O saabGripen não coloca nada.
O CEMFA é que tem que colocar exactamente o que colocou para chegar a 5.5 para 27 F-35 e dar-nos o resultado para 27 Gripens, 27 Rafales, 27 Eurofighters, ...
Adicionalmente, tem que pedir a todos que apresentem contrapartidas adicionais para lá dos 27 aviões.
Se o CEMFA responder: " ... eu nunca considerei outros, nem vou considerar..."
Então as minhas contas dão.................. = Novo CEMFA
Raciocínio perfeito. Parabéns e obrigado.
Quanto ao Pneucareca...
Quantos aviões num programa e no outro?
Mas se fosse no Gripas, já não haveria problema algum...
Esses traumas com os Tucanitos e Gripas e Kacetes bloqueiam-vos.
Escrevi bem claro...
E não se trata do custo unitário deste ou qualquer outro caça, ou da necessidade ou não, mas sim do esforço económico que o país terá de efetuar nesse programa.
Esclarecido?
Mais uma vez, não está em causa o F35, mas sim o ter de ser a única hipótese. Não interessa como nem por quanto.
Por mim não era. Não gosto, acho que vai ser um flop, que não vale nem de perto aquilo que dizem, e que no campo de batalha é um vencedor antecipado "teórico".
Para além de muitos outros riscos.
Mas caso seja a melhor proposta, que ganhe. Não deve é ser a única.
E não venham com a história do KC também ter sido, porque não foi, e porque existem vantagens económicas conhecidas.
Já deste ou qualquer outro caça nada sabemos.
O Lampuka não gosta do F-35 porque é americano. Se fosse russo era a melhor coisa de sempre.
O Lampuka ficou tocado com a linguagem, e resolveu usar a mesma. Mas não é para quem quer, é para quem pode.
Eu não fiz uma comparação de um avião com uma bicicleta, fiz a comparação entre 2 aviões militares. Um desses aviões é considerado "baratíssimo" (KC) e o outro é considerado "caríssimo" (F-35), apesar do segundo ter um custo médio por aeronave igual ou em alguns casos inferior. Se compararmos o valor em dólares dos nossos KC-390 (175M/unidade), vs o programa canadiano (159M/unidade), mesmo com os supostos 10 milhões de retorno de cada KC vendido, o F-35 continua a ser mais barato.
Portanto a malta que vem dizer que o KC-390 não é caro, não pode vir dizer que o F-35 já é. No mínimo, sejam consistentes, ou são os dois baratos, ou são os dois caros.
E claro que o programa de um caça novo com mais de 20 aeronave, será mais caro que um programa de aeronaves de transporte táctico com menos de meia dúzia. Isso aplica-se a literalmente qualquer caça no mercado, seja F-35, ou outro qualquer, logo é um não-argumento.
Aquilo que é um argumento, é que sabendo do valor avultado que terá que ser gasto na aquisição de novos caças, a decisão terá que ser feita pela melhor opção no mercado, que tenha mais garantias de continuidade no futuro (upgrades, armamento, sobressalentes, etc) e que tenha mais valor estratégico.
A verba na compra de uma nova frota de caças é demasiado elevada para andarmos a brincar ao "gosto mais deste". A decisão tem que ser tomada com base em critérios sérios, até porque o caça escolhido, será o pilar das FA até meados de 2070.
Os únicos concorrentes sérios e conhecidos do F-35 são: o FCAS, o GCAP e uma versão mais avançada do KF-21.
O FCAS e GCAP vão demorar muitos anos até voar o primeiro, com estimativas de entregas para não antes de 2040, e com custos unitários que podem ultrapassar os 200M/unidade
só pelo avião, não incluindo tudo o resto que vem nos contratos.
O KF-21 numa versão verdadeiramente de 5ª geração, terá custos aproximados aos do F-35, e capacidades teoricamente inferiores em muitos aspectos. Este KF-21 teria muito mais potencial enquanto complemento de uma frota F-35, e não como alternativa por inteiro.
No máximo dos máximos, o que pode ser debatido neste tema, é se o F-35 deveria ser o único caça na FAP, ou se devíamos ter dois modelos, F-35 + outro caça. Nesta possibilidade, destaco 3 opções:
-F-35 + FCAS, dependendo se bons havia incentivos da parte da UE, acabando com uma frota 16 + 12, ou 16 + 16, ou 20 + 16;
-F-35 + KF-21, com o segundo a actuar como interceptor, em quantidades idênticas às de cima;
-F-35 + F-16V novos, uma dupla que já se sabe que funciona, mantendo os F-16 como caça para QRA e "weapons truck". O que viabiliza o F-16 acima de outros caças de 4.5, é já termos a logística assente, logo a compra de um lote de 12/16 aeronaves novas seria mais barata do que um modelo diferente.
Caso contrário, o nosso foco deveria ser ter um lote de pelo menos 24 F-35, e depois complementá-los com drones Loyal Wingman.
Quanto à intervenção do saabGripen:
O CEMFA fez uma estimativa por alto. O valor da compra de F-35 vai variar bastante consoante o que vem incluído no contrato.
Se nós queremos que o programa F-35 seja mais barato, convinha então adquirirmos armamento à parte, antes sequer de obtermos os ditos caças.
O que devia ser feito, era adiantar o trabalho, adquirindo armamento para os F-16 que possa transitar para o F-35 sem problemas. Entre 2025 e 2030, existe tempo que chegue para começar a adquirir lotes diversos de armamento compatível tanto com F-16 como F-35, com investimento dividido ao longo destes anos. Mais JDAM/JDAM-ER, mais Paveways, mais AIM-9X e AMRAAM, SDB, StormBreaker, JASSM/-ER, etc.
Esta medida permitia resolver o problema de falta de armamento para os F-16 num curto prazo, e ao mesmo tempo eliminar a necessidade de encomendar juntamente com os F-35 grandes lotes de armamento.
Quanto aos benefícios para a economia:
A compra de um novo caça dificilmente trará benefícios reais, seja qual for o modelo. Não só não se vai abrir uma unidade de produção para tão poucas aeronaves, como tal procedimento seria dispendioso (tornando o programa mais caro ainda), e a médio/longo-prazo não dava nada ao país, pois a aeronave dificilmente encontraria compradores.
No máximo, daria para ter uma unidade de produção de peças para F-35, sabendo que o caça tem tido problemas na cadeia de fornecimento, e podia ser que uma fábrica de determinados componentes em Portugal ajudasse a mitigar tal problema.
Fora isso, retorno para a economia devia ser através da produção de certas munições usadas pelos caças, e participação num programa Loyal Wingman.