De frisar que guerra ASW hoje é bem diferente da guerra ASW de há 50 anos atrás. Os submarinos agora também têm mísseis anti-navio e de cruzeiro, e portanto conseguem atacar os seus alvos navais (e em terra) a grandes distâncias e antes sequer de haver chances de serem detectados pelos navios ASW. Ora com isto, um bom navio ASW já precisa de uma capacidade AAW credível, no mínimo para se conseguir defender desses mísseis.
É também sabido que dentro da NATO, já se torce o nariz relativamente ao desleixo perante o número de VLS que os navios europeus têm. E também se sabe que quantos mais fortes forem as marinhas dos membros da NATO, mais forte se torna a NATO.
Relativamente às ameaças credíveis, não sabemos, mas podem ser muitas. Podemos ver a China a vender meios navais aos russos (PA Type 003 ou 004, contratorpedeiro Type 055, etc), ou a vender todo o tipo de meios, nomeadamente navais, aéreos, mísseis e drones a outros países mais pequenos alinhados com eles. Também vemos pequenos focos de conflito a aparecer aqui e ali.
Também sabemos que, num eventual conflito EUA-China, os restantes membros da NATO que não se envolvam, vão ter que tomar o lugar das forças navais americanas. E como é óbvio, não dá para colmatar a ausência de um Arleigh Burke, com uma BD ou VdG por exemplo.
Também me parece óbvio que no caso de haver um conflito de larga escala entre os dois blocos, a NATO precisará de ter vários battlegroups navais, possivelmente em vários pontos do globo. E para isto, é preciso ter muitos navios, e preciso que todos os países carreguem o seu próprio peso.