NE SAGRES e seus Irmãos

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NE SAGRES e seus Irmãos
« em: Julho 14, 2004, 09:18:40 am »
Dado que este assunto estava a ser abordado noutro tópico... :wink:



"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Lancero

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Maio 22, 2009, 09:42:18 pm »
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Sagres: Cadetes da Escola Naval navegam como os descobridores  

    *** Por Miguel Souto da Agência Lusa ***  

 

 

    Aveiro, 21 Mai(Lusa) - O navio-escola Sagres, o mais emblemático da Marinha Portuguesa e um dos maiores veleiros do Mundo, está de partida para mais uma viagem de instrução de cadetes da Escola Naval.  

 

    O objectivo é levar os cadetes a aplicar no mar os ensinamentos ministrados na Escola Naval, numa viagem que os levará às Bermudas, Nova Iorque, Bóston, Halifax e Belfast.  

 

    Partiu de Lisboa na tarde do dia 18 rumo a Aveiro, onde vai permanecer até ao dia 25, para participar nas comemorações do Dia da Marinha, que assinala a chegada de Vasco da Gama à Índia.  

 

    Amarras libertas, a Sagres foi deslizando pelo Tejo, direita ao mar. Largou do Alfeite e endireitou-se para se fazer à viagem.  

 

    A bordo soaram apitos de diferentes sonoridades, num chilrear colectivo e a calma deu lugar a correrias em todas as direcções.  

 

    Trata-se da "faina dos mastros", como nos foi explicado. Cada mastro tem a sua guarnição e as ordens são dadas por assobios numa toada de pergunta e resposta difícil de descodificar.  

 

    O frenesim instala-se a bordo. Homens trepam aos mastros, desafiando-se em agilidade e esforço para soltar as velas, e a Sagres desfralda-se em toda a sua beleza, a despedir-se do Tejo.  

 

    Só o Cristo-Rei é nítido numa Almada desfocada e Lisboa vai ficando uma aguarela.  

 

    O velame, as cordas, a cantilena das ondas a acariciar o casco, os estalidos secos de madeiras, a força humana...  

 

    Navega-se como há 500 anos e tudo ali nos remete para sonho e memória.

 

    Damos por nós a rever batalhas navais de infância em que um qualquer alguidar lá de casa nos servia de navio-almirante. Vemo-nos a reler o imutável livro da primária que nos apresentou Vasco da Gama. Sentamo-nos outra vez nos bancos do liceu com os Lusíadas sublinhados do nosso poeta maior.  

 

    A terra começa a ser uma miragem e o sol esconde-se no horizonte. A Sagres volta a agitar-se em múltiplos assobios para recolher as velas.  

 

    São agora silhuetas que trepam e se penduram nas alturas, com o barco a baloiçar, num teatro de sombras, digno de se ver e de causar vertigem.

 

    Tudo ali nos remete para memória, também colectiva. Quantas naus e caravelas, quantos conquistadores, missionários e marujos não navegaram assim?  

 

    Quantos descobridores não esqueceram rapidamente a terra, deixada em lágrimas e cuidados, ao ver aquela linha do horizonte, animados pelo querer ver mais além e com a excitação de experimentar novos mundos?  

 

    A Sagres vai navegando agora silenciosa pela noite fora, de mastros despidos, como espadas apontadas ao Céu e quase todos se recolhem às cobertas, mas a quietude é ilusória. O navio não dorme, tem os olhos entreabertos...

 

    À proa, um vigia que vai perscrutando a imensidão. Insensíveis ao vento e ao frio, alguns homens permanecem à roda do leme. Estão "de quarto"!  

 

    É uma espécie de serviços mínimos para os quais a tripulação é escalada de quatro em quatro horas e que garante a boa navegação, enquanto os outros descansam, embalados pelo balançar ritmado do navio, como crianças adormecidas num berço.  

 

    Às 07:00 da manhã ouve-se o corneteiro tocar a alvorada e a Sagres volta a acordar.  

 

    Trata-se da higiene pessoal, arrumam-se os alojamentos, toma-se a primeira refeição porque, à boa maneira militar, às 08:30 há a formatura.  

 

    Passada a revista às tropas, é tempo de faxinas. Lava-se a ponte e o convés, desmontam-se os dourados para arear, retocam-se pinturas, cuida-se da manutenção.  

 

    A refeição é o momento de maior descontracção em que se brinca e conversa sobre todos os assuntos e mais algum.  

 

    Há quem se deite ao sol, abrigado do vento, como se estivesse na praia, mas a tarde não vai ser de turismo, porque o comandante Proença Mendes tem alguns exercícios preparados.  

 

    Primeiro é uma "avaria no leme" rapidamente reparada pelos seus homens que correspondem satisfatoriamente ao teste de prontidão. Depois é a simulação de queda de homem ao mar que mobiliza toda a tripulação.  

 

    É assinalada a posição do "náufrago" e em grande velocidade é descida uma embarcação semi-rígida que vai ao seu encontro e transmite para terra o seu estado. As comunicações são feitas através de sinais de bandeiras e via rádio.  

 

    Por fim, o barco regressa ao navio-mãe e é içado, tendo à espera a equipa que vai prestar os primeiros socorros.  

 

    Proença Mendes segue a operação com olhar examinador: "não admito o erro. Se saímos para o mar, todos temos de voltar", sentencia.  

 

    Umas milhas à frente já se vê Aveiro pela amurada. Aproximamo-nos para entrar a barra, contornando o banco de areia que o Vouga deposita. É içada a bandeira portuguesa, a mesma que há-de emocionar a comunidade portuguesa de Nova Iorque, quando em finais de Junho a Sagres lá chegar com ela hasteada.

 

    Surge a lancha dos pilotos, para orientar a entrada, e o comandante vai recebê-los à escada de corda do portaló. Trocam cumprimentos e conversam sobre a manobra enquanto aguardam instruções de terra.  

 

    O povo anónimo, apesar de habituado a ver navios, acorre ao molhe sul, à meia-laranja ou ao forte, para receber a Sagres. Alguns têm até antepassados que embarcaram ainda em grandes veleiros na epopeia do bacalhau, pescado à linha em dóris. Talvez por isso estejam ali, pela tal memória individual e colectiva que a Sagres desperta e tão bem representa.  

 

 
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lancero

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« Responder #2 em: Maio 24, 2009, 09:57:27 pm »
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Marinha: Navio escola Sagres recebe pela primeira vez Bandeira Azul

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O navio-escola "Sagres" recebeu pela primeira  vez a bandeira azul, na vertente das embarcações, atribuída pela Associação  Bandeira Azul da Europa (ABAE) pelas acções realizadas em prol do Ambiente.  

 

   Em nota de imprensa da Marinha, é explicado que o galardão "constitui  o reconhecimento" de várias acções desenvolvidas a bordo do navio ao longo  dos últimos anos, especialmente em 2008, que tiveram como "objecto a atitude  da guarnição relativamente ao Ambiente, visando minimizar o impacte negativo  que um navio com mais de 200 pessoas pode representar".  

 

   Um navio é um "potencial gerador dos impactes ambientais" resultantes  da "rotina operacional como a de qualquer indústria: geração de lixo, consumo  de energia, emissão de gases de estufa, uso de água potável e água do mar,  águas residuais".  

 

   Mas um grande veleiro também permite "demonstrar aos alunos a diferença  entre navegar em força contra os elementos ou utilizá-los como forma de  poupar o navio e a sua guarnição".  

 

   A elaboração, o cumprimento de boas práticas e a criação do "Compromisso  com o Ambiente" levou a ABAE a "reconhecer o trabalho em prol da defesa  do Ambiente e sensibilização e educação para um desenvolvimento sustentável  das acções desenvolvidas".    

 

   No Código de Conduta Ambiental subscrito pelo capitão de fragata Pedro  Proença Mendes fica assente o compromisso de não lançar lixo ao mar ou despejar  resíduos venenosos e tóxicos também nos ralos, trincanizes ou sanitários,  assim como fazer reciclagem, reportar violações das regras de protecção  ambiental e não adquirir ou usar objectos feitos de espécies protegidas  ou provenientes de achados arqueológicos.  

 

   A tripulação também deve fumar apenas nos locais autorizados e utilizar  cinzeiros, não desperdiçar energia, nem água e reduzir a utilização de papel  e preferencialmente usar pilhas recarregáveis nos equipamentos portáteis.  

 

   A "Sagres" tem como principal função dar instrução aos futuros oficiais  da Marinha.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Charlie Jaguar

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Re: NE SAGRES e seus Irmãos
« Responder #3 em: Fevereiro 01, 2011, 08:46:00 pm »
O Ministro da Defesa visitou hoje a Sagres no Alfeite.

 :arrow: http://www.dn.pt/Inicio/interior.aspx?c ... id=1772973
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Re: NE SAGRES e seus Irmãos
« Responder #4 em: Março 23, 2012, 07:37:33 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: NE SAGRES e seus Irmãos
« Responder #5 em: Fevereiro 08, 2023, 12:48:11 pm »
 

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Re: NE SAGRES e seus Irmãos
« Responder #6 em: Maio 17, 2023, 10:24:53 pm »
 

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Re: NE SAGRES e seus Irmãos
« Responder #7 em: Junho 19, 2023, 06:57:45 pm »
Largada NRP SAGRES 200 Anos Colômbia


 

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Re: NE SAGRES e seus Irmãos
« Responder #8 em: Julho 06, 2023, 12:49:21 pm »
Referência à Sagres no Eagle da USCG



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Re: NE SAGRES e seus Irmãos
« Responder #9 em: Outubro 30, 2024, 06:12:57 pm »