Boa noite colegas de forum.
Caro Miguel...
Devo dizer-lhe que a melhor vantagem de um veículo de lagartas em ruas estreitas sobre um VBR, não é poder dar meia volta rapidamente. é sim, PODER SEGUIR EM FRENTE, mesmo que a rua esteja barricada. Não acredita, veja o Blackhawk Down.
O M113 pode sofrer um upgrade até nem muito dispendioso em termos de blindagem (como no caso de israel, não me lembro o nome). Concordo que anda a precisar de uma overhaul geral, deveriam ser sujeitos a uma revisão completa e levar desde pintura nova a motor novo (de preferencia alemão), lagartas novas, etc. Aliás um dos concorrentes ao projecto Stryker era uma versão alongada do M113.
Quanto ao caso de ter sido o Pandur a ganhar... bem acho que foi justo, hoje em dia as capacidades técnicas destas viaturas andam bem próximas umas das outras, por isso a escolha resumiu-se a uma questão de preço e contrapartidas. Eu continuo a achar que a melhor solução era mesmo o BOXER, mas esse nem veio a concurso (sim, eu sei que não cabe num C-130, mas nós também deviamos estar metidos no A400).
Quanto ao facto das viaturas serem montadas em Portugal na fábrica da Bombardier, eu digo, monta-se lá sim e se a Bombardier tiver problemas, expropria-se os terrenos e nunca mais se compram comboios à dita empresa (ao que parece pouco depois de se decidirem a fechar na amadora, ganharam um concurso em Portugal, para venderem carruagens dde qq coisa). Acho que uma das contrapartidas foi poder fabricar a viatura para exportação (tenho impressão que ouvi o MDNAM Portas a falar nisso).
Quanto à questão de qual é melhor os VBR ou Viaturas de lagartas. Eu digo, não há melhor, cada caso é um caso.
Uma coisa é certa, misturas não funcionam bem.
A BMI é uma unidade de lagartas, assim deve continuar, em termos de defesa do território é a força de contra-ataque, logo deve ter poder de choque. O ideal para a BMI, CC LeoA6, VCI Puma, ArtAP PzH2000, entre outros brinquedos alemães (é mesmo do melhor que há).
Não defendo uma brigada de rodas, mas sim vários Agrupamentos (unidades de escalão batalhão, mas de armas combinadas, 2 Inf + 1 CC ou 2 CC + 1 Inf) espalhados pelo país (espalhados é maneira de dizer), se tivessemos mais do que 3 destes agrupamentos, devia-se constituir um comando de brigada com as respectivas tropas de apoio, por cada 2 deles. Assim podia-se empregá-los quer autónomamente ou em conjunto.
Para Infantaria Ligeira temos os Paraquedistas e os Comandos (quando a situação requer algo mais) e esses só precisam é da mochila cheia e de botas com fartura
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Um abraço.