de exploração das minas de ferro em Moncorvo pela Rio Tinto.

No entanto, segundo dados da Direcção-Geral de Geologia foram concedidas, já este ano, para pesquisa e prospecção de feldspato e lítio à José Aldeia Lagoa & Filhos e à Imerys, nas regiões de, respectivamente, nos concelhos da Guarda e Vila Real. à Aldeia & Irmãos foi concedida licença para pesquisar caulino em Boticas.

Em fase de publicitação, estão as licenças à Femica para pesquisar quartzo, feldspato e lítio na região do concelho de Viana do Castelo. E em análise está um pedido de licença da Minerália para pesquisar vários minerais, nomeadamente ouro e prata, nos distritos do Porto e Braga.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=546361
 

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #26 em: Março 23, 2012, 04:31:26 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #27 em: Março 26, 2012, 07:24:20 pm »
Portugal volta a extrair ouro 20 anos depois


A mina de Jales, em Vila Pouca de Aguiar (Trás-os-Montes), a única em Portugal onde se explorou ouro, vai reabrir, duas décadas depois de encerrar.
O anúncio foi feito ao SOL pelo responsável do departamento de Minas e Pedreiras, da Direcção-geral de Energia e Geologia (DGEG), Luis Martins, adiantando que no final deste mês deverá ser «lançado o concurso público» para as empresas interessadas em explorar aquele metal precioso naquela mina.

«O ouro que for extraído em Portugal deverá ter como destino o emergente mercado asiático», prevê Luis Martins, acrescentando que há já vários grupos interessados.

É o caso, entre muitas outras, de duas empresas canadianas: a Redcorp Ventures, uma das principais a operar no mercado mineiro em Portugal, e a Colt Resources. Na corrida deverá estar ainda a a portuguesa Almada Mining, também com capitais canadianos. De acordo com o responsável da DGEG «numa primeira fase o concurso será aberto só às empresas de extracção mineira que já mostraram interesse na Mina de Jales», mas depois será aberto a outros candidatos.

Para o país, as vantagens do regresso à exploração de ouro, numa altura em que a cotação do metal precioso atinge máximos históricos, são óbvias. «Além de todos os empregos directos e indirectos ligados à exploração, há as exportações, em que o país está a ter dificuldade. E este Governo já assumiu que as exportações são a saída da crise», diz Luís Martins.

 
Crescem pedidos de prospecção do metal

Aliás, no último ano aumentaram os pedidos de prospecção de ouro feitos à DGEG. E dispararam os investimentos de empresas privadas em projectos de pesquisa deste metal precioso. «Há, por exemplo, um projecto para prospecção no Valongo, da Almada Mining, em vias de ser aprovado; outro em Penedono e outro ainda em Vila do Rei, da inglesa MedGold», diz Luis Martins, esclarecendo que este departamento governamental não tem ainda os números conclusivos de 2011. «Mas temos a clara ideia de que o investimento aumentou ao nível dos melhores anos», garante.

Segundos os dados da DGEG, aos quais o SOL teve acesso, no melhor ano, 2005, em metais preciosos no país, foram investidos 2.944.458 euros.

A maioria das empresas mineiras a operar no país são, porém, estrangeiras, refere Daniel Oliveira, investigador do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG). É que os investimentos são bastante avultados e tem de se perder pelo menos dois anos para detectar se é viável explorar uma mina.

Por exemplo, a Colt Resources começou trabalhos de pesquisa de ouro em 2010 perto de Montemor-o-Novo, no Escoural, e só agora surgem os primeiros resultados do investimento. «E apenas dentro de seis meses a um ano, saberemos se vamos conseguir extrair ouro destas minas e se vamos avançar», explica ao SOL Nikolas Perrault, presidente da empresa que há cinco anos chegou ao país.

O líder da Colt Resources aproveita para sublinhar que «a tradição mineira em Portugal, que remonta há 200 anos, tem sido negligenciada nos tempos modernos». Nikolas Perrault diz que Montemor «era uma oportunidade em que ninguém reparava». E que agora promete dar lucros: «Tudo indica que vamos encontrar reservas assinaláveis em Montemor. Todos os dias temos dados novos promissores. Mas é cedo».

O presidente da empresa admite, no entanto, que o negócio é caro: «o investimento necessário à exploração será no mínimo de 10 milhões a 15 milhões de dólares ».


«Há grande potencial em Jales»

A Redcorp Ventures, que, do mesmo modo, mostrou interesse na prospecção na Mina de Jales, também adianta que a sua aposta passapelo ouro português. Depois de anos dedicados a outros metais, tem agora dois projectos para extrair ouro no país: um na Seara Velha, perto de Boticas, em Vila Real; e o de Jales.

«As Minas de Jales foram as maiores de ouro em Portugal e o projecto Jales/ Gralheira tem um potencial mínimo total de 300 mil onças de ouro (com um teor médio de 8,9 gramas por tonelada de ouro). Há um grande potencial», explica João Barros, director da Redcorp em Portugal.

O outro projecto da empresa é em Boticas, na Mina da Seara Velha, «Corresponde às antigas minas de ouro denominadas Limarinho e Poço das Freitas, cuja antiga concessionária Kernow Resources abandonou, e cujos estudos já realizados revelam um grande potencial em termos de reservas de ouro», adianta ainda João Barros.

Para os dois projectos, a Redcorp prevê, em termos de prospecção, um investimento de um milhão e 800 mil euros, só nos primeiros três primeiros anos.

Para Daniel Oliveira, o facto de o ouro ter uma cotação «tão alta» é uma oportunidade para Portugal. O responsável do LNEG lembra: «Não foi por acaso que os romanos investiram em Portugal. Já eles tinham minas de ouro abertas».

SOL
 

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miguelbud

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #28 em: Março 27, 2012, 08:27:18 am »
Citar
Mohave acredita que há seis milhões de metros cúbicos de gás no subsolo de Alcobaça

A Mohave Oil and Gas Corporation acredita que o subsolo de Alcobaça posa ter volumes potenciais de gás na ordem dos cinco a seis milhões de metros cúbicos, anunciou a empresa que pretende iniciar a prospecção na cidade.
"Identificámos uma estrutura geológica que poderá revelar reservatórios com volumes potenciais de gás na ordem dos cinco a seis milhões de metros cúbicos", anunciou Rui Vieira, geólogo da Mohave Oil and Gas Corporation.

De acordo com o geólogo, se as expectativas da empresa se confirmarem, tal poderá significar uma produção de "dois milhões de metros cúbicos de gás por dia, durante cerca de oito a dez anos".

Rui Vieira falava em Alcobaça, no âmbito de uma reunião pública para explicar à população as pretensões da empresa, que solicitou à Câmara Municipal autorização para efectuar um furo de prospecção no perímetro urbano da cidade.

O furo, a realizar a 700 metros de distância do Mosteiro (monumento classificado) é, segundo o geólogo, "a única forma de confirmar" a existência ou não de gás.

As sondagens, que aguardam apenas o aval da câmara (que irá revelar a sua posição na próxima semana), deverão ser realizadas a 3.000 metros de profundidade e decorrer durante 120 dias, 24 horas por dia.

Os incómodos para a população eram os maiores receios manifestados pela autarquia, mas a empresa assegurou hoje que os trabalhos não envolvem qualquer perigo para as habitações próximas do furo e que o equipamento a utilizar será "silencioso".

A empresa assegurou ainda que irá contactar com todos os moradores na zona do furo para os informar sobre os procedimentos que irá seguir e que, "se necessário, serão colocadas barreiras acústicas" para minimizar os impactos.

Na reunião estiveram presentes responsáveis da Direcção-Geral de Energia e Geologia, que reafirmaram não haver qualquer problema com a perfuração no perímetro urbano.

O Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) não participou no esclarecimento público. No entanto, o presidente da câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, anunciou que o organismo fez chegar à autarquia "uma posição em que não se opõe às perfurações, mas exige que os trabalhos sejam acompanhados por arqueólogos".

No âmbito do contrato de concessão, a empresa já realizou trabalhos de prospecção geofísica numa área de 160 quilómetros quadrados, repartidos por várias freguesias no concelho de Alcobaça.

Anteriormente haviam sido realizadas análises sísmicas em algumas freguesias e na cidade de Alcobaça, onde a câmara autorizou os trabalhos, depois de obtido parecer favorável do IGESPAR e ter estipulado um raio de protecção de 500 metros ao Mosteiro de Alcobaça.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=547145
 

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Re: Sector Mineiros/Extrativo
« Responder #29 em: Abril 10, 2012, 10:16:47 pm »
Repsol procura parceiros para explorar gás no Algarve


A petrolífera espanhola Repsol está a procura de parceiros para partilhar o risco de investimento da exploração de gás no Algarve.

A garantia foi dada hoje por Max Torres, director para o norte de África e Europa da Repsol, durante o encontro sobre recursos energéticos em Portugal promovido pelo lide - Grupo de Líderes Empresariais.
 
A Repsol detém a concessão dos blocos 13 e 14 da exploração de gás natural no Algarve, que representa um investimento total de cerca de 83 milhões de dólares, dos quais 65 milhões estão relacionados com a perfuração de um poço de gás.
 
O consórcio inicial era constituído em 70% pela Repsol e em 30'% pela RWE, mas o grupo alemão acabaria por abandonar o projecto devido ao seu programa de reestruturação de activos.
 
Na mesma ocasião, Max Torres mostrou-se convicto da existência de gás natural na região devido as características geológicas que são semelhantes as duas explorações que a Repsol tem na zona de Cádis.

Diário Económico