Primeiro avião português (2025)

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saabGripen

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #105 em: Dezembro 07, 2024, 12:04:58 pm »
Assim mesmo o quê? As notícias falam da produção inteira da aeronave lá, e ao que parece aqui só juntas as peças para formar o aviãozinho. É o equivalente a dizer que o NPO é português, mas o navio ser todo fabricado lá fora, e aqui só instalas algum equipamento.

Sabendo que uma grande parte dos componentes da aeronave (por exemplo os motores) já é fabricada lá fora, o mínimo era que se tentasse manter o máximo do processo de fabrico possível em Portugal, para criar o maior nº de empregos possível.

Mas para alguns, fabricar o LUS 222 quase na integra em Portugal era mau, já fabricar uma dúzia de STs, é bom negócio. ::)

"...o mínimo era que se tentasse manter o máximo do processo de fabrico possível em Portugal, ..."

É incorrecto.
O que se quer é garantir o sucessso do projecto, minimizando o risco.
O que se quer é desenvolver o sector da Indústria Aeroespacial em Portugal.
Para isso, fazemos com o Brasil o que o Brasil fez com Portugal no projecto do KC-390.
Uma porta de entrada.

A informação que tenho é de que o CEiiA é uma organização sem fins lucrativos.
Existe para desenvolver a indústria.
É parecido com o  CITEVE --- sabes o que é?

A empresa que foi criada pelo CEiiA para produzir o avião terá fins lucrativos.
Mas será um dia uma "spin-off" do CEiiA (opinião minha).

Tu e quem agradece as tuas intervenções devem estudar mais para poderem escrever (ainda  ::) ) mais (e melhor) e agradecer melhor.
 

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yuwanko

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #106 em: Dezembro 07, 2024, 04:21:58 pm »
Assim mesmo o quê? As notícias falam da produção inteira da aeronave lá, e ao que parece aqui só juntas as peças para formar o aviãozinho. É o equivalente a dizer que o NPO é português, mas o navio ser todo fabricado lá fora, e aqui só instalas algum equipamento.

Sabendo que uma grande parte dos componentes da aeronave (por exemplo os motores) já é fabricada lá fora, o mínimo era que se tentasse manter o máximo do processo de fabrico possível em Portugal, para criar o maior nº de empregos possível.

Mas para alguns, fabricar o LUS 222 quase na integra em Portugal era mau, já fabricar uma dúzia de STs, é bom negócio. ::)

Não sei se é isso que as notícias dizem. As notícias dizem que no Brasil vão ser montados totalmente os equipamentos vendidos lá, ao que sei, os aviões vendidos cá serão integralmente montados em Ponte de Sôr.
 

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Charlie Jaguar

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Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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saabGripen

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #108 em: Dezembro 07, 2024, 05:22:36 pm »

Sobre a EEA Aircraft and Maintenance

Fundada em 2021, a EEA Aircraft and Maintenance, S.A. é a primeira OEM (Original Equipment Manufacturer) aeronáutica de Portugal. Lidera o desenvolvimento do programa LUS-222, primeira aeronave desenvolvida, industrializada e comercializada em Portugal, sendo responsável pela linha de montagem final para fabricação da aeronave.


Nota do saabGripen:
A linha de montagem final é em Ponte de Sor.

https://www.defesaaereanaval.com.br/aviacao/akaer-e-selecionada-para-produzir-estruturas-da-aeronave-lus-222
 

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dc

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #109 em: Dezembro 07, 2024, 05:35:06 pm »
Não sei se é isso que as notícias dizem. As notícias dizem que no Brasil vão ser montados totalmente os equipamentos vendidos lá, ao que sei, os aviões vendidos cá serão integralmente montados em Ponte de Sôr.

Isso implica que vão ser vendidos aviões no Brasil, o que ainda não se sabe, até porque o avião ainda nem sequer fez o seu primeiro voo, não se sabe o preço, não se sabe nada. Até então, não tem havido notícias a explicar que partes do avião vão ser produzidas em Portugal, falando-se apenas na montagem.

É incorrecto.
O que se quer é garantir o sucessso do projecto, minimizando o risco.
O que se quer é desenvolver o sector da Indústria Aeroespacial em Portugal.
Para isso, fazemos com o Brasil o que o Brasil fez com Portugal no projecto do KC-390.
Uma porta de entrada.

Nós estamos a dar à Akaer uma percentagem do LUS muito maior do que a Embraer nos deu do KC-390. E à Embraer deu jeito ter investimento português no projecto, e acesso a fundos UE. A Embraer tem muitos mais produtos, portanto para eles partilhar partes da cadeia de produção um 1 ou 2 modelos, com outros 3 ou 4 países, é quase insignificante.

Isto é completamente diferente de uma empresa portuguesa que está a começar do zero, e já está a deslocalizar a produção do seu único produto.

É uma porta de entrada, para o quê? A porta de entrada é o avião fazer o seu primeiro voo, corresponder às expectativas, e com isso arranjar os primeiros clientes. Ter o avião inteiramente fabricado em Portugal em nada impede isso.

Em vez disso, vamos ter o avião a ser produzido noutro país que não fez nada pelo projecto (não pagaram custos de desenvolvimento), que não se comprometeu a comprá-lo.

Faria muito mais sentido, num concurso para substituir o Bandeirante, propor uma linha de montagem no Brasil, como as outras empresas aeronáuticas fazem. Como fizemos tudo do avesso, a escolha brasileira pode já não ser a aeronave portuguesa, até porque a unidade de produção "já está no papo".

Podem até vir a receber uma contraproposta de outro concorrente, em como também eles abrem uma linha de montagem localmente. E aí quem sai a ganhar, é o Brasil, que além da fábrica do LUS, ganha a fábrica do outro concorrente no seu país.  ::)

E minimizar riscos? Minimizar riscos, é fazer o primeiro protótipo, testar devidamente, e só depois investir em duas fábricas!
 

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saabGripen

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #110 em: Dezembro 07, 2024, 07:44:29 pm »
Não sei se é isso que as notícias dizem. As notícias dizem que no Brasil vão ser montados totalmente os equipamentos vendidos lá, ao que sei, os aviões vendidos cá serão integralmente montados em Ponte de Sôr.

Isso implica que vão ser vendidos aviões no Brasil, o que ainda não se sabe, até porque o avião ainda nem sequer fez o seu primeiro voo, não se sabe o preço, não se sabe nada. Até então, não tem havido notícias a explicar que partes do avião vão ser produzidas em Portugal, falando-se apenas na montagem.

É incorrecto.
O que se quer é garantir o sucessso do projecto, minimizando o risco.
O que se quer é desenvolver o sector da Indústria Aeroespacial em Portugal.
Para isso, fazemos com o Brasil o que o Brasil fez com Portugal no projecto do KC-390.
Uma porta de entrada.

Nós estamos a dar à Akaer uma percentagem do LUS muito maior do que a Embraer nos deu do KC-390. E à Embraer deu jeito ter investimento português no projecto, e acesso a fundos UE. A Embraer tem muitos mais produtos, portanto para eles partilhar partes da cadeia de produção um 1 ou 2 modelos, com outros 3 ou 4 países, é quase insignificante.

Isto é completamente diferente de uma empresa portuguesa que está a começar do zero, e já está a deslocalizar a produção do seu único produto.

É uma porta de entrada, para o quê? A porta de entrada é o avião fazer o seu primeiro voo, corresponder às expectativas, e com isso arranjar os primeiros clientes. Ter o avião inteiramente fabricado em Portugal em nada impede isso.

Em vez disso, vamos ter o avião a ser produzido noutro país que não fez nada pelo projecto (não pagaram custos de desenvolvimento), que não se comprometeu a comprá-lo.

Faria muito mais sentido, num concurso para substituir o Bandeirante, propor uma linha de montagem no Brasil, como as outras empresas aeronáuticas fazem. Como fizemos tudo do avesso, a escolha brasileira pode já não ser a aeronave portuguesa, até porque a unidade de produção "já está no papo".

Podem até vir a receber uma contraproposta de outro concorrente, em como também eles abrem uma linha de montagem localmente. E aí quem sai a ganhar, é o Brasil, que além da fábrica do LUS, ganha a fábrica do outro concorrente no seu país.  ::)

E minimizar riscos? Minimizar riscos, é fazer o primeiro protótipo, testar devidamente, e só depois investir em duas fábricas!


Gosto da tua forma de pensar dc.

Embora haja algo que me intriga em ti.
Quem segue as tuas intervenções aqui só pode ficar com a ideia de que tu não pesquisas nada nem tens acesso a notícias.
Se colocares AKAER LUS-222 no Google, encontras imediatamente notícias que tu aparentas desconhecer.
Parece que vais criando a tua "narrativa" sobre este (e outros) tema(s) apenas juntando informação que vai sendo disponibilizada aqui e lendo os comentários dos outros.

E decides se "é coisa boa" ou "é coisa má" conforme as opiniões dos outros te agradarem ou não.

Afinal, diz-nos claramente.

O LUS-222, com a informação que tens, deve continuar ou ser cancelado imediatamente?

Vou-te ajudar;
Para mim é o Projecto Aeroespacial português mais promissor de sempre e eu estou a favor da sua continuação, seguindo a estratégia que o CEiiA considerar a melhor, já que parece-me evidente que não são burros nenhuns.

E já agora, outra coisa;
Aplica a lógica empresarial to teu texto anterior ao F-35 e diz-nos o que dá.
Se não te importas.
« Última modificação: Dezembro 07, 2024, 07:49:11 pm por saabGripen »
 

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dc

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #111 em: Dezembro 08, 2024, 12:02:51 am »
Quem segue as tuas intervenções aqui só pode ficar com a ideia de que tu não pesquisas nada nem tens acesso a notícias.
Se colocares AKAER LUS-222 no Google, encontras imediatamente notícias que tu aparentas desconhecer.

É impressão minha, ou estás a projectar-te nos outros? É que quem costuma intervir neste Fórum, sem ler notícias, ou sem compreender o que nelas vem dito (tipo o CEMFA não poder fazer uma estimativa), e vem para aqui debitar tangas, és precisamente tu! Ou será que as tretas que tu inventas, têm fundamento em notícias? Tipo os Tucanos XL?

Se colocares Akaer LUS-222 no Google, as notícias que te aparecem são as mesmas copiadas vezes e vezes sem conta. Portanto a não ser que tenhas descoberto uma, no meio de dezenas de notícias, que apresente informação nova, que se fosse o caso, terias certamente colocado o link, qual o teu ponto? Que a Akaer foi seleccionada e pronto?  ::)

Citar
E decides se "é coisa boa" ou "é coisa má" conforme as opiniões dos outros te agradarem ou não.

Mas alguém deu opinião sobre este tema? Como é que posso ser o primeiro a dar uma opinião sobre certo tema, e estar-me a basear no que outros dizem, se mais ninguém teceu opiniões? Bom, na tua cabeça isto faz sentido, ya?

Citar
O LUS-222, com a informação que tens, deve continuar ou ser cancelado imediatamente?

Ninguém falou em cancelar o programa. Eu sei que és burro, e qualquer questão que seja levantada contra algo, é automaticamente indicativo de ódio, vontade de cancelar, etc.

Eu queria que se tomassem decisões com pés e cabeça, para o bem do programa, para que realmente tenha sucesso, não embarcar em invenções, de abrir uma fábrica no outro lado do Atlântico, para um produto que nem sequer fez o primeiro voo ainda.

E o país que mais ganha com o primeiro avião português, seja Portugal, e não outros que já ganharam uma fábrica, sem entrar em qualquer compromisso de compra, nem tão pouco investir no projecto.

Citar
Vou-te ajudar;
Para mim é o Projecto Aeroespacial português mais promissor de sempre e eu estou a favor da sua continuação, seguindo a estratégia que o CEiiA considerar a melhor, já que parece-me evidente que não são burros nenhuns.

-É o único projecto aeroespacial português. Falar em "mais promissor" quando o termo de comparação é nada, vale o que vale.
-É promissor, na medida em que é um avião que pode ter mercado, se cumprir com o que promete e for competitivo.
-Ninguém está contra a sua continuação. Estão sim contra a forma como este projecto serve de pretexto para jogadas/decisões políticas.
-Ninguém sabe qual a estratégia da CEIIA. Serem ou não burros, é irrelevante, o que não faltam são casos de má gestão, corrupção, dar passos maiores que a perna, etc. Eu aconselhava prudência, porque é a primeira vez que se desenvolve um avião de raiz no país.

Citar
Aplica a lógica empresarial to teu texto anterior ao F-35 e diz-nos o que dá.
Se não te importas.

Ora:
-como é que foi escolhido o F-35? Ganhou concurso contra outro fabricante? Antes de ser escolhido, foram desenvolvidos e testados protótipos. Quantos protótipos tem o LUS?
-o F-35 quando foi escolhido, já tinha "pré-encomendadas" milhares de unidades, só nos EUA. Quantas tem o LUS?
-por trás do F-35, estão empresas com enorme experiência no sector (algo que no caso do LUS não se aplica), e mesmo nesse caso houve muitos problemas. Alguns dos problemas associados a uma cadeia logística complicada (o primeiro ponto em comum entre os dois projectos, com as devidas diferenças de escala)

Só aqui, tens uma diferença. Antes do F-35 ter as suas linhas de produção "dispersas", teve de ser desenvolvido um protótipo (vários até), teve de ficar provado que o conceito "funciona", teve encomendas asseguradas de vários países em quantidades enormíssimas, e só depois é que se tratou das unidades de produção. O LUS vai ter duas linhas de produção (produção e montagem), separadas pelo Atlântico, e nem sequer voou ainda, nem tem garantias de clientes ou garantias de investimento caso surjam problemas pelo meio.

Voltando ao F-35:

-o F-35 esteve (e ainda está) repleto de problemas. O programa safou-se por ser "too big to fail". O LUS não tem este benefício, se surgirem problemas com o protótipo e forem caros de resolver, a chance de cancelamento é enorme, e aí vão perceber que, antes de se preocuparem com fábricas além fronteiras, a preocupação devia ser em desenvolver e aperfeiçoar o produto.
-o F-35, à semelhança do KC-390, teve participação internacional, em que os participantes investiram dinheiro nos projectos, e com isso receberam parte da linha de montagem. Até ver, houve zero investimento por parte de outros países/empresas no LUS, portanto a fábrica lá foi oferta da casa.

Com base nas notícias, o avião deverá ser quase totalmente feito no Brasil, com a montagem final em Portugal. Isto foi uma valiosa oportunidade desperdiçada pelo país, de produzir quase na integra um avião, tendo preferido deslocalizar. E isto para mim não faz sentido, certamente não quando o avião nem sequer efectuou o primeiro voo.
 

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saabGripen

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #112 em: Dezembro 08, 2024, 02:10:14 am »
Quem segue as tuas intervenções aqui só pode ficar com a ideia de que tu não pesquisas nada nem tens acesso a notícias.
Se colocares AKAER LUS-222 no Google, encontras imediatamente notícias que tu aparentas desconhecer.

É impressão minha, ou estás a projectar-te nos outros? É que quem costuma intervir neste Fórum, sem ler notícias, ou sem compreender o que nelas vem dito (tipo o CEMFA não poder fazer uma estimativa), e vem para aqui debitar tangas, és precisamente tu! Ou será que as tretas que tu inventas, têm fundamento em notícias? Tipo os Tucanos XL?

Se colocares Akaer LUS-222 no Google, as notícias que te aparecem são as mesmas copiadas vezes e vezes sem conta. Portanto a não ser que tenhas descoberto uma, no meio de dezenas de notícias, que apresente informação nova, que se fosse o caso, terias certamente colocado o link, qual o teu ponto? Que a Akaer foi seleccionada e pronto?  ::)

Citar
E decides se "é coisa boa" ou "é coisa má" conforme as opiniões dos outros te agradarem ou não.

Mas alguém deu opinião sobre este tema? Como é que posso ser o primeiro a dar uma opinião sobre certo tema, e estar-me a basear no que outros dizem, se mais ninguém teceu opiniões? Bom, na tua cabeça isto faz sentido, ya?

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O LUS-222, com a informação que tens, deve continuar ou ser cancelado imediatamente?

Ninguém falou em cancelar o programa. Eu sei que és burro, e qualquer questão que seja levantada contra algo, é automaticamente indicativo de ódio, vontade de cancelar, etc.

Eu queria que se tomassem decisões com pés e cabeça, para o bem do programa, para que realmente tenha sucesso, não embarcar em invenções, de abrir uma fábrica no outro lado do Atlântico, para um produto que nem sequer fez o primeiro voo ainda.

E o país que mais ganha com o primeiro avião português, seja Portugal, e não outros que já ganharam uma fábrica, sem entrar em qualquer compromisso de compra, nem tão pouco investir no projecto.

Citar
Vou-te ajudar;
Para mim é o Projecto Aeroespacial português mais promissor de sempre e eu estou a favor da sua continuação, seguindo a estratégia que o CEiiA considerar a melhor, já que parece-me evidente que não são burros nenhuns.

-É o único projecto aeroespacial português. Falar em "mais promissor" quando o termo de comparação é nada, vale o que vale.
-É promissor, na medida em que é um avião que pode ter mercado, se cumprir com o que promete e for competitivo.
-Ninguém está contra a sua continuação. Estão sim contra a forma como este projecto serve de pretexto para jogadas/decisões políticas.
-Ninguém sabe qual a estratégia da CEIIA. Serem ou não burros, é irrelevante, o que não faltam são casos de má gestão, corrupção, dar passos maiores que a perna, etc. Eu aconselhava prudência, porque é a primeira vez que se desenvolve um avião de raiz no país.

Citar
Aplica a lógica empresarial to teu texto anterior ao F-35 e diz-nos o que dá.
Se não te importas.

Ora:
-como é que foi escolhido o F-35? Ganhou concurso contra outro fabricante? Antes de ser escolhido, foram desenvolvidos e testados protótipos. Quantos protótipos tem o LUS?
-o F-35 quando foi escolhido, já tinha "pré-encomendadas" milhares de unidades, só nos EUA. Quantas tem o LUS?
-por trás do F-35, estão empresas com enorme experiência no sector (algo que no caso do LUS não se aplica), e mesmo nesse caso houve muitos problemas. Alguns dos problemas associados a uma cadeia logística complicada (o primeiro ponto em comum entre os dois projectos, com as devidas diferenças de escala)

Só aqui, tens uma diferença. Antes do F-35 ter as suas linhas de produção "dispersas", teve de ser desenvolvido um protótipo (vários até), teve de ficar provado que o conceito "funciona", teve encomendas asseguradas de vários países em quantidades enormíssimas, e só depois é que se tratou das unidades de produção. O LUS vai ter duas linhas de produção (produção e montagem), separadas pelo Atlântico, e nem sequer voou ainda, nem tem garantias de clientes ou garantias de investimento caso surjam problemas pelo meio.

Voltando ao F-35:

-o F-35 esteve (e ainda está) repleto de problemas. O programa safou-se por ser "too big to fail". O LUS não tem este benefício, se surgirem problemas com o protótipo e forem caros de resolver, a chance de cancelamento é enorme, e aí vão perceber que, antes de se preocuparem com fábricas além fronteiras, a preocupação devia ser em desenvolver e aperfeiçoar o produto.
-o F-35, à semelhança do KC-390, teve participação internacional, em que os participantes investiram dinheiro nos projectos, e com isso receberam parte da linha de montagem. Até ver, houve zero investimento por parte de outros países/empresas no LUS, portanto a fábrica lá foi oferta da casa.

Com base nas notícias, o avião deverá ser quase totalmente feito no Brasil, com a montagem final em Portugal. Isto foi uma valiosa oportunidade desperdiçada pelo país, de produzir quase na integra um avião, tendo preferido deslocalizar. E isto para mim não faz sentido, certamente não quando o avião nem sequer efectuou o primeiro voo.

Olha,

Cheguei agora a casa depois de ver o concerto dos James em Braga.
Excelente.

Como ainda tinha o zumbido nos ouvidos, vim até aqui.
E digo-te, li tudo o que escreveste.

Já somos dois adeptos do LUS-222.

Ora essa,
De nada.


P.s.
Lê esta:


"No ano passado, a Akaer voltou a revelar projetos de aeronaves próprias na feira LAAD, nessa ocasião os drones militares Albatross e Osprey.

Por enquanto, a empresa não parece apressada em tomar essa decisão, que é bem mais complexa e arriscada. Com tantos contratos para terceiros, a Akaer já está bem ocupada no momento."

https://www.airway.com.br/c-390-d328eco-gripen-hurjet-sera-a-akaer-uma-nova-embraer/
« Última modificação: Dezembro 08, 2024, 02:51:52 pm por saabGripen »
 

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #113 em: Dezembro 09, 2024, 11:23:48 pm »
 

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #114 em: Dezembro 11, 2024, 04:35:11 pm »
Avião português terá estrutura produzida no Brasil, já adaptado às exigências da OTAN

Citar
Segundo o chefe do Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa, general João Cartaxo Alves, a meta, com o LUS-222 e o SAR, é empregar o poder aeroespacial para potencializar o cumprimento das missões atribuídas à Força, "com capacidade de monitorização que garanta o conhecimento situacional e o controle da utilização do espaço nas áreas de interesse nacional, no âmbito da segurança e defesa”.

https://www.publico.pt/2024/12/11/publico-brasil/noticia/aviao-portugues-tera-estrutura-produzida-brasil-ja-adaptado-exigencias-otan-2114772
« Última modificação: Dezembro 11, 2024, 04:39:02 pm por goncalobmartins »
 

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PTWolf

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #115 em: Dezembro 11, 2024, 08:34:10 pm »
A FAP já se comprometeu a comprar alguma?
 

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #116 em: Dezembro 11, 2024, 10:35:52 pm »
A FAP já se comprometeu a comprar alguma?

A FAP não se "compromete a pagar" coisas.

A FAP e o Governo de Portugal são bons amigos.
O Governo pede, por favor, á FAP para incorporar X LUS-222, por se tratar de um projecto de interesse estratégico nacional.
E atribui o dinheiro necessário.

A FAP faz a redacção do texto, em meia folha A4, que explica ao povo português a necessidade de ter o avião.
Incluindo as palavras "duplo" e "uso", pelo menos 3 vezes cada uma.
A FAP tem jeito para isso.

 

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dc

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #117 em: Dezembro 13, 2024, 05:00:59 pm »
Olha,

Cheguei agora a casa depois de ver o concerto dos James em Braga.
Excelente.

Como ainda tinha o zumbido nos ouvidos, vim até aqui.
E digo-te, li tudo o que escreveste.

Já somos dois adeptos do LUS-222.

Ora essa,
De nada.


P.s.
Lê esta:


"No ano passado, a Akaer voltou a revelar projetos de aeronaves próprias na feira LAAD, nessa ocasião os drones militares Albatross e Osprey.

Por enquanto, a empresa não parece apressada em tomar essa decisão, que é bem mais complexa e arriscada. Com tantos contratos para terceiros, a Akaer já está bem ocupada no momento."

https://www.airway.com.br/c-390-d328eco-gripen-hurjet-sera-a-akaer-uma-nova-embraer/

Na falta de argumentos, é usar palha e desviar a conversa.  :mrgreen:

O que é que a Akaer tem a ver com os pontos levantados? Nada, portanto é calar e seguir caminho.

A FAP já se comprometeu a comprar alguma?

A FAP não se "compromete a pagar" coisas.

A FAP e o Governo de Portugal são bons amigos.
O Governo pede, por favor, á FAP para incorporar X LUS-222, por se tratar de um projecto de interesse estratégico nacional.
E atribui o dinheiro necessário.

A FAP faz a redacção do texto, em meia folha A4, que explica ao povo português a necessidade de ter o avião.
Incluindo as palavras "duplo" e "uso", pelo menos 3 vezes cada uma.
A FAP tem jeito para isso.

Não é assim que as coisas funcionam. Bem, pelo menos nos países a sério!

A USAF não compra todos os produtos da LM, Boeing, etc. O Armée de l´Air não compra tudo o que a Dassault fabrica. Outros países idem.

A FAP para comprar o LUS, tem que fazer sentido, ponto. Comprar só por comprar, num ramo das FA cujo orçamento é sempre apertado, não faz sentido nenhum.

No máximo a FAP pode avaliar a aeronave, e ver se tem utilidade militar para si. Caso contrário, podem vender o avião a entidades civis e deixar a FAP em paz.

Mas isto devia ser com todos os negócios nas FA. Esta fantochada de comprar produtos a uma empresa, que não se adequam às necessidades do país, só pela premissa da "indústria nacional", tem de acabar. Ainda para mais quando a participação da indústria nacional no projecto é francamente reduzida.
 

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saabGripen

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #118 em: Dezembro 13, 2024, 10:16:08 pm »
Olha,

Cheguei agora a casa depois de ver o concerto dos James em Braga.
Excelente.

Como ainda tinha o zumbido nos ouvidos, vim até aqui.
E digo-te, li tudo o que escreveste.

Já somos dois adeptos do LUS-222.

Ora essa,
De nada.


P.s.
Lê esta:


"No ano passado, a Akaer voltou a revelar projetos de aeronaves próprias na feira LAAD, nessa ocasião os drones militares Albatross e Osprey.

Por enquanto, a empresa não parece apressada em tomar essa decisão, que é bem mais complexa e arriscada. Com tantos contratos para terceiros, a Akaer já está bem ocupada no momento."

https://www.airway.com.br/c-390-d328eco-gripen-hurjet-sera-a-akaer-uma-nova-embraer/

Na falta de argumentos, é usar palha e desviar a conversa.  :mrgreen:

O que é que a Akaer tem a ver com os pontos levantados? Nada, portanto é calar e seguir caminho.

A FAP já se comprometeu a comprar alguma?

A FAP não se "compromete a pagar" coisas.

A FAP e o Governo de Portugal são bons amigos.
O Governo pede, por favor, á FAP para incorporar X LUS-222, por se tratar de um projecto de interesse estratégico nacional.
E atribui o dinheiro necessário.

A FAP faz a redacção do texto, em meia folha A4, que explica ao povo português a necessidade de ter o avião.
Incluindo as palavras "duplo" e "uso", pelo menos 3 vezes cada uma.
A FAP tem jeito para isso.

Não é assim que as coisas funcionam. Bem, pelo menos nos países a sério!

A USAF não compra todos os produtos da LM, Boeing, etc. O Armée de l´Air não compra tudo o que a Dassault fabrica. Outros países idem.

A FAP para comprar o LUS, tem que fazer sentido, ponto. Comprar só por comprar, num ramo das FA cujo orçamento é sempre apertado, não faz sentido nenhum.

No máximo a FAP pode avaliar a aeronave, e ver se tem utilidade militar para si. Caso contrário, podem vender o avião a entidades civis e deixar a FAP em paz.

Mas isto devia ser com todos os negócios nas FA. Esta fantochada de comprar produtos a uma empresa, que não se adequam às necessidades do país, só pela premissa da "indústria nacional", tem de acabar. Ainda para mais quando a participação da indústria nacional no projecto é francamente reduzida.


Teimas em não compreender.
   -  Super Tucano -
Percebeste agora?
 

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dc

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Re: Primeiro avião português (2025)
« Responder #119 em: Dezembro 13, 2024, 11:05:59 pm »
O que é que o ST tem a ver com isto? Estás a insinuar que Portugal abdicou de um possível bom retorno para a economia com o LUS-222, deslocalizando grande parte da produção para o Brasil, em troca da compra dos ST por 200M, cujo retorno é virtualmente insignificante?

É esse o teu "ponto"?  ::)

Engraçado que nessa jogada "big brain", o Brasil conseguiu o que queria sem gastar um cêntimo, já nós, os inteligentes, "só" vamos gastar 200M. 200M em STs, para ter menos lucro nos LUS. Genius!!!!!!