A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1650 em: Maio 25, 2021, 07:21:13 am »
Se a visita do secretário geral da NATO for como visitas importantes a certas fábricas que eu cá sei, em que a mrd é toda varrida para debaixo do tapete para dar uma boa impressão
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1651 em: Maio 25, 2021, 08:37:44 am »
Claro que os EUA e a NATO sabem do total grau de inop das Forças Armadas  :-P
O costume !
Exacto. Esta falta de meios e de capacidades não é nada de novo. No passado, anos 70, 80 e 90, já foi a mesma coisa.

Esta miséria a que estamos assistir e aqui a comentar é na realidade o nosso normal à várias gerações.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1652 em: Maio 25, 2021, 11:21:08 am »


Segundo o trabalho que todos aqui viram sobre a Marinha Portuguesa em 2035 (?), as Marinhas que foram consideradas de exemplos a seguir pela MGP eram a Dinamarquesa e a Norueguesa. Reparem nos orçamentos que as Defesas desses países em relação a Portugal. Eis algumas das razões pela obsolescência dos meios das nossas Forças Armadas e da falta de manutenção desses mesmos meios.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1653 em: Maio 25, 2021, 12:00:25 pm »
O problema é que a disparidade é muito maior do que o mostrado nesses gráficos: desde cativações, passando pela inclusão do orçamento da GNR nesse valor, vale tudo. Se retirares as cativações, as pensões e a GNR, o orçamento real pouco deve ultrapassar os 1.000 milhões anuais, já com a LPM incluída.

E depois há o oposto em Espanha, com os apoios industrias do Ministério da Economia e a Protecção Civil, devem chegar, ou ultrapassar, os 16.000 milhões anuais.
Talent de ne rien faire
 
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dc

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1654 em: Maio 25, 2021, 12:25:13 pm »
O valor português até não é mau de todo, se devidamente e verdadeiramente gasto. O que não se entende é como é que gastamos mais de metade do orçamento com pessoal, sendo um dos países da lista com salários menores. Por exemplo a Dinamarca, tem mais militares, com salários muito mais altos que os nossos, e umas FA muito mais modernas, e ainda assim a diferença é de apenas 1038 milhões?
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1655 em: Maio 25, 2021, 12:29:18 pm »
O valor português até não é mau de todo, se devidamente e verdadeiramente gasto. O que não se entende é como é que gastamos mais de metade do orçamento com pessoal, sendo um dos países da lista com salários menores. Por exemplo a Dinamarca, tem mais militares, com salários muito mais altos que os nossos, e umas FA muito mais modernas, e ainda assim a diferença é de apenas 1038 milhões?

É outro mistério, subsídios, extensíveis a família? ADSM ? não sei...
 

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dc

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1656 em: Maio 25, 2021, 12:58:40 pm »
Citar
The largest share of soldiers in Denmark had a monthly income of 30,000 to 32,999 Danish kroner. As of February 2021, 1.61 percent of soldiers had a monthly salary of 64,000 kroner or more, while the same share earned between 18,000 and 19,999 Danish kroner per month.

https://www.statista.com/statistics/878232/salary-distribution-of-soldiers-in-denmark-by-salary-group/

O valor mais baixo equivale a 2400 euros e os mais altos ultrapassam os 8000 euros mensais. O valor médio deve rondar à volta dos 3200 euros. Ou seja, no caso dos nossos militares, mesmo com todas as regalias e mais algumas, será que chegam sequer perto destes valores?
 

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dc

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1657 em: Maio 25, 2021, 01:15:06 pm »


Já agora, a mesma tabela, mas de 2017. E agora pergunto, onde é que em 2019 gastámos mais 800 milhões que 2 anos antes, numas FA que perderam efectivos entre os dois anos, e fizeram apenas algumas aquisições extra?
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1658 em: Maio 25, 2021, 01:19:44 pm »
O problema é que a disparidade é muito maior do que o mostrado nesses gráficos: desde cativações, passando pela inclusão do orçamento da GNR nesse valor, vale tudo. Se retirares as cativações, as pensões e a GNR, o orçamento real pouco deve ultrapassar os 1.000 milhões anuais, já com a LPM incluída.

E depois há o oposto em Espanha, com os apoios industrias do Ministério da Economia e a Protecção Civil, devem chegar, ou ultrapassar, os 16.000 milhões anuais.

O problema é mesmo esse, o valor real do orçamento é ridículo, o dinheiro é sugado por todo o lado, o gasto com pessoal é que é um enigma e "cheira" a outra coisa para ser um valor tão elevado ainda para mais com o reduzido numero de efetivos que temos. A verdade é que o valor real gasto nas FA é uma vergonha e é muito insuficiente a todos os níveis, o valor tem de no mínimo triplicar ou quadruplicar, para que se possa investir na modernização das FA, na operacionalidade e no aumento de efetivos.
 

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dc

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1659 em: Maio 25, 2021, 01:45:51 pm »
Se conseguisses 500 milhões/ano para aquisições/modernização de equipamentos, era bem bom. Ao fim de 10 anos eram 5000 milhões, o que virava do avesso a situação actual de equipamento. Com esse dinheiro, além do que está planeado na LPM, conseguias ainda 3 fragatas novas e modernizar os F-16 (PA I pelo menos). Se refizessem a totalidade da LPM com base nestes valores, até se conseguia mais.
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1660 em: Maio 25, 2021, 02:40:03 pm »
Abbati, medico, potronoque intima pande
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1661 em: Maio 26, 2021, 03:11:20 pm »
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JohnM

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1662 em: Maio 26, 2021, 03:44:07 pm »
Eu gosto tanto de brincar às fantasy fleets como qualquer outra pessoa, mas vamos fazer um exercício simples em realismo sobre a modernização da capacidade de combate da Marinha até 2030. As hipóteses de partida são:
     1. O poder político, seja ele de que côr for, “está-se nas tintas” para as FA, o que tem como consequência que a substituição/modernização da capacidade combate só se faz quando a situação se torna insustentável, nomeadamente em termos da nossa contribuição NATO. Desde que possamos “salvar a face” perante a NATO, está tudo bem.
     2. Não vão existir verbas adicionais para as FA relativamente ao que está previsto na LPM. No máximo, pode haver transferência de verbas entre rubricas.
     3. A LPM vai ser efetivamente executada, pela primeira vez na história recente (Nota: esta hipótese já é esticar um pouco a realidade, mas pronto...)
     4. No caso específico da Marinha, os problemas de retenção de pessoal são enormes, por isso, na melhor das hipóteses, qualquer solução tem que ser de soma zero em termos de tripulações.

Financeiramente, e se não me engano, as disponibilidades serão de cerca de 500 M€, distribuidas da seguinte maneira (mais coisa, menos coisa):
     1. 150 M€ do LPD.
     2. 150 M€ do AOR.
     3. 130 M€ do MLU das Vdg que não seria executado.
     4. 80 M€, no máximo, da venda das duas VdG que estão operacionais (a VdG neste cenário seria abatida).

Em termos de tripulações estamos a falar de cerca de 500 marinheiro(a)s, assumindo que actualmente só temos tripulações para 4 fragatas (e já isso é otimista):
     1. ~320 das duas VdG.
     2. ~200 das duas covetas
     3. Eventualmente mais ~50 do Bérrio, se ainda não tiverem sido redistribuidos por outras unidades.

Portanto, tudo o que se possa fazer tem que obedecer a estes dois constrangimentos: não pode custar mais de 500 M€ e requerer mais de 500 tripulantes... simples... Agora é começar a ver o que “cabe” neste pacote, sabendo que:
     1. O Wave Ruler custaria 50-100 M€ (mais custos de dragagem dos acessos ao Alfeite) e tem 50 tripulantes.
     2. O Patiño custaria mais ou menos o mesmo  (mais coisa menos coisa), mas requer 150 tripulantes.
     3. O JdW custaria cerca de 150 M€ e também requer 150 tripulantes.
     4. Cada M holandesa custaria uns 60-80 M€ e requer 160 tripulantes.
     5. Cada F123 alemã (que vão começa a ser substituidas em 2027 pelas F126 e, portanto, poderiam estar disponíveis, se a coisa fôr bem falada) seriam uns 100 M€ e levam 220 almas.
     6. Cada T23 inglesa (os modelos GP estão disponíveis) seria uns 50 M€, mas tb levam 180 tripulantes e representariam uma cadeia logística totalmente diferente das M ou F123, que pelo menos são semelhantes nesse aspecto às nossas M e VdG.

Agora é arranjar as combinações que cada um mais goste, dentro destes limites... comece a discussão... para mim, há algumas conclusões óbvias:
     1. Os dias das 5 fragatas acabaram... vai ser uma sorte conseguirmos manter 4 e é provável que, a prazo, só venhamos mesmo a ter 3, tal com nos anos 90 e 2000...
     2. As possíveis aquisições do Patiño e do JdW limitam imediatamente o tamanho da frota combatente a 3 fragatas (provavelmente juntando a van Speijk às nossas M), por causa do número de tripulantes requeridos.
     3. Adqiuir o Patiño seria um enorme “tiro no pé”, porque não só é monocasco, como tem uma tripulação enorme.

« Última modificação: Maio 26, 2021, 04:59:08 pm por JohnM »
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1663 em: Maio 26, 2021, 04:42:44 pm »
Eu gosto tanto de brincar às fantasy fleets como qualquer outra pessoa, mas vamos fazer um exercício simples em realismo sobre a modernização da capacidade de combate da Marinha até 2030. As hipóteses de partida são:
     1. O poder político, seja ele de que côr for, “está-se nas tintas” para as FA, o que tem como consequência que a substituição/modernização da capacidade combate só se faz quando a situação se torna insustentável, nomeadamente em termos da nossa contribuição NATO. Desde que possamos “salvar a face” perante a NATO, está tudo bem.
     2. Não vão existir verbas adicionais para as FA relativamente ao que está previsto na LPM. No máximo, pode haver transferência de verbas entre rubricas.
     3. A LPM vai ser efetivamente executada, pela primeira vez na história recente (Nota: esta hipótese já é esticar um pouco a realidade, mas pronto...)
     4. No caso específico da Marinha, os problemas de retenção de pessoal são enormes, por isso, na melhordas hipóteses, qualquer solução tem que ser de soma zero em termos de tripulações.

Financeiramente, e se não me engano, as disponibilidades serão de cerca de 500 M€, distribuidas da seguinte maneira (mais coisa, menos coisa):
     1. 150 M€ do LPD.
     2. 150 M€ do AOR.
     3. 130 M€ do MLU das Vdg que não seria executado.
     4. 80 M€, no máximo, da venda das duas VdG que estão operacionais (e VdG neste cenário seria abatida).

Em termos de tripulações estamos a falar de cerca de 500 marinheiro(a)s, assumindo que actualmente só temos tripulações para 4 fragatas (e já isso é otimista):
     1. ~320 das duas VdG.
     2. ~200 das duas covetas
     3. Eventualmente mais ~50 do Bérrio, se ainda não tiverem sido redistribuidos por outras unidades.

Portanto, tudo o que se possa fazer tem que obedecer as estes dois constrangimentos: não pode custar mais de 500 M€ e requerer mais de 500 tripulantes... simples... Agora é começar a ver o que “cabe” neste pacote, sabendo que:
     1. O Wave Ruler custaria 50-100 M€ (mais custos de dragagem doas acessos ao Alfeite) e tem 50 tripulantes.
     2. O Patiño custaria mais ou menos o mesmo  (mais coisa menos coisa), mas requer 150 tripulantes.
     3. O JdW custaria cerca de 150 M€ e também requer 150 tripulantes.
     4. Cada M holandesa custaria uns 60-80 M€ e requer 160 tripulantes.
     5. Cada F123 alemã (que vão começa a ser substituidas em 2027 pelas F126 e, portanto, poderiam estar disponíveis, se a coisa fôr bem falada) seriam uns 100 M€ e levam 220 almas.
     6. Cada T23 inglesa (os modelos GP estão disponíveis) seria uns 50 M€, mas tb levam 180 tripulantes e representariam uma cadeia logística totalmente diferente das M ou F123, que pelo menos são semelhantes nesse aspecto às nossas M e VdG.

Agora é arranjar as combinações que cada um mais goste, dentro destes limites... começe a discussão... para mim, há algumas coisas óbvias:
     1. Os dias das 5 fragatas acabaram... vai ser uma sorte conseguirmos manter 4 e é provável que, a prazo, só venhamos mesmo a ter 3, tal com nos anos 90 e 2000...
     2. As possíveis aquisições do Patiño e do JdW limitam imediatamente o tamanho da frota combatente a 3 fragatas (provavelmente juntando a van Speijk às nossas M), por causa do número de tripulantes requeridos.
     3. Adqiuir o Patiño seria um enorme “tiro no pé”, porque não só é monocasco, como tem uma tripulação enorme.
Muito bom raciocínio. O Patino é um verdadeiro elefante branco em termos de tripulação, é ridículo para nós com a falta de efetivos que temos ter um AOR com 150 efetivos quase o mesmo de uma fragata, o problema é que precisamos desesperadamente de um AOR e com certeza terá de ser em segunda mão e não há muita escolha para além da escolha mais óbvia o Wave que é exatamente o que precisamos e será mais um erro histórico se não o comprarmos já que tem todos os requisitos e características que a Marinha necessita incluindo a reduzida tripulação. Quanto às fragatas mais um ponto a favor de lançar um concurso para 3 novas fragatas, as fragatas de nova geração as tripulações andam todas na ordem dos 100-120bwue é o ideal para a Marinha, JdW 150, Wave 50 e 3 novas fragatas mais ou menos 330, pronto contas fáceis o ministro da defesa e o das finanças que abram o cofre e lancem o concurso das fragatas.
 

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zawevo

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1664 em: Maio 26, 2021, 04:50:13 pm »
Vergonha das vergonhas

Stoltenberg elogia a capacidade da NATO projetar "poder marítimo". E abre escola de ciberdefesa em Oeiras

https://expresso.pt/politica/2021-05-26-Stoltenberg-elogia-a-capacidade-da-NATO-projetar-poder-maritimo.-E-abre-escola-de-ciberdefesa-em-Oeiras-bf9307ab

O secretário-geral da NATO está em Portugal e assiste amanhã a um exercício que mostra a capacidade da Aliança para "projetar poder marítimo numa era de competição geopolítica". Disse-o num país em que a Marinha só tem dois navios de combate a navegar (uma fragata e um submarino). E inaugurou. em Oeiras, uma escola para uma nova componente essencial da segurança: a ciberdefesa.

Faltavam apenas 20 minutos para a hora da reunião do Conselho de Estado – onde participaria a convite do Presidente da República -, quando Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, inaugurou a Academia de Comunicações e Sistema de Informação da Aliança Atlântica no comando da Aliança em Oeiras. “Já estão aqui a trabalhar algum tempo, tivemos de adiar a inauguração por causa da pandemia”, explicou, ao lado do primeiro-ministro, António Costa. O nome não é explícito, mas trata-se da nova escola de cibersegurança da NATO, com sede em Portugal, para formar os militares numa área cada vez mais fundamental na defesa a nível global.

António Costa diria depois tratar-se de “uma honra para Portugal acolher uma tão moderna e avançada estrutura de formação e treino”, que contribui para a “proteção e resiliência das infraestruturas críticas de que as sociedades modernas dependem” – e ainda havia de puxar pela aposta do Programa de Recuperação e Resiliência na transição digital. O primeiro-ministro ainda diria que este polo, apesar de vocacionado para pessoas da estrutura e do comando da NATO, “pode proporcionar oportunidades para estimulantes parcerias como a academia e as indústrias portuguesas”.

Poucas horas antes, Jens Stoltenberg tinha-se reunido com o primeiro-ministro em São Bento, para no fim do encontro condenar o regime da Bielorrússia e enfatizar a importância do poder naval da Aliança Atlântica.

Num momento em que a Marinha portuguesa atravessa problemas na manutenção e aprontamento dos navios de guerra, as fragatas - neste momento só está uma de cinco a navegar -, o secretário-geral da NATO sublinhou o facto de esta quinta-feira ir acompanhar um grande exercício naval Steadfast Defender 2021, que envolve mais de nove mil militares de 20 países aliados. “Isto demonstra a prontidão da NATO. E mostra a nossa capacidade para projetar poder marítimo numa era de competição geopolítica.”

Sobre a crise com a Bielorrússia, Stoltenberg disse apoiar as sanções da União Europeia e condenou “fortemente” a aterragem forçada em Minsk de um avião de passageiros – que “viajava de uma capital da NATO para outra” –, que pôs “em risco um largo número de cidadãos dos países Aliados”, sendo considerado um ataque do regime “aos direitos democráticos fundamentais e aos media independentes”. Também exigiu a libertação imediata dos presos políticos.

António Costa destacou a visita, a poucos dias de uma cimeira da NATO, “que marcará um novo impulso nas relações transatlânticas” e a participação do secretário-geral da NATO na reunião dos ministros da Defesa da União Europeia esta quinta-feira, uma vez que – apesar de nem todos os países da UE serem membros da NATO – “há ameaças que persistem como vimos a forma como a Bielorrússia, de forma inaceitável, intercetou um avião civil”. “Não podemos ignorar que as ameaças existem”, que a sul com o “terrorismo”, ou a leste, concluiu o primeiro-ministro, apesar dos problemas de pessoal e equipamento das Forças Armadas portuguesas.


Fofinhos não se esqueçam 2000 até Julho!!!
« Última modificação: Maio 26, 2021, 04:56:29 pm por zawevo »
 
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