Actualmente, e a curto prazo, não estou a ver como a FAP poderá fazer mais no combate aos fogos do que aquilo que faz. É preciso relembrar que o "esforço" para retirar este ramo dessa função, começado há um pouco mais de 15 anos no Governo do então Primeiro-Ministro António Guterres, fez com que se perdesse toda a máquina, o know-how, o treino existente para o cabal cumprimento dessa missão.
A extinção da EMA e a passagem dos seus meios para a Força Aérea levanta outras questões um pouco difíceis de responder no contexto actual de contenção orçamental. A reutilização do Hércules na função também levanta uma outra série de questões, a todos os níveis (logístico, técnico, estado real dos 2 kits MAFFS, etc), enfim, está tudo muito confuso. Como já foi aqui dito, espero sinceramente que as declarações do Sr. Ministro Aguiar Branco tenham sido feitas com fundamento, com reais intenções, e que não passem apenas de um mero sound byte para alegrar a malta em dia de aniversário porque, a terem sido, foram no mínimo levianas e uma das razões pelas quais as pessoas cada vez mais olham de lado os titulares de cargos políticos. Aguardemos, portanto.