Ainda não percebi a vantagem do PC-21 em relação ao A-29, é patrocínio?
Tudo o resto é puro desconhecimento.
É mais barato quando comparado novo com novo. É amplamente usado por aliados. Por ser uma aeronave de treino, não vai ter que se inventar e usar em COIN/CAS, o que obrigaria à formação de pilotos de combate de propósito para estas missões, o que numa FA com falta de pilotos, mais depressa vemos um corte nos números de pilotos de F-16 (ainda por cima sendo os ST inúteis para qualquer outra missão senão aquela, é mesmo desaproveitar o talento que temos). Também vais ter que ter pessoal de terra suficiente para ter cá e nos TOs externos.
A juntar ao facto de que, com a vinda dos STs, a compra de helicópteros de evacuação dificilmente será mais que 5 ou 6, e vai-se dizer que já não é necessário armar decentemente porque "temos os Super Tucanos". Para não falar que nas missões em África, passaremos a ter um terceiro tipo de aeronave, a juntar a qualquer helicóptero e aos ocasionais C-295, o que deve ser uma bela ginástica logística.
É um efeito dominó, que vai além da simples compra de uma aeronave de treino. E tantas vezes ouvimos a conversa que não se vai fazer aquisições até o novo conceito estratégico da NATO ser apresentado, no entanto para comprar os ST, que é 99% garantido que não faz parte dos planos da NATO de forma alguma, é algo que estamos dispostos a atirar-nos de cabeça. Vá-se lá entender.
Os franceses operam aeronaves COIN em África? Ou melhor: os franceses operam aeronaves COIN? E mesmo os EUA só as têm operado para formar países aliados (Afeganistão e Filipinas) e em testes operacionais (os Bronco na Síria).
Não, referia-me ao post ao qual estava a responder. E os EUA mesmo a vir usar aeronaves dedicadas COIN, é para um nicho de missões, tal como eles têm dezenas de modelos de aeronave para nichos de missão, algo que nós não nos podemos dar ao luxo.
Pensei que o foco na BRR era porque ficava mais barato equipar uns comandos/rangers/pára-quedistas do que comprar equipamento a sério.
Não deixa de ser verdade que o tipo de ameaça, também favorecia mais o uso dessas forças ao invés de forças pesadas. Mais países reforçaram as unidades ligeiras, nomeadamente com MRAPs e outro equipamento mais especializado e treino, para responder a essa ameaça, a diferença é que uma boa parte desses países, já tinham FA decentes, enquanto cá tudo a cair de podre e/ou obsoleto.
Para mim, qualquer conversa a justificar a compra do ST devido à missão COIN é conversa para boi dormir.
Não tenho a mínima dúvida. Meio dedicado a COIN faz sentido para quem tem dinheiro ou para quem enfrenta constantemente esta ameaça. E nós não somos nenhum dos dois.