Notícia SIC onlineO Sindicato dos Profissionais de Polícia defendeu hoje a fusão da PSP e da GNR numa Polícia Nacional Civil. Uma proposta polémica que não recolhe o apoio da Associação dos Profissionais da Guarda."A fusão da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana só teria vantagens, quer a nível económico, quer de meios materiais e humanos", afirma em comunicado o Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP).
Não é a primeira vez que o sindicato defende a fusão das duas forças, mas hoje promenorizou a sua proposta, a propósito da comissão de segurança interna encarregue pelo ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, de apurar as carências de meios humanos e materiais existentes na PSP e na GNR e apresentar propostas de reorganização das duas corporações.
Para a segunda maior estrutura sindical na PSP, com a fusão das duas forças de segurança seriam aproveitadas "as grandes quantidades de efectivos da GNR em Lisboa e Porto sem desempenho de funções de segurança ás populações".
Fim dos "atropelos nas áreas de actuação"De resto, segundo o SPP, " com a fusão das duas forças não havia prejuízo para a vida pessoal/familiar dos seus profissionais, uma vez que ficavam a desempenhar funções nos mesmos locais, beneficiando as populações, porque são conhecedores dos deliquentes e das formas com actuam".
Como um dos argumentos para a fusão, o SPP questiona: "Com a saída da PSP das cidades com menos de 20 mil habitantes, como é que a GNR, com défice de efectivos, consegue efectuar o policiamento nessas localidades?".
"Com a fusão passariamos a ter um só Corpo de Intervenção, uma Divisão de Trânsito e um Grupo de Operações Especiais, além de que acabariam os atropelos nas áreas de actuação de cada força, o que só beneficiaria as populações", afirma também o SPP.
O Sindicato dos Profissionais de Políciaacrescenta que não seria inédita a fusão da PSP e da GNR, alegando que processos semelhantes aconteceram, recentemente, com forças de segurança no Luxemburgo, Bélgica e Holanda.
Dúvidas na GNRO ex-director nacional da PSP Mário Morgado tamém propôs, recentemente, a junção da GNR e da PSP, com a alegação, nomeadamente, de que Portugal é um país pequeno demais para possuir váris forças de segurança, numa referência ,igualmente, à Polícia Judiciária.
Um oficial da GNR, contactado pela Agência Lusa, afirmou que "a junção é naturalmente possível, mas criaria outros problemas, pois a GNR e a PSP têm características orgânicas e filosofias diferentes, embora ambas visem a segurança das populações".
"Uma PSP de natureza civil e uma GNR de cariz militar constituem, de resto, uma forma de equilibrio no âmbito das forças de segurança e no quadro do Estado de direito democrático", salientou o oficial,que defendeu em vez de uma junção, "uma colaboração cada vez mais estreita e eficaz".
Associação da Guarda contra a fusãoA Associação dos Profissionais da Guarda (APG) tabém é contra a fusão, embora defenda a transformação da GNR em força policial de natureza civil, à semelhança da PSP. "Consideramos que é imcompatível uma cultura militar com o serviço policial. A transformação que defendemos é para tornar a GNR mais capaz de servir os cidadãos e o país", afirmou à Agência Lusa o presidente da APG,José Manageiro.
O SPP, que diz representar cerca de 6 mil dos 21 mil efectivos da PSP, exige que a comissão de segurança unterna ausculte os sindicatos da PSP e da GNR sobre a reorganização das duas forças de segurança.
Mais uma comissão,...para aumentar a confusão...ou talvez não...