Acho que estás a confundir a massa do cartucho com a massa do projéctil… Refaz os cálculos utilizando somente a massa dos projécteis (shell) e vais chegar aos mesmos números que eu, pois incrivelmente, parece que ambos sabemos como calcular energia cinética — quiçá até a potencial.
O que atinge o alvo é o projéctil. A carga explosiva fornece a energia propulsora e o cartucho fica para trás.
Tudo muito certo, mas a relação da massa e velocidade do projétil, nos casos de projécteis explosivos, que será o caso, além da energia do impacto, os joules, têm que contar com esse potencial de explosivo dentro da "embalagem" que é o projétil. Obviamente no 76mm é bem superior que o 57, num só ponto de impacto.
Também a conservação da energia diz que um projétil maior, mais pesado, conserva mais tempo a energia inicial que um leve mas fácil de a dissipar. Diferente nos misseis que têm a carga propelente em si mesmo.
Também é verdade que tudo pode ser relativo consoante a carga propelente, mas a base é essa.
Por isso os calibres maiores terem mais alcance e o impacto mesmo a velocidades menores, ser maior até porque no caso contem mais carga explosiva, que pode ser perfurante ou outras.
Não estou a puxar a brasa ao 127mm, apenas a refletir e partilhando a reflexão.
Até porque como é dito aqui, é sem dúvida um calibre mais útil para uso contra terra, nomeadamente alvos reforçados ou abrigados e, o 76 mais polivalente as ameaças marítimas e aéreas.
Mas é questão de acertarem com um único 127 numa parede de betão armado, em oposição de dois ou três de 76mm e decerto a lógica da diferença se torna evidente. Ou por outro lado para outros alvos rápidos não tão "duros" a supremacia do 76 em relação ao 127, inferir ao 57 mas o compromisso é isso mesmo. Excepto nos navios que transportam o 127 e o 57 em simultâneo.
Não é por acaso que cada vez mais se vê esses conjuntos de 76 e 40 ou 35, ou 127 e 40 ou 57, consoante a tonelagem/dimensão dos navios.
O que nos leva a outra questão, que é navios hoje de 5500 a 6000 ton terem toda uma hipótese de combinação de armamento e sensores que não conseguem ter os de 3000. Por isso não será só uma questão de levar muitas células de misseis, como tem sido falado.