Para rir... voltaram a reduzir a quantidade
https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/despacho/9707-2024-885192161
Agradeço a publicação do PereiraMarques.
Mas na minha opinião, o comentário que faz induz em erro.
Explico:
O concurso para AAA foi lançado na NSPA alguns meses antes do início da guerra na Ucrânia.
Estipulava:
duas viaturas blindadas 4x4 com radares
oito viaturas blindadas com lançadores de mísseis
oito "terminais informáticos - ("pads")" para serem usados por equipas de lançamento de Stinger, para se ligarem ao sistema de Comando e Controlo.
Esse concurso chegou ao fim pouco depois do início da guerra na Ucrânia e apresentaram propostas Thales, MBDA e DIEHL.
Foi anulado
Foi substituído por um segundo concurso.
Esse foi anulado e substituído por um terceiro.
Esse terceiro, por um lado, eliminou quase todos os requisitos relacionados com as viaturas. Assim possibilitando a redução do preço e permitindo a participação de mais empresas.
Por outro lado, reduziu as quantidades para (salvo algum (pequeno) erro da minha memória:
uma viatura blindada 4x4 com radar
três viaturas blindadas com lançadores de mísseis
dois "terminais informáticos - ("pads")" para serem usados por equipas de lançamento de Stinger, para se ligarem ao sistema de Comando e Controlo.
uma viatura blindada 4x4 com radar (como opção a exercer posteriormente - pagando)
três viaturas blindadas com lançadores de mísseis (como opção a exercer posteriormente - pagando)
dois "terminais informáticos - ("pads")" para serem usados por equipas de lançamento de Stinger, para se ligarem ao sistema de Comando e Controlo (como opção a exercer posteriormente - pagando).
Este terceiro concurso chegou ao fim, e entregaram propostas as mesmas empresas e mais outras - Turcas e Polacas.
Ora, o que é que devemos concluir deste novo despacho?
O Exército, estando próximo de uma decisão, esbarrou na parede burocrática de que aquilo que se propõe adquirir já não bate certo com o que constava do despacho que autorizava o concurso e a compra.
O Nuno Melo faz o favor de assinar um novo despacho que, mantendo o valor que foi disponibilisado, altera o "objecto" para coincidir com aquilo que o Exército conseguiu arranjar com o dinheiro que tinha.
É referido que a alteração poderá e deverá ser analisada pelo Tribunal de Contas.
Portanto:
As quantidades não foram reduzidas outra vez
com este despacho.
O Exército é que está desde 2017 a tentar comprar o que é impossível comprar com o dinheiro que tem.
Até que (aparentemente) chegou a uma quantidade - insignificante - que sim pode adquirir.
O despacho que apareceu agora é para tornar legal a compra...
... se o TC estiver bem disposto.
Isto só prova que, guerra ou não guerra, o nosso Exército não sente pressa nenhuma em adquirir AAA.
Mas é possível que estejamos a chegar ao fim deste filme, com "alguma coisa" para mostrar.
E começa o filme dos Morteiros 120mm Montados em VAMTAC ST5.
P.s.
Se o EP não consegui dinheiro para comprar tudo o que queria, mas sim metade -
- não sei como vai encontrar o dinheiro para exercer as opções para adquirir a outra metade, sendo que as opções caducam ao fim de X tempo.