Quem segue as tuas intervenções aqui só pode ficar com a ideia de que tu não pesquisas nada nem tens acesso a notícias.
Se colocares AKAER LUS-222 no Google, encontras imediatamente notícias que tu aparentas desconhecer.
É impressão minha, ou estás a projectar-te nos outros? É que quem costuma intervir neste Fórum, sem ler notícias, ou sem compreender o que nelas vem dito (tipo o CEMFA não poder fazer uma estimativa), e vem para aqui debitar tangas, és precisamente tu! Ou será que as tretas que tu inventas, têm fundamento em notícias? Tipo os Tucanos XL?
Se colocares Akaer LUS-222 no Google, as notícias que te aparecem são as mesmas copiadas vezes e vezes sem conta. Portanto a não ser que tenhas descoberto uma, no meio de dezenas de notícias, que apresente informação nova, que se fosse o caso, terias certamente colocado o link, qual o teu ponto? Que a Akaer foi seleccionada e pronto?
E decides se "é coisa boa" ou "é coisa má" conforme as opiniões dos outros te agradarem ou não.
Mas alguém deu opinião sobre este tema? Como é que posso ser o primeiro a dar uma opinião sobre certo tema, e estar-me a basear no que outros dizem, se mais ninguém teceu opiniões? Bom, na tua cabeça isto faz sentido, ya?
O LUS-222, com a informação que tens, deve continuar ou ser cancelado imediatamente?
Ninguém falou em cancelar o programa. Eu sei que és burro, e qualquer questão que seja levantada contra algo, é automaticamente indicativo de ódio, vontade de cancelar, etc.
Eu queria que se tomassem decisões com pés e cabeça, para o bem do programa, para que realmente tenha sucesso, não embarcar em invenções, de abrir uma fábrica no outro lado do Atlântico, para um produto que nem sequer fez o primeiro voo ainda.
E o país que mais ganha com o primeiro avião português, seja Portugal, e não outros que já ganharam uma fábrica, sem entrar em qualquer compromisso de compra, nem tão pouco investir no projecto.
Vou-te ajudar;
Para mim é o Projecto Aeroespacial português mais promissor de sempre e eu estou a favor da sua continuação, seguindo a estratégia que o CEiiA considerar a melhor, já que parece-me evidente que não são burros nenhuns.
-É o único projecto aeroespacial português. Falar em "mais promissor" quando o termo de comparação é nada, vale o que vale.
-É promissor, na medida em que é um avião que pode ter mercado, se cumprir com o que promete e for competitivo.
-Ninguém está contra a sua continuação. Estão sim contra a forma como este projecto serve de pretexto para jogadas/decisões políticas.
-Ninguém sabe qual a estratégia da CEIIA. Serem ou não burros, é irrelevante, o que não faltam são casos de má gestão, corrupção, dar passos maiores que a perna, etc. Eu aconselhava prudência, porque é a primeira vez que se desenvolve um avião de raiz no país.
Aplica a lógica empresarial to teu texto anterior ao F-35 e diz-nos o que dá.
Se não te importas.
Ora:
-como é que foi escolhido o F-35? Ganhou concurso contra outro fabricante? Antes de ser escolhido, foram desenvolvidos e testados protótipos. Quantos protótipos tem o LUS?
-o F-35 quando foi escolhido, já tinha "pré-encomendadas" milhares de unidades, só nos EUA. Quantas tem o LUS?
-por trás do F-35, estão empresas com enorme experiência no sector (algo que no caso do LUS não se aplica), e mesmo nesse caso houve muitos problemas. Alguns dos problemas associados a uma cadeia logística complicada (o primeiro ponto em comum entre os dois projectos, com as devidas diferenças de escala)
Só aqui, tens uma diferença. Antes do F-35 ter as suas linhas de produção "dispersas", teve de ser desenvolvido um protótipo (vários até), teve de ficar provado que o conceito "funciona", teve encomendas asseguradas de vários países em quantidades enormíssimas, e só depois é que se tratou das unidades de produção. O LUS vai ter duas linhas de produção (produção e montagem), separadas pelo Atlântico, e nem sequer voou ainda, nem tem garantias de clientes ou garantias de investimento caso surjam problemas pelo meio.
Voltando ao F-35:
-o F-35 esteve (e ainda está) repleto de problemas. O programa safou-se por ser "too big to fail". O LUS não tem este benefício, se surgirem problemas com o protótipo e forem caros de resolver, a chance de cancelamento é enorme, e aí vão perceber que, antes de se preocuparem com fábricas além fronteiras, a preocupação devia ser em desenvolver e aperfeiçoar o produto.
-o F-35, à semelhança do KC-390, teve participação internacional, em que os participantes investiram dinheiro nos projectos, e com isso receberam parte da linha de montagem. Até ver, houve zero investimento por parte de outros países/empresas no LUS, portanto a fábrica lá foi oferta da casa.
Com base nas notícias, o avião deverá ser quase totalmente feito no Brasil, com a montagem final em Portugal. Isto foi uma valiosa oportunidade desperdiçada pelo país, de produzir quase na integra um avião, tendo preferido deslocalizar. E isto para mim não faz sentido, certamente não quando o avião nem sequer efectuou o primeiro voo.