Não sei se deva rir ou chorar

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Cabeça de Martelo

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #60 em: Outubro 23, 2013, 11:47:35 am »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Cabeça de Martelo

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #61 em: Novembro 07, 2013, 03:55:55 pm »
Robots de cozinha: um debate sangrento


Há pessoas que são não-grotescas na vida real e grotescas na internet. São as mesmas pessoas, mas praticam uma espécie de heteronímia on-line



A internet difere do mundo real na medida em que alberga mais pessoas grotescas. Esta distinção, embora me pareça cristalinamente verdadeira, não faz qualquer sentido. Em princípio, o facto de um raciocínio ser desprovido de qualquer sentido não me impede de teimar nele, mas este tem um vício demasiado evidente: a internet não pode albergar mais pessoas grotescas do que o mundo real na medida em que todo o universo de pessoas, incluindo as grotescas, habita no mundo real, e só uma parte delas, por maior que seja, tem acesso à internet.  

É possível que seja uma questão de proporção: se nem todas as pessoas não-grotescas possuírem ligação à internet, e a totalidade dos grotescos ceder àquela vontade, aparentemente indómita, de estar on-line, o equilíbrio de forças entre grotescos e não-grotescos altera-se. Também pode ser uma questão de intensidade: pessoas que são apenas ligeiramente grotescas na vida real vão ser fulgurantemente grotescas na internet, simulando assim um mundo com mais gente grotesca. Mas isso seria apenas uma questão de aparência, quando me parece que estamos perante um problema de substância. Há pessoas que são não-grotescas na vida real e grotescas na internet. São as mesmas pessoas, mas praticam uma espécie de heteronímia on-line. São um homem chamado Fernando Pessoa na vida real e um gorila chamado Álvaro de Campos na internet. É isso que explica o seguinte fenómeno: na vida real, não conheço ninguém que coleccione unhas, mas na internet há fóruns com debates, notícias e conselhos práticos para o coleccionador de unhas.

Recentemente, fui alertado para uma polémica online acerca de robots de cozinha. Robots de cozinha são maquinetas onde é possível cozinhar um jantar inteiro de forma prática, cómoda e sujando apenas um recipiente. Chamo a atenção para o facto de ter conseguido descrever um robot de cozinha sem ter entrado num êxtase místico. É uma habilidade inacessível à generalidade dos utilizadores de robots de cozinha, sacerdotes e sacerdotisas dos refogados programados e infalíveis, das sopas mais aveludadas que quaisquer outras e das caipirinhas mais rápidas da história dos cocktails. Pois bem, estes fanáticos reuniam-se em assembleia cibernética para adorar os robots, mas gerou-se uma guerra santa entre os fiéis de robots diferentes. "O meu robot é o original e não tem rival", dizem uns. "O meu é mais barato e faz o mesmo que o teu", respondem os outros. "Impossível", respondem os primeiros, e acrescentam: "O teu robot é de contrafacção." "A comida do teu robot sabe toda ao mesmo", disparam os segundos, ofendidos. "Isso é porque tens a borracha mal lavada", contrapõem os primeiros, entrando em considerações de carácter pessoal. "Merecias morrer", dizem os outros. E foi assim que presenciei uma ameaça de morte por causa da Bimby. Pareceu-me um momento histórico, pelo que fica registado.



Ler mais: http://visao.sapo.pt/robots-de-cozinha- ... z2jyYtgmcG
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Luso

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #62 em: Novembro 16, 2013, 04:31:42 pm »
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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vmpsm

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #63 em: Novembro 16, 2013, 08:25:42 pm »
Esse é giro mas este ainda é mais...

 

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #64 em: Novembro 21, 2013, 09:16:31 am »
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #65 em: Dezembro 10, 2013, 10:07:27 am »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Edu

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #66 em: Dezembro 10, 2013, 01:47:28 pm »
Só outro Salazar punha as contas em ordem....
 

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papatango

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #67 em: Dezembro 17, 2013, 05:23:59 pm »
A República Portuguesa pagou todos os empréstimos que foram feitos pelo Reino de Portugal na sequência das suas múltiplas falências.
Até o Salazar teve que pagar o que foi pedido emprestado.
Todos os países pagam. O problema é que não temos nenhum tipo de garantia colateral para dar a ninguém.

Para muitos na esquerda resta a esta geração de políticos renegociar a dívida.

A geração e os descendentes da geração que comeu tudo o que o Salazar deixou, que comeu tudo o que produziu, que comeu tudo o que a União Europeia deu, que viveu à custa dos empréstimos que obrigou os filhos a pagar, agora quer viver o resto dos seus dias às custas dos netos e dos bisnetos, alguns deles ainda não nascidos.

Este é o legado de Mário Soares.

E este é o país em que um repugnante presidente da República afirmou que havia vida para além do deficit.

A vida que havia é esta.
Estamos no país que Jorge Sampaio nos disse que existia, para lá do deficit.
Agradeçam aos camaradas socialistas
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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listadecompras

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #68 em: Dezembro 17, 2013, 07:43:28 pm »
socialistas, sociais-democratas,comunistas,populistas, bloquistas, pequenos e grandes partidos, venha o diabo e escolha.

a responsabilidade do pais estar como esta nao e dos politicos, nem sequer dos zionistas (tou a brincar).

a responsabilidade do pais estar como esta (agora serio) e dos portugueses.

afinal quem e que continua a dar poder aos carrascos?

quem e que continua manso para com os nossos algozes?

"se o voto e a arma do povo, mal votou ficou desarmado"
 

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Edu

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #69 em: Dezembro 17, 2013, 09:08:57 pm »
Citação de: "papatango"
A República Portuguesa pagou todos os empréstimos que foram feitos pelo Reino de Portugal na sequência das suas múltiplas falências.
Até o Salazar teve que pagar o que foi pedido emprestado.
Todos os países pagam. O problema é que não temos nenhum tipo de garantia colateral para dar a ninguém.

Para muitos na esquerda resta a esta geração de políticos renegociar a dívida.

A geração e os descendentes da geração que comeu tudo o que o Salazar deixou, que comeu tudo o que produziu, que comeu tudo o que a União Europeia deu, que viveu à custa dos empréstimos que obrigou os filhos a pagar, agora quer viver o resto dos seus dias às custas dos netos e dos bisnetos, alguns deles ainda não nascidos.

Este é o legado de Mário Soares.

E este é o país em que um repugnante presidente da República afirmou que havia vida para além do deficit.

A vida que havia é esta.
Estamos no país que Jorge Sampaio nos disse que existia, para lá do deficit.
Agradeçam aos camaradas socialistas

Errado, este é mais o legado de Cavaco Silva do que qualquer outro, foi com ele que veio a maior parte do dinheiro da Europa que foi desbaratado

E agradeçam ao PSD a destruição da frota de pesca Portuguesa e da construção naval.
 

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Cabecinhas

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #70 em: Dezembro 17, 2013, 11:48:02 pm »
A Mário Soares agradeço a descolonização exemplar!
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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papatango

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #71 em: Dezembro 18, 2013, 02:31:00 am »
Citar
Errado, este é mais o legado de Cavaco Silva do que qualquer outro, foi com ele que veio a maior parte do dinheiro da Europa que foi desbaratado

Mais uma das muitas da central de propaganda do Largo do Rato, para tentar desviar as atenções dos crimes contra Portugal cometidos pelo PS de Sócrates.

O nosso problema não é termos desbaratado o dinheiro que a Europa nos enviou. O nosso problema, a razão porque estamos como estamos resulta de termos pedido dinheiro emprestado que não tinhamos como pagar.

Esse crime, que é o crime que leva os países à Falência como foi o caso de Portugal, resulta de não se poder pagar o que se deve.

Mesmo que fosse verdade que o Cavaco Silva tivesse desbaratado dinheiro, mesmo assim, continuaríamos com o problema da dívida, o com o orgasmo de despesas que foi o governo louco, tresloucado, criminoso e debochado de Pinto de Sousa.
Esse canalha, que até a programas de televisão tem direito, foi o carrasco de Portugal.

Mas da maneira como o spinning tem resultado, toda a canalhice, toda a filha-de-putice da autêntica Máfia do Largo do Rato, ainda passa despercebida.
Era gente como Jorge Sampaio, que deveria estar agora no banco dos reus a explicar porque achava que o país podia continuar a endividar-se.
Ele devia explicar que vida era essa para além do deficit.

E eu por acaso lembro-me que quando Cavaco Silva disse em meados da década de 1990 que estavamos a criar um monstro que não poderiamos controlar, todos os jornais publicaram cartoons com o cavaco vestido de S.Jorge, a lutar contra o monstro. O Cavaco foi ridicularizado, quando disse que a situação estava a ficar fora de controlo, ainda no tempo do famoso tabu, em que não se sabia sequer se seria candidato a presidente.

E as centrais de propaganda e empresas de marketing do PS, que hoje escarram todo o tipo de mentiras contra o cavaco, foram as mesmas a encomendar as criticas e as anedotas contra o maluco que achava que o deficit das contas públicas era um monstro mítico.

Pagamos, e estamos todos a pagar a nossa incapacidade. Mas continuamos a merecer o que ainda virá, porque continuamos a achar que há alternativas a pagar a dívida.

Todos os pequenos países cuspirão até ao último cêntimo e pagarão até ao último euro que pediram emprestado.
A única forma de não o fazer, é se cometermos suicídio coletivo.

Cada vez estou mais convencido que a criminosa que estava no poder em 2008, acreditava que o mundo ía acabar em 2012.

Por muito javardo, muito estúpido, muito incompetente, muito debochado que o xxxx fosse, mesmo assim, não se explica a magnitude do desastre que ocorreu depois de 2008, desastre que de forma magistral parece esquecido.

Aquela coisa, acreditava religiosamente que como o mundo acabava em 2012 podia pedir dinheiro emprestado, sabendo que seria impossível pagar.

Quando acordou no dia seguinte, é que percebeu que afinal o fim do mundo era apenas um disparate dos teóricos conspirativos, teve que refazer a vida, e voltar a Portugal...

Sampaio acreditava que havia vida para além do deficit.
Sócrates acreditava que não havia vida depois de 2012.
Soares acredita que não vai haver vida para ele.

E é nisto que estamos.
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listadecompras

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #72 em: Dezembro 20, 2013, 07:28:27 pm »
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Não sei se deva rir ou chorar
« Responder #73 em: Janeiro 22, 2014, 12:14:46 pm »
Gangues de boas famílias lutam quase até à morte

Casos de agressão extrema e gratuita com jovens de classes altas são um novo fenómeno que está a crescer. Em pouco mais de uma semana, três jovens foram brutalmente espancados. Psicólogos e cirurgião plástico confirmam tendência.
Em apenas dez dias, três jovens foram espancados quase até à morte. Os casos envolvem 'filhos de boas famílias' e prometem desmascarar um fenómeno recente e escondido: a violência extrema e gratuita entre jovens de classe alta.
Os pais das vítimas garantem, em declarações ao SOL, que vão levar os casos até às últimas consequências, na Justiça. A Polícia, por seu lado, assume que esta realidade é quase desconhecida, o que se deverá em parte ao facto de as famílias optarem muitas vezes por abafar os casos.

“É hora de acabar com esta violência entre os miúdos”, diz a empresária Mónica Carrelhas, que no passado sábado encontrou o filho, de 17 anos, em estado crítico no Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, com um traumatismo craniano. Francisco Carrelhas foi brutalmente espancado por um grupo de adolescentes, após um jogo de rugby no Dramático de Cascais.

Atacado pelas costas com um murro no ouvido que o deitou ao chão, Francisco nunca mais se levantou e continuou a levar socos. Desmaiou, ficou inconsciente e começou a esvair-se em sangue e a ter convulsões.

Nesse momento, surgiram mais agressores e um deles começou a bater-lhe com um capacete de motard. “Não íamos deixar um amigo ser espancado. Por isso, eu e a Vera agarrámo-nos a ele e levámos também com o capacete”, conta Matilde ao SOL. A adolescente, neta do fadista Carlos do Carmo e do advogado Vieira de Almeida, garante que nunca vai esquecer o que viu: “Foi horrível, horrível. Quando acabou, é que entrei em pânico. Até aí, a adrenalina era tanta que nem senti nada quando me estavam a bater com os capacetes”.

Entre os agressores, ao que o SOL apurou, estão o filho e um sobrinho de uma procuradora da República do círculo de Cascais. O primeiro, de 18 anos, terá estado também internado num hospital, devido a cenas de pancadaria causadas por rivalidades entre grupos de Lisboa e de Cascais.

Acto de vingança

Francisco conhece estes rapazes que o agrediram. Têm, aliás, um amigo em comum, de nome Pedro e que recentemente se envolveu em espancamentos com os agora agressores.

Segundo confessou na semana passada à SIC um dos jovens que pertence ao grupo que bateu em Carrelhas, o espancamento foi um acto de vingança por ele ser amigo de Pedro. O mesmo rapaz acrescentou que, nos últimos tempos, estes ataques violentos de jovens têm vindo a aumentar. “Querem-se afirmar”, explicou.

Para Mónica, nada justifica o que aconteceu ao filho. “Quem viu diz que a violência era tal que parecia que queriam matá-lo”, conta, acrescentando que entregou o caso ao escritório de João Vieira de Almeida, pai de Matilde, uma das raparigas agredidas. “Vou querer que seja feita justiça”, tem dito Mónica nas redes sociais - onde desde o primeiro dia pôs a circular uma fotografia do filho na cama do hospital. “Mas não queremos que sejam feitos julgamentos ou acções que visem repor a justiça, pois violência só gera violência”, diz, acrescentando que é preciso “acreditar nos tribunais”.

Pouco depois de saber o que sucedera com o seu filho, tentou entrar em contacto com os pais dos agressores, mas nem todos se mostraram interessados. A mãe de um dos rapazes que liderou o ataque, e que pertence a uma família de magistrados, terá pedido para “não ser importunada com problemas do filho”, que tem 18 anos.

Francisco está em casa. Mas se a recuperação física tem tido progressos, a psicológica parece estar a ser mais complicada.

'Queriam matá-lo'

Poucos dias antes deste brutal espancamento, um episódio semelhante atingiu João, de 18 anos. O pai, Miguel, advogado de profissão, também quer que seja a Justiça a resolver a violenta agressão ao filho, na madrugada do primeiro dia do ano. “Quem atacou o João queria matá-lo. Ninguém dá facadas no pescoço e na cara sem essa intenção, e continua depois a agredir com pontapés na cabeça um rapaz que já está no chão, inconsciente” - conta ao SOL o advogado lisboeta, que prepara uma queixa por tentativa de homicídio, que será apresentada pelo filho, por este ser maior.

João, estudante no Instituto Superior Técnico, esteve dois dias internado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com um traumatismo craniano. Já está em casa, a tentar estudar para os exames, mas ainda não se refez do choque.

Na madrugada de 1 de Janeiro, preparava-se para voltar para Lisboa, com dois dos irmãos e um grupo de amigos, depois da passagem de ano em Sesimbra. Na rua, cruzaram-se com um grupo de jovens, alguns conhecidos de Lisboa: sem perceberem como, rebentou uma zaragata. João tentou então separar um amigo que estava a ser agredido. Terá dado um murro ao agressor e, por isso, começou a ser perseguido pelo grupo, rua fora. Refugiou-se num hotel próximo e escondeu-se por trás do balcão da recepção, mas os agressores invadiram o hall do edifício e foram buscá-lo. O jovem foi então espancado com murros, pontapés na cabeça e facadas no pescoço e na cara. Ficou inconsciente. Um dos seus amigos também foi atacado com uma facada no pescoço.

Os agressores ainda tentaram arrastar João para fora do hotel. “A sorte do meu filho, que estava desmaiado, foi ter ficado preso na porta giratória do hotel e eles não conseguiram puxá-lo para a rua”.

João conhece de vista um dos agressores, um adolescente de Lisboa. E Miguel já contactou a mãe do jovem informando-a que será apresentada uma queixa por tentativa de homicídio, por entender, como pai, que não deve actuar criminalmente contra um jovem sem dar conhecimento à família. Já antes participara a agressão na GNR de Sesimbra.

Ao SOL, o Comando de Setúbal da GNR confirma que os agressores já foram identificados e que enviou a informação recolhida para o Ministério Público no Tribunal de Sesimbra. É neste tribunal que a queixa vai dar entrada. Ao que o SOL apurou, um dos agressores é um antigo aluno do colégio Moderno, que estuda agora num liceu da capital, e outros três jovens serão de Sesimbra.

As autoridades policiais também já contactaram o hotel onde ocorreram os incidentes. “Pediram para preservarmos as imagens das câmaras de vigilância onde tudo ficou gravado”, contou ao SOL o director da unidade, que já se reuniu com os pais dos dois jovens agredidos.

O pai de João não compreende o grau de violência envolvido. “São grupos de jovens que parecem hienas prontas a atacar violentamente sob qualquer pretexto”, diz o advogado. “Antigamente, também havia cenas de pancadaria: mas era de um para um, com murros e mais lealdade”.

Também na noite da passagem do ano João A., de 27 anos, foi espancado por um conhecido, à saída de uma festa, em Lisboa, em casa de um amigo comum, onde estavam 14 pessoas. Foi internado no hospital e operado aos traumatismos nesse mesmo dia. A família ficou indignada e também vai avançar para tribunal.

Cirurgião corrige cicatrizes

Às mãos do cirurgião plástico Biscaia Fraga chegam “cada vez mais” adolescentes que procuram disfarçar as cicatrizes deixadas por rixas violentas. “Querem corrigir sobretudo lesões no nariz, nos lábios, mas também cicatrizes na cara e no pescoço”, revela ao SOL o especialista, lembrando que até há cinco anos estes casos eram “raríssimos”.

As vítimas são sobretudo rapazes. “Atendi recentemente um adolescente de 16 anos, da alta sociedade, que veio corrigir uma grande cicatriz no queixo e outra no pescoço”, conta o cirurgião, lembrando que o jovem chegou acompanhado pelo amigo que o 'salvou' na briga. “O jovem nem conseguia relatar a cena. Foi o colega que explicou que fora pontapeado e esmurrado”. Mas Biscaia Fraga acredita que a história estava mal contada: “As lesões eram mais compatíveis com uma arma branca ou um objecto contundente”.

Mais agressividade

Também a psicóloga Célia Alverca, no Agrupamento de escolas Lima de Freitas, em Setúbal, não tem dúvidas de que as agressões entre os jovens são cada vez mais violentas: “Rixas e brigas sempre houve, mas a experiência no terreno mostra-nos que nos últimos tempos o nível de agressividade tem crescido”.

A especialista recorda que muitos adolescentes crescem quase sem controlo dos pais. Mesmo nas camadas sociais mais altas, vivem refugiados na internet ou em jogos electrónicos que promovem a violência gratuita. “É fundamental a comunicação e controlo parental”. A esta realidade junta-se o facto de ser muito vulgar nestes casos de violência os jovens terem consumido álcool e drogas, que provocam alterações de consciência.

“Além disso, na adolescência o efeito do grupo tem um enorme peso e leva-os a ter atitudes que nunca teriam individualmente”, diz Cláudia Vieira, também psicóloga do mesmo agrupamento.

As autoridades policiais, por seu lado, parecem surpreendidos com o fenómeno, e associam actos violentos a actividades criminosas. “Não temos identificados grupos que usam a violência pela violência, de forma indiscriminada, mas sim grupos que a usam como método para levar a cabo a sua actividade criminosa, que geralmente está associada a roubos, tráfico de droga, segurança ilegal na noite e também rivalidades por causa de namoradas”, disse ao SOL fonte da PSP.

*com Sónia Graça

joana.f.costa@sol.pt

 :twisted:  :mrgreen:
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Cabecinhas

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« Responder #74 em: Janeiro 23, 2014, 02:21:10 am »
Tão bom ser pobre... DASSE!
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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