Esta situação em torno do Mondego é hilariante. Não devia ser, mas é. Passaram o tempo todo a atirar areia para os olhos da malta, a dizer que o navio estava em condições e os 13 militares é que estavam errados, e agora vê-se quem tinha razão.
Então a Vasco da Gama vai ficar uma especie de ARA Hercules da Marinha Argentina.
Até podia ver isto como o copo meio cheio, isto é, a capacidade anfibia da Marinha é tão fraca que até isto é uma "suposta" melhoria, e se isto fosse para testar o conceito XO, para ver se vale a pena adquirir esse tipo de navios no futuro.
Mas apesar desta "suposta" transformação, se não se adquirir meios de projecção comtinua-se a depender de zebros e Lynx para chegar a terra como até agora.
A malta tem sede, dão-nos copo meio cheio... de vinagre.
Isso poderia fazer algum sentido, se a ideia fosse arrumar com a ideia do LPD/JSS, para ter XOs. A partir do momento em que se vai gastar uma carrada de dinheiro no LPD/JSS (segundo a LPM), os XO deixam de fazer sentido. Isto de ter uma Marinha em que quase todos os meios são logísticos, é estúpido, quando era preciso era um equilíbrio (algo que XOs + fragatas dava, e XOs + LPD não dá).
Ainda por cima, os aspectos mais distintos de um XO, são, além do armamento moderno, o pessoal e meios que pode transportar e a doca alagável, 2 coisas que a VdG não tem, como tal, não há doutrina para testar, porque Zebros lançados de uma grua =/= CB-90 ou LCVP lançados da doca alagável de um XO. É o mesmo que testar a doutrina de operar um C-295, recorrendo a um Cessna 172,
Essencialmente, não há nada que a VdG desmodernizada faça, que não seria capaz de fazer se estivesse equipada como as outras. Talvez pela redução da guarnição, dê espaço para transportar mais algumas pessoas, e usar o hangar para guardar Zebros, mas nada mais.
O resultado será, capar o armamento do navio, reduzir a guarnição, e está feito. Depois improvisa-se ora lançando uns zebros, ora operando drones do convés, ora patrulha marítima como as corvetas faziam.