Saudações guerreiras
Quanto á noticia publicada pelo DN é mais desinformação do que outra coisa qualquer. O titulo deveria ser “Estado desperdiça dinheiro com má gestão de recursos humanos”. Em relação ao conteúdo não tem qualquer valor informativo, antes pelo contrário. Para mim acho que se quer desviar atenções ou mandar uma boca qualquer, numa de manipulação. Acho melhor ignorá-la, porque o que há é o habitual, ou seja, toda a gente fala, mas não dizem nada de jeito (espero estar enganado) porque têm medo em assustar alguém, se calhar. Se se fosse dizer a verdade então é que, se estivessem em período de eleições, as sondagens cairiam. O que não deve haver são interesses muito poderosos, uns do Bota-Abaixo e os comerciais do costume.
A decisão da comprar dos EH-101 acho que foi uma das melhores que se poderia ter feito. Tal compra não impedia de maneira nenhuma a vinda dos NH-90, estes sempre com um propósito diferente daquele que para o qual o EH-101 foi comprado ou pensado. Acho que em Portugal os dois tipos de helis não se sobrepõem, mas podem complementarem-se. Embora se tratem de hélis diferentes convém realçar que o grau de comunabilidade é aumentado numa questão essencial, a sua manutenção. Neste ponto é uma jogada de mestre, por Portugal ter optado pelo mesmo motor para dois hélis difertentes, os RTM-322
(*) (
Rollsroyce
Turbo
Meca, parceria entre a RR e Turbomeca). Esta questão é muito importante, reduzindo substancialmente os custos de manutenção (espero) e assim não haver ruído de fundo desnecessário entre o dito desperdício e o gasto necessário na sua operacionalidade. O EH-101 é só um, senão o melhor héli do mundo (provavelmente) em todas as versões que venha a ser convertido. Tem 3 motores que, segundo os peritos lhe dá uma segurança muito mais elevada o que é importante voando sobre o mar.
(*) O NH-90 é também um excelente héli, mas certamente estará muito mais limitado, caso Portugal fosse empregá-lo nas funções que agora o EH-101 vai iniciar que é a busca e salvamento e a mesma função só que destinada ao combate militar. Se Portugal empregasse o NH-90 nessas funções primárias ficariam a trás do que era proprocionado pelo PUMA em termos de raio de ação.
O PUMA tem capacidade para cerca de 2200 litos de combustível, enquanto o NH-90 (só por ele) cegará somente aos 1500 litros (pelas minhas contas).
Não sei se para estas funções descritas, mesmo o NH-90 sendo um héli novo, não seria necessário a duplicação de meios com o acompanhamento dos aviocar, caso tivessem que ir para muito longe da costa. Assim não é poupar nem racionalizar meios. O EH-101 fará isso sozinho. Só aí poupasse imensíssimo.
Ainda, o EH-101 bate a concorrência á vontadinha. Sem depósitos auxiliares pode transportar pouco mais de 3200 litros de combustível e se necessário pode ainda elevar esse valor até ao 5300 litros (que é tanto como um F-16 leva internamente ou lá perto). Imaginem só o raio de ação deste héli … Mais … É mais fácil transportar um pelotão inteiro (imaginando que cada um tem 30 elementos) no EH-101 do que no NH-90.
Já agora, não acredito que um EH-101 custe 5000 Euros por hora de voo, a não ser que mo demonstrem, embora vá custar mais em relação ao NH-90 por ter um motor a mais. Já referi que o custo estimado por hora de voo anda á volta de 1500 euros, mas atenção que isto é o que se diz na imprensa especializada, embora eu também não seja especialista nisto, porém admito que possa ser mesmo mais caro, mas acho que ninguém irá dize-lo ao certo, mesmo em Portugal. Deve haver muitos medos!!
Não sei também se o valor referência de 1500 Euros está tudo incluído. Acredito que o valor publicado possa estar a referir-se ao custo do F-16 e nunca ao EH-101, por muito dispendioso que seja e o é. O que não deixa de ser um facto é que o EH-101 é perfeitamente válido e aceitável a sua compra para Portugal. Pena é que ainda não tenhamos barcos para poder operara com ele e potenciá-lo ainda mais. Será que o EH-101 pode aterrar no navio reabastecedor?
Cumprimentos