Portugal comecerá a recuperar?

  • 625 Respostas
  • 181457 Visualizações
*

Cabecinhas

  • Investigador
  • *****
  • 1505
  • Recebeu: 5 vez(es)
  • Enviou: 11 vez(es)
  • +4/-0
(sem assunto)
« Responder #135 em: Setembro 22, 2007, 02:35:37 am »
Não se esqueçam que o clima de Portugal é o mais ameno da Europa e a cana de açucar consegue-se dar bem em temperaturas "menos" quentes, pelo menos existe uma espécie de cana de açucar que tolera estas temperaturas. Pelo menos foi o que lí num artigo
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
---
 

*

PereiraMarques

  • Moderador Global
  • *****
  • 8007
  • Recebeu: 1336 vez(es)
  • Enviou: 355 vez(es)
  • +5242/-239
(sem assunto)
« Responder #136 em: Setembro 23, 2007, 09:37:46 pm »
Citação de: "Alfré"
Un ejemplo para la economia de Portugal, datos del 2006 :oops:  :oops:


E o que que é isso quer dizer, que os Suecos vão já pedir para ser integrados na Noruega pelo facto de terem o dobro da população e "apenas" mais 50 mil milhões de USD de PIB? :?
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #137 em: Setembro 23, 2007, 10:28:17 pm »
Empresas: Exame divulga ranking das 500 maiores e melhores empresas em Portugal

Citar
Lisboa, 23 Mar (Lusa) - A revista Exame apresenta segunda-feira o ranking das 500 maiores e melhores empresas em Portugal, que apresentaram em 2006 um volume de negócios conjunto de 94.218 milhões de euros (61,1 por cento do PIB português).

Fonte oficial do grupo Impresa, que publica a revista mensal de economia Exame, disse à agência Lusa que os lucros somados das empresas que integram o ranking das 500 maiores e melhores empresas em Portugal subiram 41 por cento em 2006, atingindo 5.817 milhões de euros.

Apesar destes resultados, as 500 sociedades consideradas representam apenas 0,05 por cento do total de empresas em Portugal e cerca de 6 por cento do emprego, com um total de 312.777 trabalhadores no ano passado, segundo a mesma fonte.

O porta-voz da Impresa assinalou que mais de três quintos (60,8 por cento) das empresas que integram o ranking se situam na região de Lisboa e Vale do Tejo e correspondem a mais de 74 por cento das vendas, 68 por cento do emprego e quase quatro quintos dos lucros das 500 sociedades escolhidas.

Com base em vários indicadores e rácios é escolhida a melhor empresa de cada um dos 26 sectores de actividade e, entre aquelas, é escolhida a melhor do ano, decisão que é ratificada por um júri constituído pela Exame, pela consultora Deloitte e pela Informa D&B Portugal, precisou.

Os rácios para escolha das melhores empresas são os resultados líquidos, rentabilidade do activo, rentabilidade do capital próprio, rentabilidade das vendas aferida pelos resultados, valor acrescentado bruto por vendas e solvabilidade e liquidez geral, segundo a organização.

O porta-voz da Impresa indicou que as empresas premiadas de cada sector e a empresa do ano são anunciadas segunda-feira num jantar em que estará presente o ministro da Economia, Manuel Pinho, e o presidente da Impresa, Pinto Balsemão, enquanto a revista estará nas bancas terça-feira.

o mesmo responsável precisou que este é o 18º ano consecutivo em que é elaborado o ranking e premiadas empresas.

 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #138 em: Setembro 24, 2007, 01:56:28 pm »
 Portugal foi o sexto maior beneficiário de Bruxelas em 2006
 


Citar
Portugal foi o sexto beneficiário da União Europeia em termos relativos em 2006, ao receber de Bruxelas uma verba equivalente a 2,44 por cento da sua riqueza, revela o relatório anual divulgado pela Comissão Europeia.
 


O relatório sobre o orçamento comunitário do ano passado revela que Portugal foi o nono maior beneficiário em termos absolutos, ao receber 3,63 mil milhões de euros, o equivalente a 3,7 por cento do "bolo" total de 106,6 mil milhões de euros distribuído em 2006 pelos 25 Estados-membros (Bulgária e Roménia só aderiram à União a 01 de Janeiro de 2007).

Portugal manteve o seu "estatuto" comparativamente ao ano anterior, já que em 2005 também fora o nono beneficiário em termos absolutos (recebendo então 4 mil milhões de euros) e sexto em termos de percentagem do Rendimento Nacional Bruto (recebendo nesse ano o equivalente a 2,68 por cento da sua riqueza).

Até 2004, Grécia e Portugal eram os maiores beneficiários em termos relativos dos "dinheiros comunitários", cenário alterado com o alargamento da União de 15 a 25 Estados-membros.

O relatório da Comissão revela que Portugal destinou 69,7 por cento das verbas recebidas (ou seja, 2,5 mil milhões de euros, o equivalente a 1,70 da riqueza nacional) a acções estruturais, destinadas ao crescimento económico e emprego.

O documento indica que Portugal é o terceiro melhor "aluno" da UE a 25 no aproveitamento dos fundos estruturais, ao apresentar uma taxa de execução de 82 por cento (superada apenas por Irlanda e Áustria), segundo dados actualizados já em Setembro de 2007.

A segunda grande "fatia" da verba transferida por Bruxelas para Lisboa em 2006 destinou-se à Agricultura, sector para o qual foram canalizados 26,2 por cento dos fundos comunitários recebidos no ano passado (951 milhões de euros, o equivalente a 0,64 por cento do RNB).

Em termos globais, o orçamento da União em 2006 foi de 106 mil milhões de euros - o que representou um acréscimo de 1,7 por cento relativamente a 2005 (104,8 mil milhões em 2005) , embora em termos da riqueza total da UE tenha sido ligeiramente inferior, já que equivaleu a 0,93 por cento do RNB dos 27, contra 0,97 por cento do ano anterior.

Os maiores beneficiários continuam a ser os habituais, com França, Espanha, Alemanha, Itália e Reino Unido a receberem, em conjunto, nos seus "cofres" 57,8 mil milhões de euros, ou seja, praticamente 60 por cento do orçamento total.

Numa apreciação geral aos dados deste relatório anual sobre a distribuição das despesas da UE pelos Estados-membros, a Comissão regozija-se por se verificar o que classifica como a confirmação de uma melhoria da qualidade das despesas, dado verificar-se um reforço do financiamento em favor da competitividade: mais de 37 por cento dos 106,6 mil milhões de euros destinaram-se a promover a coesão e competitividade para o crescimento e emprego, seguindo-se.

Em termos de saldo orçamental - a diferença entre aquilo com que cada Estado-membro contribuiu e recebeu -, a Comissão nota que os benefícios suplantaram visivelmente os custos, com a maior parte dos países a apresentar um saldo positivo, como é o caso de Portugal, o quinto Estado-membro mais beneficiado, com o equivalente a 1,54 por cento da sua riqueza.

A nota negativa do relatório é a execução dos fundos pelos 10 "novos" Estados-membros, que em média apresentam uma taxa de execução de 57 por cento dos fundos estruturais e de somente 22 por dos fundos de coesão.

A comissária responsável pela Programação Financeira e Orçamento, Dlia Grybauskaite, que no ano passado lançara um "alerta amigável" aos recentes Estados-membros por fazerem previsões muito acima da sua real capacidade de absorção e execução, foi hoje muito crítica, advertindo-os que correm o sério risco de perderem as verbas e também poder negocial em futuras discussões sobre o orçamento da União, dando "razão" àqueles países que reclamam o fim dos fundos de coesão.

Portugal é um dos poucos Estados-membros da UE a 15 que ainda beneficia de fundos de coesão no orçamento 2007-2013.


 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #139 em: Setembro 24, 2007, 11:15:22 pm »
Sócrates sustenta que Portugal vai superar metas de Quioto


Citar
O primeiro-ministro afirmou que Portugal superará em 2012 as metas de limitação da poluição previstas no protocolo de Quioto e considerou que os EUA estão a evoluir no combate ao aquecimento global.


Em declarações aos jornalistas, após ter discursado na Conferência de Alto Nível das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, José Sócrates disse que Portugal assumiu já "metas mais ambiciosas do que as definidas dentro da União Europeia" (UE).

Na perspectiva de Sócrates, em matérias como as energias renováveis, "Portugal está na linha da frente da Europa, tendo já 39 por cento da sua energia eléctrica com base renovável".

"Nas energias a partir do vento e da água está no centro nacional da produção de energia", sustentou o actual presidente em exercício da UE, antes de referir que também ao nível dos biocombustíveis as metas de Portugal "são mais ambiciosas" do que as de Bruxelas.

"As nossas metas não só garantem o cumprimento dos objectivos inerentes ao protocolo de Quioto, como também projecta para além de 2012 uma eficiência energética e uma economia baseada em fontes de energia alternativas", advogou.

Interrogado sobre a possibilidade de falhar um futuro acordo global em torno das alterações climáticas por os Estados Unidos não subscreverem um compromisso a esse nível, Sócrates manifestou-se optimista em relação ao comportamento da administração de Washington.

"A resistência norte-americana a qualquer compromisso sobre metas ambientais já foi maior. Os Estados Unidos encontram-se em evolução, precisamente porque há uma liderança da UE neste domínio", considerou o primeiro-ministro.

Na perspectiva de Sócrates, a administração de Washington e as autoridades de muitos dos Estados norte-americanos "estão progressivamente interessados em responder ao problema do aquecimento global".

"Não é possível um compromisso global sobre o maior problema que se coloca à humanidade com os Estados Unidos de fora. Nos próximos tempos, haverá certamente uma grande cooperação entre a UE e muitos dos governadores dos Estados norte-americanos neste domínio", disse.

 
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8696
  • Recebeu: 1780 vez(es)
  • Enviou: 778 vez(es)
  • +1029/-8800
(sem assunto)
« Responder #140 em: Setembro 25, 2007, 06:48:40 pm »
Isto diz tudo.

A grande mistificação das contas públicas!...

A forma transparente de aferir o cumprimento dos objectivos do Governo, em termos de contas públicas, seria a apresentação dos valores da execução orçamental comparativamente aos valores orçamentados. Todavia, os valores continuam a ser apresentados comparativamente com o ano anterior. Assim, custa mais a perceber se os objectivos estão a ser ou não cumpridos, e onde se situam os principais desvios. Um analista exterior tem dificuldades em fazê-lo, tanto mais que não é total a correspondência entre os mapas do orçamento e os da execução orçamental. Com os elementos ao dispor, e ressalvando alguns ajustamentos derivados da distinção entre contabilidade pública e nacional, em relação ao mês de Agosto e ao Sub-Sector Estado(não inclui Administração Regional e Local, Segurança Social e Fundos e Serviços Autónomos), a situação é a seguinte:
1. Era previsto que as despesas com o pessoal aumentassem 0,25%. Estão a aumentar 3,4%.
2. Era previsto que as aquisições de bens e serviços correntes aumentassem 3,5%. Estão a aumentar 10,2%.
3. Era previsto que as despesas correntes aumentassem 1,2%. Estão a aumentar 4,5%.
4. Era previsto que as despesas de capital aumentassem 2,1%. Estão a diminuir 2,9%.
5. Era previsto que a despesa total aumentasse 1,2%. Está a aumentar 3,9%.
6. Era previsto que a receita dos impostos aumentasse 4,9%. Está a aumentar 8,6%.
7. Era previsto que as receitas correntes aumentassem 1,6%. Estão a aumentar 10,4%.
8. Era previsto que as Receitas totais aumentassem 1,6%. Estão a aumentar 10,1%.
A situação explicita a enorme mistificação que o governo tem vindo a fazer, afirmando o controle das finanças públicas e do défice, pela compressão da despesa. Não é verdade. O governo não está a controlar nada. Quem tem acudido ao défice é o contribuinte, através do aumento dos impostos. No caso, para o dobro do previsto!...


http://quartarepublica.blogspot.com/200 ... licas.html

Comntários no mesmo blogue, MUITO interessantes (longo)

12 Comments:
At 22:46:00, ruy said...
Caro Pinho Cardão,
as contas de Teixeira dos Santos são de facto espantosas.
Façamos um pequeno exercício. Se calcular-mos o Défice de 2007 nas condições existentes em 2004, isto é sem as receitas provenientes dos aumento dos impostos e dos cortes sociais que se verificaram, creio eu único critério válido para comparação dos Défices de 2007 e 2004, e acrescentarmos as receitas extraordinárias que o Pinho Cardão deu a conhecer (1,4%) obtemos para o Défice de 2007 o valor astronómico de cerca de 7%, muito superior aos 5,2% do PIB obtidos por Bagão Félix. Para este ano o Défice REAL deverá ter um valor semelhante. Lamentavelmente, fora dos Blogs, parece que ninguém sabe fazer contas e a mentira propagandeada do governo prevalece. É imperdoável o silencio dos economistas com acesso à comunicação social.

 
At 23:17:00, Tonibler said...
Caro Pinho Cardão,

Gabo-lhe a paciência de ir bater os números parciais da execução orçamental quando, muito provavelmente, estão fervilhantes de tanta martelada que levaram. É óbvio que o governo não controla a despesa e, em rigor, nunca controlou. Mesmo esta que estão a reportar já deve ser a sobrante de tanto diferimento que levou. Agora (falta a provocação), se o governo não controla a despesa, em que situação se justificaria uma redução dos impostos? :)...

 
At 1:04:00, Antonio Almeida Felizes said...
Caro Pinho Cardão,

É indiscutível que existe um desvio apreciável entre a receita e a despesa realizada e a projectada. Todavia, como todos sabemos, os orçamentos são meras projecções de despesa a realizar e de receitas a arrecadar, em que o essencial, não é propriamente seguir à risca o que está orçamentado, mas antes, o resultado final, que, no caso do Estado, serão o deficit não ultrapassar os famigerados 3% do PIB .

Assim sendo e face à excelente execução orçamental da Receita, o governo teve condições para não ser tão rigoroso ao nível da execução da Despesa.

Este ano, a este nível, as coisas correram bem ao Governo, mas o problema pode vir a seguir, ou seja, se a arrecadação de Receita por algum motivo cair, aí sim, vai ser necessário o Estado proceder a um forte apertar do cinto com consequências sociais e políticas que podem ser relevantes.

Cumprimentos,

Regionalização
.

 
At 9:10:00, JM Ferreira de Almeida said...
Verdadeiro serviço público, Pinho Cardão!

 
At 9:22:00, patio said...
Se o Ministro das finança, fosse um director financeiro de qualquer multinacional estava despedido por incumprimento dos objectivos!

 
At 9:41:00, Snowball said...
Se isto não estivesse já tão mau, dá vontade de desejar um anito de crescimento 0, a ver se eles finalmente cortam na despesa corrente (não na despesa de capital = investimento)...

 
At 9:43:00, Pinho Cardão said...
Caro Ruy:

De facto, tem havido por parte dos analistas, comentadores, professores e economistas mediáticos um estranho silêncio de conivência. Não se preparam, não lêem as estatísticas, são rotineiros, limitam-se a reproduzir a propaganda. É a vida!...

Caro Tonobler:

Bateu no ponto certo. Com efeito, se o governo não controla a despesa que ele próprio determinou, não pode diminuir os impostos, para poder continuar tal política laxista.
Por isso, eu continuo a dizer que a diminuição do défice não se deve ao governo, mas aos contribuintes. Nós pagamos e o governo fica com os louros.

Caro António Almeida Felizes:
O Orçamento é um documento muito discutido, nomeadamente no Parlamento, durante mais de dois meses, com audições de todos os Ministros, reuniões nas Comissões e debates em Plenário.Claro que
haverá sempre desvios entre as realizações e os valores orçamentados. No Estado e nas empresas.
No défice ou no superavit está o resultado final. Acontece que esse resultado é uma mera derivada, resultante da evolução da despesa e da receita. Acontece que o aumento da despesa tal como se está a verificar demonstra que o governo não a está a dominar, como era e tem sido o seu objectivo enunciado e bem propalado. O Estado está a engordar, e o governo queria emagrecê-lo. É um objectivo não alcançado, o que é tanto mais criticável quanto o governo continua a dizer que o está a alcançar.
Por outro lado, tem vindo a ser pedido aos cidadãos um esforço fiscal exageradíssimo.
O défice não será ultrapassado, mas não é indiferente para a economia tal acontecer por via do aumento dos impostos e não por via da diminuição da despesa.
Por isso, não há investimento nas empresas, inovação, qualificação dos colaboradores.
Trata-se de uma política pública mal executada, com efeitos graves sobre a economia.

 
At 10:03:00, Tonibler said...
Caro Pinho Cardão,

Mas, se bem me lembro das execuções orçamentais do tempo da M. Ferreira Leite, as contas tinham desvios semelhantes nas despesas correntes apesar de estar tudo congelado. E vai ser assim enquanto se achar que governar é gerir a administração pública, em vez de servir o povo, como acontece com a educação, com a saúde, com...

 
At 11:51:00, CCz said...
Caro Pinho Cardão:

E onde entra aqui a engenharia orçamental? Onde entram as manigâncias, como o Público relatava ontem, estilo contas das Estradas de Portugal?

 
At 12:41:00, Virus said...
Então e para culminar tudo isto que me dizem à provável duplicação do IMI em Lisboa para tapar o buraco financeiro da CML? Parece que a lição do António Costa veio bem aprendida do Governo, que é "Se as coisas dão para o torto com as contas das vossas asneiras, então apertem com eles (os contribuintes) que eles comem e calam! Isto do apertar o cinto é para quem não manda!"

Tomem lá e vão-se curar lisboetas... quiseram votar nos "Chuchialistas" agora comam com eles!

E... espera lá!!! Eu também vivo em Lisboa! RATS!!!!!

 
At 14:18:00, ruy said...
Diz o Almeida Felizes, para se atingir o resultado final dos 3% do Défice.
Infelizmente o Défice de 2006 propagandeado pelo governo não foi de 3,9% mas 5,3% como tão bem demonstrou o Pinho Cardão. 3,9% sim, se não contarmos com as receitas extraordinárias, 5,3% considerando tais recitas. Enfim, o Défice real de 2006 foi, insisto de 5,3%. Mas se considerarmos as condições existentes de 2004 ele subiria para cerca de 7% como afirmei antes. Isto significa que a redução do Défice não passa de uma miragem e os valores apresentados pelo governo são fictícios e encontram-se muito longe do Défice REAL. Em 2007 iremos seguramente assistir a uma ficção semelhante.
Os valores das receitas extraordinárias e as receitas arrecadadas em 2006 num cenário idêntico ao de 2004 são resultado de:
Haverá que juntar aos fictícios 3,9% o valor em percentagem do PIB das receitas extraordinárias, a saber: antecipação de impostos sobre o tabaco (300 milhões), vendas de património (439 milhões), dividendos extraordinários e antecipados (REN-60 milhões), dividendos extraordinários (GALP-124 milhões, recuperações de créditos líquidas de adicionais da operação de titularização (1.198 milhões), o que dará, tudo somado 1,4% e assim para valor real do Défice, 5,3% do PIB.
Quanto às receitas arrecadadas em 2006 relativas à alteração de cenário teremos - aumento de dois pontos percentuais do IVA (19% para 21%) e que se traduz numa receita de 1,1% do PIB, o valor arrecadado com todos os outros aumentos de impostos que o governo de Sócrates impôs, as “receitas” provenientes dos aumentos das taxas moderadoras e de todos os outros Cortes Sociais, encerramento de maternidades, SAPs, etc que, estimando por baixo daria 0,5% do PIB.
O Défice de 2006 subiu assim a 6,9% do PIB se calculado em idênticas condições às de 2004.
Custa a acreditar mas é verdade. Este governo socialista continua na senda despesista dos governos socialistas anteriores, e irá deixar o País numa situação mais gravosa do que a encontrou, também seguindo a mesma lógica dos governos socialistas que o antecederam.

 
At 16:58:00, Tavares Moreira said...
Nesta (infeliz) altura dos acontecimentos em Portugal, duas vozes - apenas duas - se destacam pela objectividade, desassombro e independência com que analisam a questão da "consolidação" orçamental: Medina Carreira e Pinho Cardão.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #141 em: Setembro 26, 2007, 01:32:54 am »
Realmente se esses dados estão correctos, só mostra que o governo não está a conseguir dominar o "monstro", pelo menos da maneira que seria desejável.
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #142 em: Setembro 26, 2007, 01:36:37 am »
Governo: Sócrates congratula-se com subida de Portugal no ranking do Banco Mundial

Citar
Nova Iorque, 26 Set (Lusa) - O primeiro-ministro considerou hoje que a subida de Portugal no ranking do Banco Mundial sobre ambiente de negócios é resultado do sucesso do Programa de Simplificação Administrativa (Simplex), que gerou um clima mais propício à iniciativa empresarial.

As declarações de José Sócrates foram proferidas depois de participar na sessão de abertura da LXII Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque.

De acordo com o relatório do Banco Mundial, que hoje foi divulgado em Washington e ao qual a agência Lusa teve acesso, Portugal ocupa a 37ª posição entre os países com melhor ambiente de negócios, tendo subido três posições face ao ano passado, quando ocupava a 40ª posição.

Entre os 27 Estados-membros da União Europeia, Portugal surge a meio da tabela, à frente de países como a Espanha (38ª posição), Luxemburgo (42ª posição), Hungria (45º lugar), Bulgária (46º), Roménia (48º), Itália (53º) e Grécia (100º).


No ranking do Banco Mundial sobre melhores condições para negócios, Portugal foi elogiado no relatório de 2006 pela introdução da medida que permite a criaç��o de empresas na hora.

No relatório deste ano, entre dez diferentes capítulos em termos de importância de reformas, Portugal é citado em seis: facilidade no começo de negócios, registo de propriedade, sistema de pagamento de impostos, proximidade nos negócios e sistema contratual.

"Trata-se de uma boa notícia para Portugal, demonstrando que no País há cada vez mais um ambiente propício à iniciativa e ao risco em termos de negócios", declarou José Sócrates.

De acordo o chefe do Governo, Portugal está a subir "consecutivamente no ranking do Banco Mundial, o que é muito positivo para a imagem internacional do País".

"Estes resultados devem-se às reformas feitas pelo Governo em termos de informação empresarial simplificada, fim das escrituras obrigatório e fim das declarações negativas" (certidões comprovativas que uma empresa não deve ao fisco ou segurança social), sustentou o primeiro-ministro.

Segundo Sócrates, o programa Simplex está a "combater a burocracia e a criar um melhor ambiente para a iniciativa e para os negócios".

Pelo segundo ano consecutivo, o ranking do Banco Mundial colocou Singapura em primeiro lugar, seguida pela Nova Zelândia, Estados Unidos, Hong Kong (China), Dinamarca, Reino Unido, Canadá, Irlanda, Austrália e Islândia.
 

*

ricardonunes

  • Investigador
  • *****
  • 5125
  • Recebeu: 454 vez(es)
  • Enviou: 97 vez(es)
  • +388/-7286
(sem assunto)
« Responder #143 em: Setembro 26, 2007, 11:11:28 am »
Fazer negócios é mais fácil em Portugal do que em Espanha

Citar
Afinal, apesar das diferenças que se têm verificado entre os dois países no ritmo de crescimento económico, fazer negócios em Portugal já é mais fácil do que em Espanha.

Quem o diz é o Banco Mundial e o International Finance Corporation (IFC) no relatório Doing Business 2008, que hoje é publicado.

Pelo quinto ano, estas duas entidades medem, em dez diferentes áreas, as condições que as empresas têm para desenvolver os seus negócios em cada país, utilizando como princípio fundamental a ideia de que, quanto menos regulação, burocracia e impostos, melhor se desenvolvem os negócios. Na edição deste ano, Portugal fica, pela primeira vez, à frente de Espanha.

Portugal ficou colocado no índice de facilidade em fazer negócios na 37.ª posição, entre 178 países. No ano passado, Portugal tinha conseguido o 40.º lugar no ranking e, há dois anos, era o 42.º melhor. Já a Espanha, realizou o percurso inverso. Estava no 30.º lugar há dois anos e agora encontra-se na 38.ª posição.

Os indicadores em que Portugal retira mais vantagens e em que perde mais lugares são evidentes. O pior desempenho nacional surge, de acordo com o relatório, ao nível da legislação laboral, que é considerada demasiado inflexível. Nesta área, Portugal fica entre os 20 do mundo com pior pontuação. Também muito baixa é a prestação ao nível do licenciamento, considerado muito caro e demorada para as empresas. As alterações legislativas que estão a ser implementadas nesta matéria ainda não são consideradas neste relatório.

Pela positiva, o Banco Mundial e o IFC destacam este ano a melhoria registada ao nível da facilidade com que se faz um registo de propriedade. Neste indicador, Portugal saltou do 98.º para o 65.º lugar, o que constituiu o principal contributo para a subida de três lugares no ranking total.

Muitas reformas não chega

Portugal é ainda um dos países que mais reformas colocaram em prática no período analisado (que vai de Abril de 2006 a Abril de 2007). Das dez áreas consideradas foram identificadas reformas em seis. No entanto, a uma grande quantidade de reformas, parece não corresponder uma melhoria significativa nos rankings. E é por isso, ao contrário do que aconteceu em 2003, que Portugal não surge no Top 10 dos maiores reformadores mundiais. Como explica Rita Ramalho, uma portuguesa que é uma das autoras do relatório, "um país para ser considerado top reformer tem que satisfazer 2 critérios: ter feito pelos menos 3 reformas - Portugal fez 6 - e ter tido o maior salto nos rankings de um ano para outro e é aqui que Portugal falha".

Um dos exemplos está nas medidas tomadas ao nível da criação de empresas. Os indicadores neste capítulo melhoraram, mas a verdade é que, do ano passado para este, Portugal desceu no ranking mundial. Além de Portugal, mais 38 países realizaram reformas nesta área.

Singapura, Nova Zelândia e Estados Unidos continuam a ocupar os primeiros lugares do ranking. Os países africanos dominam a parte de baixo da tabela. Angola apenas consegue bater Timor-Leste. Moçambique ficou entre os países que mais lugares subiram na edição deste ano.



Publico
Potius mori quam foedari
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #144 em: Setembro 26, 2007, 01:17:02 pm »
Novo centro de inovação da Nokia Siemens no Tagus Park vai desenvolver soluções para telecomunicações

Citar
O presidente da Nokia Siemens Networks, João Picoito, disse à agência Lusa que o futuro centro de inovação da empresa, que estará localizado nas instalações do Instituto Superior Técnico (IST) no Tagus Park, vai desenvolver aplicações de software para os operadores de telecomunicações.
 


"Vamos desenvolver aplicações de software para vender aos operadores de telecomunicações em todo o mundo", explicou o responsável, acrescentando que o objectivo destas soluções "é melhorar o desempenho das redes" de telecomunicações.

A Nokia Siemens Networks assinou hoje um protocolo com a Universidade Técnica de Lisboa e com o IST que prevê criar no edifício do instituto, no Tagus Park, um centro de inovação.

"O objectivo é criar dentro da Universidade Técnica um centro de colaboração em projectos de investigação, formação e intercãmbio entre a Nokia Siemens e o Técnico", sublinhou João Picoito.

Nesta primeira fase, o centro de inovação terá 70 engenheiros até final do ano e mais 30 em 2008, atingindo os 100.

Questionado sobre se este projecto tem o apoio da Agência Portuguesa para o Investimento (API), Picoito afirmou apenas que "poderá vir a ter".

"Instalámos em Portugal cinco laboratórios de investigação e desenvolvimento em Alfragide em 2007, este ano apresentámos o mega centro de serviços e estamos a fazer mais dois, um em Aveiro [apresentando em Maio] e este do Tagus Park", resumiu João Picoito.

"Esta é uma aposta continuada em centros dentro de universidades", resultante de parcerias, concluiu.

 
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8696
  • Recebeu: 1780 vez(es)
  • Enviou: 778 vez(es)
  • +1029/-8800
(sem assunto)
« Responder #145 em: Setembro 26, 2007, 02:35:11 pm »
Comanche, o tópico é sobre o estado da economia nacional e não sobre projectos específicos de empresas. E o tópico está a tornar-se num repositório desse tipo e coisas e a não discutir-se o essêncial. Pedia pois a contribuição de todos e o contraditório em relação a esses comentários.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #146 em: Setembro 27, 2007, 02:18:58 pm »
IGCP cancela emissão sindicada de Obrigações do Tesouro prevista para o terceiro trimestre


Citar
explica o Instituto em comunicado citado pela Reuters.
   
O Governo tem afirmado que cumprirá o objectivo de descer o défice do Sector Público Administrativo (SPA) para 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2007, depois de o ter reduzido 2,1 pontos percentuais (pp) para 3,9% em 2006.
   
O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, já avançou com uma meta de 2,4% para o défice público em 2008.
   
O IGCP anunciou ainda a realização do leilão de reabertura da OT/Setembro/2013, com cupão 5,45%, no próximo dia 10 de Outubro, no montante indicativo de 1.000 milhões de euros (M€).
   
"Não se prevê a realização de outros leilões de OT no trimestre", acrescenta.
   
O Instituto divulgou também o calendário de leilões de Bilhetes do Tesouro (BT) para o quarto trimestre deste ano, iniciando com um leilão de 500 M€ de montante indicativo de BT/Set/2008 a 3 de Outubro.
   
A 17 de Outubro, realizará um leilão de entre 300 e 750 M€ de BT/Jan/2008, a 7 de Novembro fará com o mesmo montante indicativo de BT/Mai/2008 e, entre 21 de Novembro e 5 de Dezembro, realizará um leilão de BT/Nov/2008 com montante entre 1.250 e 1.750 M€.
   
O IGCP encerrará o ano com um leilão de BT/Mar/2008, com montante entre 300 e 750 M€, a 19 de Dezembro.
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #147 em: Setembro 27, 2007, 08:12:34 pm »
Citar
Lisboa, 27 Set (Lusa) - O ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, congratulou-se hoje por o Instituto Nacional de Estatística (INE) prever que a dívida pública manterá, este ano, o mesmo peso que registou em 2006.

Na segunda notificação do procedimento dos défices excessivos, o INE aponta que o défice orçamental deverá situar-se em 3,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), o mesmo valor previsto pelo Governo.

Refere, igualmente, que a dívida pública deverá ascender a 64,8 por cento da riqueza produzida por ano em Portugal, mantendo o mesmo peso que em 2006.

"Registo que [o INE] mantém o valor do défice quanto a anos anteriores e a 2006, bem como mantém a previsão para este ano, de 3,3 por cento", afirmou Teixeira dos Santos à agência Lusa.

"Congratulo-me que a dívida pública não v�� subir segundo o que consta no report do INE hoje divulgado", acrescentou.

 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #148 em: Outubro 02, 2007, 03:40:31 pm »
Clima económico estabiliza em Setembro - INE

Citar
Lisboa, 02 Out (Lusa) - O indicador de clima económico português estabilizou em Setembro pelo segundo mês consecutivo, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O Inquérito de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores mostra que o indicador de clima económico, que reflecte as perspectivas dos empresários da indústria, construção, comércio e serviços, se manteve nos 1,2 por cento, ao mesmo nível do mês anterior, depois de em Junho ter atingido o máximo de cinco anos.

A confiança dos consumidores voltou a cair em Setembro, prolongando a tendência de queda iniciada em Novembro, com as expectativas sobre a situação económica e sobre a evolução do desemprego a recuarem para mínimos desde Julho de 2006.

A contribuir para a descida da confiança dos consumidores esteve também a deterioração das expectativas sobre a poupança, segundo os dados do INE.

Os números mostram ainda que do lado dos empresários, a confiança melhorou em Setembro na indústria transformadora, no comércio, nos serviços e na construção e obras públicas.

 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 21895
  • Recebeu: 3610 vez(es)
  • Enviou: 2541 vez(es)
  • +2019/-3849
(sem assunto)
« Responder #149 em: Outubro 02, 2007, 03:53:42 pm »
Citação de: "manuel.liste"
Portugal tendrá en 2010 una de las mayores factorías acuícolas del mundo, que producirá 7000 toneladas anuales de rodaballo y creará 350 puestos de trabajo en Mira:


www.farodevigo.es
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.