O heli de ataque para COIN, pois o PC-21 não faz isso.
E que tal uns UH-60 numa configuração similar ao Battlehawk?
Qual é a parte que COIN não é uma missão primária que não está difícil de entender, o que torna a necessidade de um meio dedicado a COIN uma completa estupidez numa força aérea pequena, principalmente quando uns UH-60 armados já desenrascavam na missão? Além de que será mais fácil destacar 5 ou 6 UH-60 num TO desses, para COIN e transporte, MEDEVAC, do que ter 2/3 UH-60 + 2/3 STs.
Então a ideia é heli de ataque dedicado ou mais helis Black Hawk armados? Se for a segunda então já é diferente.
Mais Blackhawk, duplicando (no mínimo) os números que o actual programa dos hélis de evacuação contempla, e armados.
Isso ainda não se sabe, o que tem o ST a ver com UCAV? Se acharem que são precisos também um dia virão. O ST o que se diz que faz é instrução e ataque ao solo.
Claro que não se sabe ao certo o que vai acontecer. Mas estamos em Portugal, onde é sempre mínimos, e na hora de se avaliar a necessidade de UCAVs a sério, vão olhar para o ST e dizer que basta isto. Tal como já vai acontecer com qualquer ideia de reforçar a frota de hélis evacuativos, ou quando se pensar em armar os ditos "o ST já tem armas".
Pois, são pessoas que não podes usar em missões.
Os do ST também não, se for uma missão que vá além de COIN. Mas com o ST precisavas de ter capacidade de ter pessoal de terra em Portugal, para os que estão a ministrar treino, e no estrangeiro em missão. Na prática precisas de duplicar o número de pessoas. Com o PC-21 não. E o PC-21 (em maior número) consegue realizar todas as etapas de treino, podendo substituir também os TB-30, ficando nós com uma aeronave única para fazer tudo, reduzindo os custos em termos logísticos e na especialização de mecânicos.
Sim, todos os militares são pessoal destacável.
Certo, mas isso também se aplica aos mecânicos dos TB-30, dos Chipmunk, dos planadores? E de um ponto de vista estratégico, preferes ter uma "força" de mecânicos reforçada dos ST (por causa dos destacamentos COIN), ou preferes que as aeronaves de treino tenham uma "força" cuja dimensão é apenas a necessária à garantia da sua operação/manutenção, e que o resto do pessoal vá para as unidades operacionais, onde mais falta fazem (F-16, P-3, Merlin, futuros helicópteros, etc), unidades estas que podem ser destacadas com muito mais frequência e para muitos mais TOs que vão além de "COIN em África"?
Não sei se temos pilotos instrutores excedentários, mas de certeza que não tem de estar lá todos, todos os dias, eles têm férias e por vezes até fazem intercâmbios, tipo Brasil, etc. O Super Tucano não teria só pilotos instrutores para fazer tudo, também teria pilotos sem essa qualificação, mas é mais fácil gerir uma pool grande de pilotos que duas pequenas, uma de pilotos instrutores de PC-21 e uma de helis COIN, até à pouco tempo a FAP dizia que tinha falta de pilotos, mas basta os helis de ataque serem do exército que já não interfere com quantos pilotos a FAP tem.
Por exemplo os precursores dos paraquedistas são quase todos também instrutores de paraquedismo, não precisas (ou é mais difícil), ter elementos só para dar instrução e um grupo só operacional.
Sim, da mesma forma que pilotos instrutores também são pilotos. A questão aqui é, faz sentido ter pilotos instrutores de ST totalmente treinados para o combate neste tipo de aeronave, quando este treino só traz frutos nas tais missões de COIN, sendo que este treino vale perto de zero em qualquer outro cenário? Não é mais útil ter os pilotos de instrução no número necessário para a função, e alocar os pilotos operacionais onde são necessários? E que estes pilotos de instrução possam ter a capacidade de, em caso de necessidade (essencialmente guerra), vir a integrar/reintegrar alguma das outras esquadras?
Enquanto isso, se o COIN tivesse a cargo dos UH-60 armados, não só as aeronaves serviam para um amplo leque de missões, como o próprio treino dos pilotos teria utilidade além de COIN.
Antes os pilotos faziam esse treino no Alfa Jet, deve ser pelo menos mais barato que no F-16.
Não digo que não. Mas se o Alpha Jet tem uma performance que se calhar pode mais ou menos replicar a dos F-16, o ST ou qualquer outro turboprop nem por isso. Depois temos de falar do tipo de armamento, hoje em dia, tirando rockets (que o F-16 não costuma usar em conflito) e bombas "burras", o Alpha Jet deixava muito a desejar. Com o ST, apesar de ter algum armamento moderno, não tem tudo o que o F-16 pode e deve ter, e mesmo ignorando isso, os pilotos de F-16 têm que treinar na mesma o lançamento das armas nos próprios.
E quanto custa isso? Recordo que normalmente a hora de voo de um helicóptero costuma ser superior à de um avião, a aeronave da FAP com o custo de hora de voo mais alto é o EH101.
A não ser que se planeie acabar com os helicópteros na FAP, é um "mal" necessário. Até porque não vai ser o ST a fazer todas as outras missões que os helicópteros fazem. E aí podes ter o ST + helicópteros usados meramente para transporte, ou podes ter um maior número de helicópteros que podem fazer praticamente tudo, tanto nos TOs africanos, europeus e atlânticos.
Gostava que me explicassem em que é que o PC-21 é superior ao ST, percebo que seja mais barato, mas há ai varios textos de Forças Aéreas a dizerem que o ST também é capaz de dar instrução para futuros pilotos de F-16, e o ST até dá para instrução com armamento, o PC-21 não dá.
Colega DC o valor do ST é que dá para fazer instrução com armamento que noutro tipo de aeronave desarmada teria que ser feito no F-16, permite com a mesma aeronave, mesmos pilotos e mesmos mecânicos, ter instrução e ter ataque ao solo ( em ambientes de baixa intensidade) sem ter isso dividido por dois.
O PC-21 é superior na performance. Desde a velocidade mais alta, ao rate of climb, aos Gs. É simplesmente superior. A nível técnico é mais difícil de comparar, mas sabe-se que o PC-21 é excelente na simulação dos caças modernos. Quanto a não poder ser armado, é uma desvantagem sim, mas quão importante será? Mais importante que a performance da aeronave? Creio que não. Além de que, supostamente, poderá receber hardpoints para tal, mas até agora acho que nunca foi visto com os ditos. Entretanto, o PC-9, bem mais antigo, podia levar armamento, logo não seria caso de admiração que, se os franceses realmente quisessem um turboprop para COIN, pegassem no PC-21 e incorporassem o armamento.
Eu estou ciente das vantagens do ST. Mas também estou ciente que essas vantagens têm um efeito dominó, sobretudo na hora de ter um helicóptero bem equipado ou não. Tem também um peso considerável no orçamento da FAP (excepto aquela proposta de 40 milhões por 12, que estranhamente nenhum país tem interesse).
Mas isto é simples de explicar, já que temos duas grandes opções:
-compras ST, que fazem COIN e treino, e ainda precisas dos helicópteros para as restantes missões
-ou compras PC-21 que fazem treino, e reforças a frota dos helicópteros (iguais aos da opção acima), que fazem tanto COIN com as demais missões
São opções parecidas, e em ambas precisas obrigatoriamente de dois tipos de meios, mas a de baixo adequa-se muito mais à nossa realidade, já que os helicópteros acabam por ser mais versáteis e num número mais adequado.
Andava ai um texto a dizer que a França devia ter aviões desses, que até são mais baratos de operar, etc.
Sim, aeronaves desse tipo (não são só STs), são perfeitas para COIN. Mas até agora nem eles demonstraram interesse real em comprar, como mesmo que comprassem, eles podem fazê-lo que têm muito mais dinheiro que nós, e não estão com forças armadas completamente obsoletas como é o nosso caso. Se eles não comprarem, vão desenrascar com outra coisa qualquer, ou pedir a outro país que participe nas missões em África. Se comprarem, e nós formos "seguir o exemplo", então que por cá não sejam hipócritas, e sigam também o exemplo a nível das fragatas, artilharia AA, porta-aviões, LHDs, etc.