Salve, Vicente
Quanto à CPLP dever ser prioridade... Hepa, também gostava, mas o Brasil não nos quer para nada, e de Angola só vem dinheiro sujo.
I beg to differ. O Brasil sob Lula nunca esteve mais perto da Europa, logo, de nós aqui do rectângulo.
A crescente importância "oficial" do Português a nível internacional (e a consequente petição para torná-la uma das línguas oficiais das Nações Unidas, ou
Plano de Ação para a Promoção, Difusão e Projeção da Língua Portuguesa), impulsionada pelo notável e sustentado crescimento económico de terras
brasílicas, a compra de dívida soberana lusitana, o aumento exponencial do volume de negócios privados e estatais entre ambos os países (sendo o Brasil o 7.º maior investidor externo em Portugal e 4.º maior destino do investimento português no estrangeiro) configuram a aproximação que sempre deveria ter existido e tem sido adiada durante décadas. Não por acaso
2011 será o
Ano de Portugal no Brasil e
2012, o
Ano do Brasil em Portugal.
Outras áreas de cooperação: a segurança, a fiscalidade, a criação de um canal de televisão lusófono, a formação de professores para o ensino do Português na América Latina, a promoção do património cultural, etc.
Particularmente motivador é todo o potencial ainda por explorar, literalmente.
Angola tem problemas bem conhecidos, é verdade, mas o capital é bem vindo. Na situação em que estamos, não nos podemos dar a luxos. Aliás, também temos algumas instituições bancárias "sujas" e banqueiros muito pouco recomendáveis. Neste caso, convém fixarmo-nos e colaborarmos na sua ZEE ainda mal explorada, dentro dos 3 principais/maiores espaços marítimos (Portugal, Brasil e Angola). Sendo que esta omissão já está a ser preparatoriamente colmatada pelas pretensões dos Estados Unidos nas ajudas/parcerias através da sua recente política de "viragem" africana. E o nosso BRIC (Brasil) já lá está, cada vez mais instalado. Não se trata, portanto, de inventar a pólvora, mas sim de potenciar todas as ligações que a própria língua e a recente prosperidade possibilitaram.
(...) Sim, há projectos conjuntos e investimentos consideráveis dos dois lados (PT e ViVo/Oi) mas isso não é o mesmo que uma aposta na CPLP ou sequer em Portugal como parceiro. O que é real é pontual, e o que é sustentado é teórico..
Ainda referente à África lusófona, há sinais prometedores de interesse comum, que resultam por ex,, na Operação Felino, exercícios militares conjuntos a serem realizados em Angola em Março de 2011.
(...) Se pudermos ajudar os povos amigos, só temos mesmo é de o fazer. Não me parece é ser propriamente um investimento com retorno interessante.
Ainda não é todo o retorno, porque isto é apenas o início. A meu ver, é só essa a questão. Há muito trabalho a fazer, sobretudo no campo militar. Mas, precisamente, para preparar o melhor da festa é que devemos apoiar esta reaproximação e investirmos / diversificarmos os nossos interesses, que na Europa afundaram para um estado vegetativo.
Mais uma vez, sobressai a importância vital do sector marítimo-naval. Na Europa, não temos senão estagnação. Todo o potencial subaquático ainda espera parecer da ONU e não será para breve. Mesmo após aprovação da extensão dos limites da plataforma continental, ainda temos muito trabalho pela frente para garantir a logística, operacionalidade e especialização nos diversos tipos de recursos ainda em estudo.
A oportunidade para o desenvolvimento do comércio maritimo está presente no conjunto das nações da CPLP criarem uma área de livre comércio, ultrapassando as barreiras económicas, tarifas alfandegárias e dinamizar o movimento de cargas entre os diferentes países.
No início deste mês, e ao cabo de três anos de encontros formais, ficou decidida no
3.º Encontro dos Portos da CPLP em Luanda a constituição da
Associação de Portos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa destinada ao incremento das trocas comerciais entre os países da CPLP”. Os dados preliminares de um estudo de um estudo de mercado e dos portos da CPLP realizado pela Associação dos Portos de Portugal confirmam a importância desta iniciativa.
A representação portuguesa (puxando a brasa à nossa sardinha