O tratamento das gémeas luso-brasileiras no Serviço Nacional de Saúde (SNS) permitiu uma poupança de milhões de euros a uma seguradora brasileira que, até então, era responsável pelo pagamento do primeiro tratamento das crianças, com outro remédio.A seguradora, assim como o Hospital Lusíadas, têm a mesma empresa proprietária: o hospital privado foi mesmo a escolha da família das gémeas para garantir a marcação de uma consulta com a mesma médica do Hospital Santa Maria.Em Setembro de 2019, antes da viagem de Daniela Martins viajar para Portugal, um tribunal de São Paulo condenou a referida seguradora a pagar o medicamento Spinraza para evitar a propagação da atrofia muscular espinhal das meninas.Numa resposta da seguradora a um tribunal brasileiro, de acordo com a CNN Portugal, esta aponta que «é evidente o desequilíbrio que esse tipo de tratamento traz ao plano de saúde. Tratando-se de um contrato colectivo, elevará à estratosfera o valor mensal a ser pago pela colectividade de utilizadores».«Considerando o caso, tem-se o custo em dobro, sendo possível estipular o custo anual de 2,6 milhões de reais», ou seja, cerca de 600 mil euros.Uma vez em Portugal, o apoio do Hospital Lusíadas revelou-se fundamental: num email a Daniela Martins, pode ler-se que «com o apoio do dr. Vítor Almeida, director dos Lusíadas, será contactada a directora clínica dos Lusíadas Lisboa, para através dela obtermos o envolvimento da dra. Teresa Moreno».A médica, especialista em atrofia muscular espinhal, dava consultas nos Lusíadas e no Santa Maria, e resistiu a marcar a primeira consulta das gémeas no hospital público até esta ser imposta pelas ordens da Secretaria de Estado da Saúde, liderada por Lacerda Sales.A consulta das gémeas no hospital Lusíadas de Lisboa acabou desmarcada mais ou menos na mesma altura em que foi agendada a consulta directamente no Hospital Santa Maria que daria acesso ao tratamento.
Ricardo Salgado está a passar uma férias luxuosas numa mansão em Auboone, na Suíça, para comemorar o seu 80º aniversário, aponta esta segunda-feira o ‘Correio da Manhã’: não falta luxo ao antigo dono do BES, condenado a oito anos de prisão efectiva no caso Marquês e mais seis no processo EDP – são dezenas de cozinheiros, jardineiros, mordomos e seguranças que trabalham no castelo que pertence ao genro, Philippe Amon, marido da sua filha, Catarina, considerado um dos homens mais ricos da Europa.Há também campo de ténis, piscina, várias habitações e um heliporto, sendo que o acesso está muito restrito: os vizinhos garantem que não conhecem ou sequer viram o proprietário da mansão. Há várias câmaras de vídeo-vigilância para controlar o perímetro e árvores enormes para impedir a visão. A mansão tem cinco portões de entrada, o que permite fugir aos mais curiosos. Segundo o jornal diário, os trabalhadores são altamente controlados e estão impedidos de falar sobre a vida na mansão. «Têm um contrato de sigilo. O que ali se passa não se fala fora da mansão», revela um emigrante português ao jornal diário.Aubonne é uma zona suíça recheada de portugueses, sendo que o castelo não é excepção: é precisamente um emigrante português quem controla a segurança. É o homem de confiança da família milionária e é quem escolhe os trabalhadores para a casa – os trabalhadores entram por um portão diferente.Ricardo Salgado garantiu à justiça que voltará ao nosso país, mas dificilmente alguma vez irá para a cadeia. A defesa já alegou que com a doença de Alzheimer poderá, à semelhança, por exemplo, do ex-secretário de Estado José Penedos, cumprir a pena em casa.
Num dos vídeos a que a TVI, do mesmo grupo da CNN Portugal teve acesso, vê-se uma tela gigante onde se lê "The Joe Father", numa alusão ao clássico filme de mafiosos de Francis Ford Coppolla, O Padrinho.Joe Berardo comemorou o 80.º aniversário, celebrado a 4 de julho, com uma festa de arromba que está a dar que falar, porque o empresário tem dívidas de centenas de milhões de euros a vários bancos por créditos incumpridos.A comemoração aconteceu na Quinta da Bacalhôa, em Azeitão, propriedade da Fundação Berardo, e reuniu centenas de convidados e teve como pano de fundo várias alusões a filmes, como é o caso do clássico O Padrinho.Num dos vídeos a que a TVI, do mesmo grupo da CNN Portugal teve acesso, vê-se uma tela gigante onde se lê "The Joe Father", numa alusão ao clássico filme de mafiosos de Francis Ford Coppolla "The Godfather", "O Padrinho".O custo da festa não é conhecido, nem tão pouco os pormenores para além dos vídeos e fotografias registadas no momento pelos convidados. Mas a comemoração contou com centenas de pessoas.[continua]
O FDP ainda goza. Inacreditável!
Francisco Pessegueiro admitiu ontem no Tribunal de Espinho que praticou a generalidade dos factos de que é acusado. Porém, inverteu a narrativa do Ministério Público (MP). Não foi corruptor. Diz que foi extorquido pelos ex-autarcas espinhenses e até comparou a abordagem de que foi alvo a um assalto à sua própria casa.O empresário disse que, quando Pinto Moreira ainda era presidente da Câmara de Espinho, este o convidou para tomar um café para discutir três projectos que o construtor queria ver aprovados: um lar, um hospital e um hotel. No café Eleven, o autarca disse-lhe que «para fazer as démarches políticas, seriam necessários 25 mil euros para o lar, 25 mil euros para o hospital. Para o hotel não conseguia quantificar porque era muito problemático devido à zona», contou.Pessegueiro diz que se sentiu «sem alternativa». Se não pagasse, «a probabilidade dos meus projectos ficarem na gaveta era muito grande», por isso aceitou. «Foi o mesmo que me assaltarem a casa, apontarem uma arma à cabeça das minhas filhas e dizerem dá-me tudo ou mato-as», comparou.O empresário disse que ficou «atónito» e contou os pedidos de Pinto Moreira e também do seu sucessor, Miguel Reis, ao arquitecto João Rocha. «Depois disseram-me que era normal». Para o empresário, as «démarches» prometidas seriam para agilizar o processo, «nada de ilícito». A partir daí, o autarca «passou a acompanhar os projectos e a trocar mensagens com o arquitecto».Porém, ao contrário do que sustenta a acusação, Pessegueiro garante que nunca entregou qualquer quantia a Pinto Moreira. E que ele também nunca lhe exigiu o dinheiro, pois «os projectos foram aprovados, mas não foram vendidos».A procuradora do MP confrontou o empresário, gerente de uma cadeia de talhos, com uma troca de mensagens no dia seguinte à aprovação - em menos de um mês - do projecto Urban 32.O promotor Paulo Malafaia, seu parceiro e angariador de clientes, pergunta-lhe «quanto queres em bifes» e Pessegueiro responde: 50 quilogramas. No dia seguinte, marca um encontro com Pinto Moreira. Era código para dinheiro, questionou a procuradora? «Eram mesmo bifes e carnes», assegurou Pessegueiro.Sobre um encontro num café em São Félix da Marinha em que, segundo a acusação, terá entregado 50 mil euros a Pinto Moreira, Pessegueiro disse que não se recorda. «Não sei se falamos de projectos. Não faço ideia. Sei que não faz sentido eu fazer transporte de dinheiro. Nunca na vida. Palavra de honra», jurou.[continua]
Corruptor confesso compara ex-autarcas de Espinho a assaltantes(6 de Setembro de 2024)Citação de: Jornal de NotíciasFrancisco Pessegueiro admitiu ontem no Tribunal de Espinho que praticou a generalidade dos factos de que é acusado. Porém, inverteu a narrativa do Ministério Público (MP). Não foi corruptor. Diz que foi extorquido pelos ex-autarcas espinhenses e até comparou a abordagem de que foi alvo a um assalto à sua própria casa.O empresário disse que, quando Pinto Moreira ainda era presidente da Câmara de Espinho, este o convidou para tomar um café para discutir três projectos que o construtor queria ver aprovados: um lar, um hospital e um hotel. No café Eleven, o autarca disse-lhe que «para fazer as démarches políticas, seriam necessários 25 mil euros para o lar, 25 mil euros para o hospital. Para o hotel não conseguia quantificar porque era muito problemático devido à zona», contou.Pessegueiro diz que se sentiu «sem alternativa». Se não pagasse, «a probabilidade dos meus projectos ficarem na gaveta era muito grande», por isso aceitou. «Foi o mesmo que me assaltarem a casa, apontarem uma arma à cabeça das minhas filhas e dizerem dá-me tudo ou mato-as», comparou.O empresário disse que ficou «atónito» e contou os pedidos de Pinto Moreira e também do seu sucessor, Miguel Reis, ao arquitecto João Rocha. «Depois disseram-me que era normal». Para o empresário, as «démarches» prometidas seriam para agilizar o processo, «nada de ilícito». A partir daí, o autarca «passou a acompanhar os projectos e a trocar mensagens com o arquitecto».Porém, ao contrário do que sustenta a acusação, Pessegueiro garante que nunca entregou qualquer quantia a Pinto Moreira. E que ele também nunca lhe exigiu o dinheiro, pois «os projectos foram aprovados, mas não foram vendidos».A procuradora do MP confrontou o empresário, gerente de uma cadeia de talhos, com uma troca de mensagens no dia seguinte à aprovação - em menos de um mês - do projecto Urban 32.O promotor Paulo Malafaia, seu parceiro e angariador de clientes, pergunta-lhe «quanto queres em bifes» e Pessegueiro responde: 50 quilogramas. No dia seguinte, marca um encontro com Pinto Moreira. Era código para dinheiro, questionou a procuradora? «Eram mesmo bifes e carnes», assegurou Pessegueiro.Sobre um encontro num café em São Félix da Marinha em que, segundo a acusação, terá entregado 50 mil euros a Pinto Moreira, Pessegueiro disse que não se recorda. «Não sei se falamos de projectos. Não faço ideia. Sei que não faz sentido eu fazer transporte de dinheiro. Nunca na vida. Palavra de honra», jurou.[continua]Fonte: https://www.jn.pt/1202270680/corruptor-confesso-compara-ex-autarcas-de-espinho-a-assaltantes/Cumprimentos,