A atual situação de Marcelo Rebelo de Sousa, deveria servir para todos nós, repensarmos a ideia de que os presidentes devem ser "Senadores" pessoas com bastante idade, com mais tino e "siso".
Começa a ser dificil explicar ou justificar as ações deste individuo, que por detrás do seu auto-proclamado título de professor constitucionalista (quem terá sido o especialista na constituição de 1976 que lhe deu aulas) acaba por constantemente meter os pés pelas mãos e ser um embaraço nacional.
Marcelo Rebelo de Sousa, não soube educar os filhos, e agora não tem uma voz adulta para o aconselhar.
Meteu na cabeça que é um chefe de estado de uma republica semi-presidencialista, quando o regime é parmalentarista até ao tutano [1]
Age como age, não tendo a noção que os poderes que tem, lhe foram conferidos para serem utilizados em última instância e não fazem parte dos seus atributos para utilizar diariamente.
O presidente em Portugal deve ser um monarca. Um rei sem coroa, que ao contrário dos monarcas que encontram a sua legitimidade no suposto sangue azul, funda a legitimidade das suas ações, no fato de a cada cinco anos, precisar do acordo de pelo menos metade mais um, dos cidadãos que vão votar.
Mas os cidadãos dão ao presidente o direito de «desatar nós» e resolver problemas in extremis.
Não votam num presidente, para que este, crie mais problemas que os que já temos.
Marcelo poderá estar naquele estágio da vida, em que a maioria das pessoas pensa que o idoso está bem de saúde e perfeitamente lúcido...
Mas onde de repente, há coisas que deixam de bater certo.
E isso deveria ser um sinal de alarme.
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[1] - Bastava olhar para o exemplo do 25 de Abril, onde o presidente do concelho de ministros entrega o poder, quando o chefe de estado, que legalmente o detinha - Américo Tomaz - não foi visto nem achado.