Guerra Colonial: Experiências/Testemunhos Pessoais

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Cabeça de Martelo

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« Responder #60 em: Novembro 18, 2006, 05:25:22 pm »
ENFERMEIRAS PÁRA-QUEDISTAS
Maria Ivone Quintino Reis

. As nossas directivas eram só para evacuação. Não podíamos sair do helicóptero, até por normas de segurança. Era um fiasco muito grande se fôssemos apanhadas. E toda a tropa ficava preocupada com uma mulher no meio dos combates".
 
ENFERMEIRAS PÁRA-QUEDISTAS
Maria Ivone Quintino Reis

O que estava a aconteccer no Ultramar despertou muito as mulheres. Houve cerca de 150 concorrentes, no total dos nove cursos, mas foram brevetadas 46, e das onze concorrentes do primeiro grupo foram brevetadas seis. A nossa vida era muito dura. Nunca sabíamos onde acordávamos, nem quando é que íamos dormir, nem onde estávamos. Durante o último ano que passei em Moçambique, o máximo de noites seguidas que dormi foram cinco. O nosso quadro era de vinte e uma enfermeiras- nove oficiais e nove sargentos- mas nunca esteve completo. O máximo de efectivos que existiu foram catorze. Éramos sempre escassas para cobrir as três províncias. Umas não aguentavam o curso, que era um teste de resistência, capacidade, audácia e coragem, e outras, ao fim de um ano, desistiam porque aquilo não dava para se fazerem projectos de vida; fazíamos directas, não havia folgas, nem fins-de-semana. Depois, eles confessaram que, no princípio, tinham achado muito mal que nós fôssemos para África, até porque não éramos especialmente elegantes, diziam que parecíamos assistentes sociais. Mas, por exemplo, uma vez, na Guiné, no fim da parada de uma cerimónia oficial, eu estava fardada e apareceu um soldado do Exército que se perfilou diante de mim, fez-me a continência com enorme rigor e afastou-se. Depois, disse-me: "Minha senhora, eu senti necessidade de ir bater a pala a uma mulher portuguesa." Naquele tempo havia a ideia da coragem e da audácia de nos destinarmos para os outros, e isso reflectia-se no acolhimento que tínhamos. As nossas directivas eram só para evacuação. Não podíamos sair do helicóptero, até por normas de segurança. Era um fiasco muito grande se fôssemos apanhadas. E toda a tropa ficava preocupada com uma mulher no meio dos combates".

Retirado de um Fórum de Pára-quedistas Portugueses.

PS: tenho que mencionar o facto de que mesmo assim morreu durante uma missão uma Enfermeira-Páraquedista.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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PereiraMarques

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« Responder #61 em: Janeiro 09, 2007, 11:55:19 pm »
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #62 em: Janeiro 11, 2007, 04:43:35 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Ricardo

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« Responder #63 em: Dezembro 12, 2007, 03:16:41 pm »
Qual era o destino dado ao armamento capturado aos movimentos, na Guerra Colonial?
 

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ricardonunes

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« Responder #64 em: Dezembro 12, 2007, 10:46:28 pm »
No livro Guerra Colonial Fotobiografia, pág. 229, lê-se numa foto "contra nós lutou, e agora por nós luta"  :wink:
Potius mori quam foedari
 

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ricardonunes

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Potius mori quam foedari
 

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Lancero

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« Responder #66 em: Fevereiro 29, 2008, 05:51:10 pm »
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Guiné-Bissau: Corpos de soldados portugueses mortos em Guidaje vão ser exumados

Lisboa, 29 Fev (Lusa) - A Liga dos Combatentes de Portugal vai, após sucessivos adiamentos, proceder à exumação dos corpos de dez militares portugueses sepultados em 1973 em Guidaje, norte da Guiné-Bissau, disse hoje à Agência Lusa o vice-presidente daquela associação.  

 

    Segundo o general Lopes Camilo, a operação, prevista para o primeiro trimestre do ano passado, decorrerá de 07 a 21 de Março próximo e envolverá uma dezena de elementos, entre militares, antropólogos, arqueólogos e geofísicos.

 

    Uma primeira missão militar, composta por três oficiais e um sargento, parte a 07 de Março para o terreno, seguida, uma semana mais tarde, pela delegação técnica, que integra quatro antropólogos, uma arqueóloga e um operador de radar (geofísico), indicou Lopes Camilo.  

 

    Os corpos, incluindo os de três pára-quedistas, estão sepultados num "cemitério militar provisório" próximo de um antigo aquartelamento português em Guidaje, no norte da Guiné-Bissau e já próximo da fronteira com o Senegal.

 

    O vice-presidente da Liga adiantou que os restos mortais dos dez militares portugueses, mortos em combate durante a guerra colonial na Guiné-Bissau (1963/74), serão transportados para um local "mais digno" em Bissau, no quadro dos projectos que a associação criou no país.  

 

    Os corpos ds sete militares, entre elementos do Exército e "comandos africanos", serão transferidos para um cemitério em Bissau e os dos três pára-quedistas serão, posteriormente, trasladados para Portugal, numa missão desenhada por familiares e financiada pela União dos Pára-Quedistas Portugueses (UPP).  

 

    O plano tem já "luz verde" dos ministérios da Defesa dos dois países, sendo, porém, um projecto pensado inicialmente pela família de um dos soldados, que deveria ter partido para o terreno a 16 de Fevereiro de 2007.  

 

    O projecto remonta a Setembro de 2005, quando um antigo sargento-mor dos pára-quedistas portugueses, Manuel Rebocho, que combateu também na então província da Guiné, apresentou a tese de doutoramento intitulada "Sociologia da Paz e dos Conflitos", na Universidade de Évora.  

 

    Foi, então, montada uma "missão civil" para resgatar os três corpos, delegação liderada pelo próprio Manuel Rebocho e que envolvia mais oito pessoas, algumas delas familiares, entre elas a irmã do soldado António Neves Vitoriano, natural de Castro Verde, falecido no "teatro de operações" em Maio de 1973.  

 

    Em declarações hoje à Lusa, Conceição Vitoriano Maia, irmã de Vitoriano, arqueóloga, residente em Évora e que integra a missão civil que se desloca à Guiné-Bissau, disse estar "satisfeita" por a operação, em preparação há quase dois anos, ir agora por diante.  

 

    Além de Vitoriano, que faleceu aos 21 anos, dois outros soldados da Companhia de Caçadores Pára-Quedistas 121 (CCP-121) acabaram por ser enterrados em Guidaje: Manuel da Silva Peixoto, 22 anos e natural de Vila do Conde, e José Jesus Lourenço, 19 anos, de Cantanhede.  

 

    Dado que a área envolvente às sepulturas dos três pára-quedistas contém os restos mortais de pelo menos sete militares do exército português, a Liga dos Combatentes acabou por os incluir no projecto.  

 

    Fora do território português existem registos de 6.000 militares naquelas circunstâncias, 4.000 deles nos três principais teatros de guerra em África, Angola, Guiné e Moçambique.  

 

    "No caso da Guiné, há a localização teórica de locais onde estarão enterrados cerca de 750 militares portugueses, no eixo Bissau/Bambadinca/Bafatá/Gabu, que se juntam aos pouco menos de 1.500 detectados quer em Angola quer em Moçambique", sublinhou.  

 

    Nesse sentido, os projectos de cooperação da Liga, disse Lopes Camilo à Lusa, incidem muito especialmente em quatro acções: localizar, identificar, concentrar e dignificar.  

 

    Na prática, acrescentou, o objectivo é localizar os corpos entre os mais de uma centena de locais onde se crê que estejam sepultados, identificá-los - "nem todos estão identificados" -, concentrá-los "em quatro ou cinco lugares" dignificá-los com uma campa.  

 
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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« Responder #67 em: Março 03, 2008, 02:45:11 am »
Não reparei se se tem que efectuar apresentação. Mas estou a escrever e a ver "Olivença é nossa"! Pergunto, onde estão os "corajosos" que fizeram o 25A? Como "puto" responsabilizo-os, pelo que se passa em PORTUGAL, os que o fizeram!!! Não digo com conotações... o "camarada" hotelo? E as suas FP's? É um heroi nacional... siga...
Vou acrescentar, se fosse maldoso, e necessita-se de fectuoar um acto de gatunagem ou criminoso sabia para onde fugir! Arranjar uma cena jurídica!!!
 

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oultimoespiao

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« Responder #68 em: Março 07, 2008, 03:12:59 am »
so em portugal e que um tipo como o otelo e heroi
 

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Benny

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« Responder #69 em: Março 07, 2008, 09:02:52 pm »
Citação de: "zecalentejano"
Não reparei se se tem que efectuar apresentação. Mas estou a escrever e a ver "Olivença é nossa"! Pergunto, onde estão os "corajosos" que fizeram o 25A? Como "puto" responsabilizo-os, pelo que se passa em PORTUGAL, os que o fizeram!!! Não digo com conotações... o "camarada" hotelo? E as suas FP's? É um heroi nacional... siga...
Vou acrescentar, se fosse maldoso, e necessita-se de fectuoar um acto de gatunagem ou criminoso sabia para onde fugir! Arranjar uma cena jurídica!!!


 :?: Não percebi muito bem a sua mensagem. Por favor podia ser mais claro?

Benny
 

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Ricardo

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« Responder #70 em: Março 31, 2008, 04:40:38 pm »
Do Museu militar do Porto

- Armas dos movimentos:
   
     
« Última modificação: Abril 18, 2008, 06:17:56 pm por Ricardo »
 

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Ricardo

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« Responder #71 em: Abril 09, 2008, 11:34:57 am »
Do Museu militar do Porto

- Armas das NT:

 
   
         
« Última modificação: Abril 18, 2008, 06:18:38 pm por Ricardo »
 

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Ricardo

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« Responder #72 em: Abril 15, 2008, 04:05:33 pm »
Do Museu militar do Porto

- Equipamento das NT:

                               

Pode por agora, espero que gostem!
 

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fabio_lopes

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boas
« Responder #73 em: Junho 03, 2008, 03:30:57 pm »
boas...eu acho que nunca li um tópico inteiro como este e com tanta atenção...eu adoro ouvir estas historias antigas, o meu pai costuma falar muito disso mais infelizmente ele não chegou a sair da formação de comandos pois deslocou um pé quando fizeram um salto do camião em andamento e mesmo assim ainda teve de caminhar muito, o que gostei mais de ler neste tópico foi a participação constante dos comandos...pois eu um dia também ambiciono ser comando, mas se calhar os treinos já não são o que eram antigamente estou certo ou estou errado? cumps pa todos o ex. combatentes
Tudo por aquilo que sonho...

tratem me por tu sff
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #74 em: Junho 03, 2008, 04:21:35 pm »
Podem não ter a mesma intensidade, mas olha que se continua a ter que passar pelas passas do algarve para ganhar a Boina.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.