Podíamos dizer o mesmo da FAP em relação ao F-35A. A integração em forças estrangeiras é muito valorizada, especialmente no Exercito. É bom lembrar que o Exercito preferiu treinar os seu pilotos em Espanha do que na FAP.
Realmente é comparável.
F-35: único caça de 5ª geração produzido em massa no Ocidente, usado pela maioria dos aliados, do qual já foram produzidas 1000 unidades, e com um preço unitário equivalente à concorrência de geração 4.5, para um programa que é suposto dar à FAP um caça novo para durar até 2065/70.
NH90: não é mais usado por aliados que as diversas variantes do UH-60, considerado problemático pelos utilizadores, seria forçosamente mais caro que os UH-60 em segunda-mão, seria ainda outro modelo de helicóptero completamente diferente dos já em uso pelas FA portuguesas, faz virtualmente o mesmo que o Merlin, só que pior, e não tem a mesma capacidade de armamento que os UH-60.
Chegas a um ponto em que é preciso aceitar que, sim o NH90 é um helicóptero bonito, mas do ponto de vista prático e logístico (salada de frutas de helicópteros) não faz qualquer sentido.
Sim, isso é mesmo para o nosso Exército esquecer. Os australianos estão irredutíveis nessa intenção, uma história toda ela de contornos muito estranhos e muito mal contada, como já falámos aqui.
O lado positivo é que escancara as portas da UALE ao Black Hawk, e face à verba disponível para os helis de evacuação muito dificilmente não serão células em segunda-mão. E apesar da teimosia do Exército em querer o NH90, não ficariam mal servidos com alguns UH-60L que, mais tarde, pudessem ser modernizados para a versão V.
Resta saber também se se mantém a intenção de adquirir helicópteros ligeiros para scout e escolta.
A questão dos helicópteros de scout/escolta/ataque, será difícil de justificar. Pois os modelos de helicópteros em uso são "mais que as mães", os pilotos para todos eles vão inevitavelmente escassear, tal como o pessoal de terra necessário para tanta coisa diferente.
Para pensarmos em ter esse tipo de helicóptero, era necessário conseguir fazer a transição para um formato de apenas 3 modelos de helis militares primeiro: 1 ligeiro, 1 médio e 1 "pesado". Hoje são demasiados modelos, para ser viável acrescentar outro de scout, seria necessário tentar uniformizar as restantes frotas (por exemplo, substituindo os Lynx por SH/MH-60, e substituir todos os helis de combate aos fogos por mais UH-60 ou AW-119).
O nosso erro começou com a compra do AW-119, monomotor e civil, para uma esquadra que teria beneficiado de um modelo ligeiro bimotor e militar, como o H145M ou o AW-169M, e se fosse este o caso, bastaria então adquirir mais quantidade do helicóptero em causa para as missões de scout/ataque/escolta.
Se a intenção de um helicóptero para essas missões se mantiver, só vejo duas opções viáveis financeiramente: AH-1 em segunda-mão, ou mais UH-60 numa configuração tipo "Battlehawk". Pessoalmente já me contentava com este último.