Um pequeno aparte:
O Estado Português não foi considerado culpado de nada, porque considerou que, o direito à liberdade de expressão (do ex inspector da PJ) sobrepõe-se sempre ao direito à Honra e o bom nome (o dos pais da criança, cujo nome foi arrastado pela lama).
É a realidade que existe.
Eu também acho que a liberdade de expressão é um direito, mas depois de tudo aquilo que vimos, no livreco do ex inspector inspectozeco da PJ, e nas certezas absolutas que passavam na altura nas televisões (onde as meninas dos programas da manhã só não chamavam os pais de assassinos porque não calhava), este espectáculo triste, tem que nos deixar a todos envergonhados.
O absoluto fracasso da Policia Judiciaria neste caso deveria por-nos de sobreaviso.
Não é só a PJ, é também a não existência de serviços secretos em Portugal, a facilidade com que segredos de estado são divulgados, e a relação fétida de partidos portugueses com os serviços repressivos de potências estrangeiras .
E isto já vem de longe, muito longe. Deixámos de ter serviços de segurança e espionagem nos idos anos 60, e só a PIDE existia, especialmente em Angola e menos em Moçambique. No continente, já não existia.