O Enigma de Hitler, por Leon Degrelle

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Mr. Hollywood

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O Enigma de Hitler, por Leon Degrelle
« em: Outubro 03, 2014, 12:23:38 pm »
“Léon Degrelle terminada a Segunda Guerra Mundial, foi sem dúvida o homem mais apto para contarmos a história das Waffen SS [a elite do exército alemão]. Não só por sua posição de privilégio nessa organização ou por seus feitos e condecorações recebidas servindo nela, senão porque de todos os sobreviventes foi o único que com grande heroísmo, o mesmo que demonstrou no campo de batalha, nunca aceitou as pressões que o quiseram fazê-lo calar-se. Ainda quando mataram a seus pais e seu irmão, mantiveram prisioneiros a seus filhos, criaram uma lei especial em seu país [Bélgica] para que não se fale dele, tentaram sequestrá-lo ou matá-lo seis vezes pelo crime de pensamento instituído pelas democracias, Leon Degrelle nunca calou sua história, seja qual seja o preço que tivesse que pagar por isso.”4.


O Enigma Hitler

por Léon Degrelle


“Hitler – Você o conheceu – como era ele?”

Me têm perguntado isto mil vezes desde 1945, e nada é mais difícil de responder.

Aproximadamente duzentos mil livros têm tratado sobre a Segunda Guerra Mundial e sua figura principal, Adolf Hitler. Mas tem sido o real Hitler descoberto por algum deles? “O enigma Hitler está além de qualquer compreensão humana”, sentenciou uma vez o semanário alemão de esquerda 'Die Zeit'.
Salvador Dali, artista genial, procurou penetrar em dito mistério em um de seus quadros mais dramáticos. Enormes montanhas ao longo de toda a tela, deixando só uns poucos metros iluminados da costa com umas diminutas figuras humanas: as últimas testemunhas da paz que morria. Um enorme telefone, do qual caiam lágrimas de sangue, pendurado em uma árvore morta; e por todos lados guarda-chuvas e morcegos cujos augúrios eram os mesmos. Dali disse “O guarda chuva de Chamberlain [o diplomata britânico que então tratava com os alemães] aparecia no quadro com uma luz sinistra, mais evidente pelo morcego, e me surpreendeu quando o pintei como algo de uma enorme angústia”.

Ele logo confessou: “Considerei esta pintura como profética. Mas tenho de confessar que tampouco tenho eu, todavia, desvelado o enigma de Hitler. Me atraiu somente como um objeto de minhas loucas imaginações e por ver ele como um homem unicamente capaz de virar as coisas completamente de cima para baixo”.

Uma grande lição de humildade para todas as críticas que tem saído em torrentes na imprensa desde 1945 com seus milhares de livros 'definitivos', a maioria insolentes, sobre o homem que preocupou tanto a Dali, que quarenta anos depois seguia todavia angustiado e incerto ante a presença de sua própria obra alucinatória. Aparte de Dali, quem mais tem procurado alguma vez apresentar um objetivo retrato deste extraordinário homem a quem Dali rotulou como a figura mais explosiva na história da Humanidade?

As montanhas de livros sobre Hitler, baseados todos eles no ódio e na ignorância, têm feito muito pouco por explicar ou descrever o homem mais poderoso que o mundo jamais teve visto. Como, eu penso, fazem estes disparatados retratos de Hitler em qualquer jeito assemelharem-se ao homem que eu conheci? O Hitler sentado ao meu lado, de pé, falando, escutando. Se tem tornado impossível dizer as pessoas que todas as fantásticas lendas que durante décadas têm lido ou escutado na televisão simplesmente não correspondem a verdade.

As pessoas têm vindo a aceitar ficção, repetida milhares sobre milhares de vezes, como realidade. Contudo nunca têm visto a Hitler, nunca lhe têm falado e nunca ouviram uma palavra de sua boca. O nome de Hitler evoca imediatamente a imagem do diabo fazendo caretas, a fonte de todas as emoções negativas. Como o barulho do sino de Pavlov5, toda menção a Hitler significa o ponto que dispensa-se a consistência e a realidade. Num futuro, todavia, a história exigirá algo mais que estes brevíssimos juízos de hoje em dia.

Hitler sempre está presente ante meus olhos: como um homem de paz em 1936, como um homem de guerra em 1944. Não é possível eu ter sido testemunha direta da vida de um homem tão extraordinário e não estar marcado por isso para sempre. Não passa nem um dia sem que Hitler me venha à memória, não como um homem morto faz tempo, senão como um ser real que caminha pelo seu escritório, que senta em sua cadeira cutucando os troncos ardendo em sua lareira.

A primeira coisa que qualquer pessoa percebe quando ele vem em vista era seu pequeno bigode. Incontáveis vezes ele tinha sido aconselhado para cortá-lo, mas sempre recusou: as pessoas estavam acostumadas a ele como ele era.

Não era alto – não mais que Napoleão ou Alexandre o Grande.

Hitler tinha profundos olhos azuis que muitos achavam sobrenaturalmente fascinantes, ainda que eu não achasse eles assim. Tampouco notei a corrente elétrica que diziam que havia em suas mãos. Apertei estas mãos de modo firme umas poucas vezes e nunca fui atingido por essa corrente.

Sua face refletia emoção ou indiferença de acordo a paixão ou apatia do momento. As vezes parecia que estava entorpecido, sem dizer nada, enquanto sua mandíbula parecia estar quebrando um obstáculo para despedaçá-lo no vácuo. Então ele subitamente se avivava e dirigia apenas a você um discurso como se estivesse falando para centenas de milhares na esplanada de Tempeholf em Berlim. Então ele tornava-se transfigurado. Mesmo sua compleição, normalmente indiferente, se iluminava ao falar. E nesses momentos, posso assegurar, Hitler era estranhamente atrativo, e como se possuído de poderes mágicos.

Quando alguma coisa parecia demasiada solene em seus comentários, ele suavizava com um toque de humor. A palavra pitoresca, a frase sarcástica estavam ao seu comando. Em um instante podia desenhar um quadro de palavras que traziam um sorriso, ou extrair uma inesperada e convincente comparação. Podia ser áspero e inclusive implacável em suas opiniões e ser ao mesmo tempo surpreendentemente conciliador, sensível e caloroso.

Depois de 1945 Hitler foi acusado de todas as crueldades, mas não era sua natureza ser cruel. Amava as crianças. Era algo totalmente normal para ele parar seu carro e compartilhar sua comida com os jovens ciclistas que iam pela estrada. Uma vez deu sua capa de chuva a um indigente que estava encharcado sob a chuva. À meia noite interrompia seu trabalho para dar comida a Blondi, seu cachorro.

Não podia comer carne porque representava a morte de uma criatura vivente. Rechaçava que fossem sacrificados para alimentar-lhe, fosse um coelho ou uma truta. Permitia só ovos em sua mesa, já que isso supunha que poupava a galinha e não matava o animal.

Os hábitos alimentícios de Hitler eram uma fonte contínua de surpresas para mim. Como podia alguém, com uma agenda tão apertada, que tomava parte em dezenas de milhares de atos massivos, nos quais saia completamente molhado por seu suor, frequentemente perdendo um ou dois quilos neles; que dormia só três ou quatro horas cada noite; e que desde 1940 até 1945 levou o mundo inteiro sobre seus ombros governando sobre 380 milhões de Europeus; como, pensava eu, podia ele sobreviver fisicamente com só um ovo cozido, uns poucos tomates, duas ou três panquecas, e uma prato de macarrão? Mas de fato ganhava peso!

Só bebia água. Não fumava nem permitia que se fumasse em sua presença. A uma ou duas da manhã podia estar falando, próximo a sua lareira, desperto, e as vezes divertido. Nunca mostrou nenhum sintoma de debilidade. Os que estavam com ele poderiam estar mortos de sono, mas não Hitler.

Foi descrito como um homem velho e cansado. Nada mais distante da realidade. Em setembro de 1944, quando foi relatado que ele estava trêmulo, passei uma semana com ele. Seu vigor físico e mental estava ainda excepcional. A tentativa de assassinato que se realizou no dia 20 de julho talvez não fez mais que aumentar seu vigor. Ele tomava chá em seu quarto tão tranquilo como se estivesse no pequeno apartamento que tinha na Chancelaria antes da guerra, ou desfrutando as paisagens de neve e claro céu azul através da  grande janela da sua sacada em Berchtesgaden.

Ao final de sua vida, para ser certo, suas costas se encurvaram, mas sua mente permaneceu tão clara como um relâmpago. O testamento que ditou com enorme compostura na véspera de sua morte as três da manhã de 29 de abril de 1945 fornece-nos um testemunho duradouro. Napoleão em Fontainebleau não estava sem momentos de pânico antes de sua abdicação. Hitler simplesmente deu as mãos a seus camaradas em silêncio, lanchou como em qualquer outro dia, então foi para sua morte como se estivesse indo a um passeio. Quando tem a história testemunhado tão enormemente uma tragédia trazida para seu fim com tal auto-controle de ferro?


Clareza na comunicação até com as pessoas mais simples      
A mais notável característica de Hitler era sua simplicidade. Os mais complexos dos problemas se convertiam em sua mente em uns poucos princípios básicos. Suas ações eram ajustadas por ideias e decisões que podiam ser compreendidas por qualquer um. O operário de Essen, o isolado fazendeiro, o industrial do Ruhr, e o professor de universidade podiam todos facilmente seguir sua linha de pensamento. A enorme claridade de seus pensamentos fazia tudo óbvio.

Seu comportamento e seu estilo de vida nunca mudaram nem quando tornou-se dirigente da Alemanha. Vivia e se vestia frugalmente. Durante seus dias em Munique não gastava mais que um marco ao dia em comida. Em nenhum momento de sua vida gastou algo em si mesmo. Nunca nos 13 anos que esteve na Chancelaria carregou uma carteira ou tinha dinheiro dele próprio.

Hitler foi um autodidata e não o ocultou em nenhum momento. Os presunçosos conceitos dos intelectuais, suas respostas prontas para tudo9 lhe irritavam as vezes. Seu conhecimento o alcançou graças seletivos e infatigáveis estudos, e sabia muito mais que milhares de diplomados acadêmicos premiados.

Não creio que nunca alguém lera tanto como ele. Ele normalmente lia um livro todo dia, começando sempre pela conclusão e o índice a fim de avaliar o interesse da obra para ele. Tinha o poder de extrair a essência de cada livro e arquivá-la em sua mente enciclopédica. Eu tenho ouvido ele falar de complicadíssimos livros científicos com uma precisão sem falhas, mesmo nos momentos mais importantes da guerra.

Sua curiosidade intelectual era ilimitada. Estava facilmente familiarizado com as obras dos mais diversos autores, e nada era demasiado complexo para sua compreensão. Tinha um profundo conhecimento e compreensão sobre Buddha, Confúcio e Jesus Cristo, assim como de Lutero, Calvino e Savoranola; sobre gigantes da Literatura como Dante, Schiller, Shakespeare e Goethe; e sobre escritores analíticos como Renan e Gobineau, Chamberlain e Sorel.

Tinha treinado a si mesmo em filosofia estudando Aristóteles e Platão. Podia citar parágrafos inteiros de Schopenhauer de memória, e por um período prolongado levou consigo uma edição de bolso de Schopenhauer. Nietzsche ensinou a ele muito sobre o poder da vontade.

Sua sede de conhecimento era inesgotável. Passou centenas de horas estudando os trabalhos de Tácito e Mommsen, de estrategistas militares como Clausewitz, de construtores de impérios como Bismarck. Nada escapou dele: história do mundo ou história das civilizações. O estudo da Bíblia e do Talmud, a filosofia tomista e todas as obras mestras de Homero, Sófocles, Horácio, Ovídio, Tito Lívio e Cícero. Conhecia Juliano o Apóstata como se tivesse sido seu contemporâneo.

Seu conhecimento também se estendia para mecânica. Sabia como funcionavam as máquinas; compreendia a balística de várias armas; e deixou atônitos os melhores cientistas da medicina com seus conhecimentos de biologia e medicina.


A universalidade do conhecimento de Hitler pode surpreender ou desagradar aqueles que estão inconscientes dela, mas é contudo um fato histórico: Hitler foi uma das pessoas mais cultas de seu século. Muitas vezes mais que Churchill, uma mediocridade intelectual; ou que Pierre Laval, com seu mero conhecimento superficial da História; ou Eisenhower, que nunca passou das novelas de detetives.

Mesmo durante seus primeiros anos, Hitler era diferente das outras crianças. Tinha uma força interior e era guiado por seu espírito e seus instintos.

Adolf Hitler quando criança

Podia desenhar habilmente quando tinha só onze anos. Seus rascunhos feitos naquela idade mostram uma destacada firmeza e vivacidade. Seus primeiros desenhos e aquarelas, criados na idade de 15 anos, estavam cheios de poesia e sensibilidade. Uma de suas mais notáveis obras de seus primeiros tempos 'Fortress Utopia” (Fortaleza Utopia), nos mostra que também foi um artista de rara imaginação. Sua orientação artística tomou varias formas. Escrevia poesia desde que era jovem. Ditou uma obra inteira para sua irmã Paula, que se surpreendeu pela sua audácia. Na idade de 16, em Viena, embarcou na criação de uma ópera. Ele mesmo projetou o cenário, assim como o todo o vestuário; e, claro, os protagonistas eram os heróis wagnerianos.

Em seu quarto, Hitler sempre teve uma velha fotografía de sua mãe. A memória da mãe a que amou estava com ele até no dia de sua morte. Antes de deixar esta terra, em 30 de Abril de 1945, colocou a fotografía de sua mãe frente a ele. Ela tinha olhos azuis como como ele e um rosto similar. Sua intuição materna lhe indicou que seu filho era diferente das demais crianças. Ela atuou como se soubesse do destino de seu filho. Quando ela morreu, se sentiu angustiada pelo imenso mistério que rodeava a seu filho.


Klara Pölzl: Mãe de Hitler
Durante seus anos de juventude, Hitler viveu a vida de um virtual recluso. Seu grande desejo era o de retirar-se do mundo. No fundo um solitário, vagueando, que comia exíguas comidas, mas que devorou os livros das três bibliotecas públicas. Se abstinha de conversações e tinha poucos amigos.

Era quase impossível imaginar um destino tal, onde um homem que começou com tão pouco chegou a tão elevadas alturas. Alexandre o Grande era o filho de um rei. Napoleão, membro de uma boa família, foi general aos 24. Quinze anos depois de Viena, Hitler era ainda um total desconhecido. Milhares de outros tiveram mil vezes mais oportunidades de deixar sua marca no mundo.

Hitler não se preocupava muito com sua vida pessoal. Em Viena vivia em um surrado alojamento apertado. Mas por tudo isso ele alugou um piano que ocupava meia habitação, e se concentrou em compor sua ópera. Vivia de pão, leite e sopa de vegetais. Sua pobreza era real. Nem se quer tinha um sobretudo. Desobstruía as ruas em dias de neve. Transportava equipamentos na estação de trem. Passou muitas semanas em abrigos de acolhimento de pessoas sem lar. Mas nunca deixou de pintar ou ler.

Apesar de sua grande pobreza Hitler conseguia manter uma aparência bem asseada. Todos os caseiros e caseiras de Viena e Munique recordavam-se dele por sua civilidade e sua agradável disposição. Seu comportamento era impecável. Seu quarto estava sempre imaculado, seus poucos pertences meticulosamente ordenados, e suas roupas sempre bem penduradas ou dobradas. Lavava e passava suas próprias roupas, algo que nessa época poucos homens faziam. Não necessitava de quase nada para sobreviver, e o dinheiro que obtinha da venda de suas pinturas era suficiente para obter tudo o que necessitava.

Impressionado pela beleza da igreja em um monastério dos Beneditinos, na que participava no coro desta como coroinha, Hitler sonhou por um instante em converter-se em monge Beneditino. E foi então, também, de modo interessante, quando cada vez que assistia a missa, ele sempre tinha de passar por debaixo da primeira suástica que jamais vira: estava talhada nos escudo de pedra da porta da abadia.

O pai de Hitler, um funcionário de alfândegas, esperava que o garoto seguisse seus passos e se tornasse um servidor civil. Seu tutor encorajou-o a converter-se em monge. Hitler, pelo contrário, foi, ou mais exatamente, fugiu para Viena. E lá, frustrado em suas aspirações artísticas devido aos medíocres burocratas da academia, passou ao isolamento e a meditação. Perdido na grande capital do Império Austro-Húngaro, ele procurou por seu destino.

Durante os primeiros 30 anos de sua vida, a data 20 de Abril de 1889, não significava nada para ninguém. Havia nascido nesse dia em Braunau, uma pequena cidade no vale do Inn. Durante seu exílio em Viena pensou assiduamente em seu modesto lar, e particularmente em sua mãe. Quando esta caiu enferma, voltou ao lar para cuidar dela. Durante semanas a assistiu, fez todos os trabalhos do lar, e a apoiou como o mais amoroso dos filhos. Quando finalmente ela morreu, em véspera de Natal, sua dor era imensa. Abrumado pelo pesar, a enterrou no pequeno cemitério da região. “Nunca tinha visto ninguém tão abatido pela dor”, disse o médico de sua mãe, que curiosamente era judeu.

Hitler não estava todavia concentrado na política, mas sem que realmente soubesse, essa era a carreira para a que era chamado mais fortemente a desempenhar. A política iria finalmente combinar-se com sua paixão pela arte. O Povo, as massas, seriam a argila a que o escultor daria uma forma imortal. A argila humana se converteria para ele em um belo trabalho como se se tratasse de uma das esculturas de mármore de Myron, de uma pintura de Hans Makart ou da triologia dos aneis de Wagner.

Seu amor pela música, arte e arquitetura não lhe separaram de sua vida política e de suas considerações sociais em Viena. Para poder sobreviver, ele trabalhou como um peão cotovelo com cotovelo com outros trabalhadores. Era um silencioso espectador, mas nada escapava dele: nem a vaidade e o egoísmo da burguesia, nem a miséria material e moral do povo, nem as centenas de milhares de operários que se agitavam pelas largas avenidas de Viena com irritação em seus corações.

Também se deu conta da crescente presença em Viena de barbudos judeus com seus caftans11. Algo não visto em Linz. “Como podiam ser eles alemães?”, perguntava-se a si mesmo. Leu as estatísticas: em 1860 viviam 69 famílias em Viena; 40 anos depois eram 200.000. Estavam em todas as partes. Observou sua invasão nas universidades e nas profissões médicas e de leis, assim como o controle que tinham sobre os periódicos.

Hitler estava exposto as passionais reações dos operários com respeito a este influxo, mas os operários não estavam sós em sua infelicidade. Haviam muitas pessoas importantes na Áustria e Hungria que não ocultavam o ressentimento no qual eles consideravam uma invasão alienígena no país. O prefeito de Viena, um democrático-cristão e um poderoso orador, era vivamente ouvido por Hitler.

Hitler também estava consciente do destino dos oito milhões de alemães austríacos que estavam separados da Alemanha, e por tanto privados da nacionalidade alemã a que tinham direito. Considerava o Imperador Francisco José como um amargo e mesquinho velho homem incapaz de solucionar os problemas desses momentos e as aspirações do futuro.

Discretamente, o jovem Hitler estava somando mais e mais coisas em sua mente.

Primeiro: Os austríacos eram parte da Alemanha, a Pátria comum.

Segundo: Os judeus eram alienígenas dentro da comunidade alemã.

Terceiro: O patriotismo só era válido se era compartilhado por todas as classes. O povo comum com quem Hitler compartilhou dor e humilhação era parte da Pátria tanto como os milionários da alta sociedade.

Quarto: A luta de classes condenaria, cedo ou tarde, tanto aos trabalhadores como as patrões à ruína em qualquer país. Nenhum país poderia sobreviver a luta de classes; somente a cooperação entre trabalhadores e chefes podem beneficiar o país. Os trabalhadores devem ser respeitados e viver com dignidade e honra. A criatividade nunca deve ser sufocada.

Quando Hitler depois disse que havia formado sua doutrina política e social em Viena disse a verdade. Dez anos depois, suas observações em Viena se converteram na ordem do dia.

Assim Hitler teve de viver por vários anos na populosa cidade de Viena como um virtual pária, mas observando silenciosamente tudo quanto ocorria ao seu redor. Sua força lhe veio desde dentro. Ele não confiou em ninguém para pensar por ele. Os homens excepcionais sempre se sentem sós entre uma vasta multidão humana. Hitler viu em sua solidão uma magnífica oportunidade para meditar e não para submergir-se num mar de pessoas sem mente. Para não perder-se nas vastidões de um estéril deserto, uma alma forte busca refúgio dentro de si mesmo. Hitler possuía uma alma assim.

A iluminação na vida de Hitler vinha da palavra.

Todo seu talento artístico seria canalizado em sua maestria de comunicação e eloquência. Hitler nunca concebeu as conquistas populares sem o poder da palavra. Podia encantar e ser encantado por ela. Ele conseguia a máxima realização quando a magia de suas palavras inspiravam o coração das massas com as quais comunicava.

Sentia que voltava a nascer cada vez que transmitia com mística beleza os conhecimentos que havia adquirido em vida.

A encantadora eloquência de Hitler permanecerá, por muito tempo, com um vasto campo de estudo para os psicoanalistas. O poder da palavra de Hitler é a chave. Sem ela, nunca haveria tido uma era Hitleriana.



Cria Hitler em Deus? Ele acreditava profundamente em Deus. Chamava a Deus o Todo Poderoso, mestre de tudo o que é conhecido e desconhecido.

Os propagandistas descreveram a Hitler como um ateu. Não o era. Sentia desprezo pelos clérigos hipócritas e materialistas, mas não era o único que assim pensava. Ele acreditava na necessidade de padrões e dogmas teológicos, sem os quais, ele dizia repetidamente, a grande instituição da igreja Cristã iria cair. Estes dogmas chocavam-se com sua inteligência, mas ele reconhecia que era duro para uma mente humana abranger todos os problemas da criação, sua ilimitada extensão e sua arrebatadora beleza. Ele reconhecia que todo ser humano tem necessidades espirituais.

A canção de um rouxinol, o padrão e cor de uma flor, lhe levavam continuamente aos problemas da criação. Ninguém no mundo me tem falado tão eloquentemente acerca da existência de Deus. Ele mantinha esta visão não por causa de haver sido educado como um cristão, senão porque sua mente analítica vinculava-lhe para o conceito de Deus.

A fé de Hitler transcendia de fórmulas e especulações. Deus era para ele a base de tudo, o ordenador de todas as coisas, de seu Destino e de todos os demais.





Este texto foi retirado de um site escrito com ortografia brasileiro, por isso peço desculpa pelo incómodo de ler dessa maneira.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: O Enigma de Hitler, por Leon Degrelle
« Responder #1 em: Outubro 17, 2014, 06:28:50 pm »
Estava eu a fazer zaping, quando reparei que estava a dar um programa sobre o Horten Ho 229. Basicamente o pessoal da Northrop-Grumman Corporation construiu uma réplica, através de um que tinha sido capturado pelos Norte-Americanos na 2.ª GM, para verificar se afinal o dito aparelho era ou não "Stealth".

Pelos vistos havia realmente uma vantagem no que diz respeito à detecção pelo radar deste aparelho e que durante os testes o mesmo revelou-se melhor em combate aéreo que o famoso ME262 (o que foi uma surpresa para mim).

A curiosidade é que o Hermann Göring quis que os irmãos Horten desenvolvessem uma versão muito maior, porque segundo ele em 1946 a Alemanha já teria a bomba nuclear. Eu todos os artigos, todos os documentários que vi defendiam que os Alemães estavam muito longe de conseguirem tal feito.

Afinal em que ficamos?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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mafets

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Re: O Enigma de Hitler, por Leon Degrelle
« Responder #2 em: Outubro 18, 2014, 04:12:02 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Estava eu a fazer zaping, quando reparei que estava a dar um programa sobre o Horten Ho 229. Basicamente o pessoal da Northrop-Grumman Corporation construiu uma réplica, através de um que tinha sido capturado pelos Norte-Americanos na 2.ª GM, para verificar se afinal o dito aparelho era ou não "Stealth".

Pelos vistos havia realmente uma vantagem no que diz respeito à detecção pelo radar deste aparelho e que durante os testes o mesmo revelou-se melhor em combate aéreo que o famoso ME262 (o que foi uma surpresa para mim).

A curiosidade é que o Hermann Göring quis que os irmãos Horten desenvolvessem uma versão muito maior, porque segundo ele em 1946 a Alemanha já teria a bomba nuclear. Eu todos os artigos, todos os documentários que vi defendiam que os Alemães estavam muito longe de conseguirem tal feito.

Afinal em que ficamos?
Uma das razões porque Estaline quis se apoderar de Berlim foi para ter acesso a por exemplo Oranienburg (onde se produzia oxido de urânio), entre outras instalações (embora o programa de armas nucleares alemão estivesse bastante disperso pelo território). Pelo menos um diagrama existia e há quem defenda mesmo uma experiência com um aparelho rudimentar: http://greyfalcon.us/Hitler%20abomb.htm. A verdade é que os Russos teriam a bomba ainda antes de acabar a década de 40.  :wink:
Citar
http://en.wikipedia.org/wiki/Dirty_bomb
De qualquer forma o 229 que de facto era excelente só não entrou em serviço mais cedo porque o prototipo caiu quando um dos motores parou. Não existiram (pelo menos desconheço) pressões como no caso do 262, que por imposição de Hitler teve de levar bombas, o que atrasou a entrada em serviço do aparelho.

Cumprimentos    :G-beer2:
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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