Eu não percebo porque é que uma hipotética acção anfíbia, tem que girar apenas em torno dos Fuzileiros. Como se sozinhos fizessem moça em algum cenário de média ou alta intensidade, sem apoio do grosso do Exército. Aliás, no estado em que temos a Marinha, o mega navio anfíbio, era afundado com o equipamento e pessoal todo, antes sequer de se aproximar do local de desembarque, independentemente da doutrina.
O que a Holanda está a fazer, por outro lado, é a criar uma força anfíbia mais versátil, tirando lições do USMC, para ser uma força o menos pesada possível. E os fuzos deles, serão usados como uma força inserida na globalidade das suas forças armadas, e não como uma força totalmente independente em TOs não-permissivos. Os navios anfíbios, vão ser usados para transportar meios do Exército, caso se justifique.
E ao que parece, ao escolherem Crossovers para substituir os OPV Holland, a ideia deles passa mesmo por ter navios com capacidade anfíbia destacados nos territórios ultramarinos, seja pela questão militar, seja humanitária, pois os mega LPDs demoram demasiado tempo a chegar lá vindos da Holanda, e são demasiado dispendiosos e com guarnição demasiado grande para ficarem lá destacados.
Com base na lista de compras deles, percebe-se facilmente que eles querem umas FA robustas, e com reais capacidades ofensivas e defensivas. Não é à toa que vão buscar Tomahawks, uma arma ofensiva e crucial nos ataques que antecedem a uma operação anfíbia.