GNR vai voltar ao Médio OrienteA GNR vai voltar ao Médio Oriente, depois de uma presença no Iraque, que terminou no ano passado. Desta vez, o contigente português será de cinco militares que irão para a fronteira entre a Faixa de Gaza, na Palestina, e o Egipto. A decisão foi tomada ontem em Bruxelas, pelos ministros de Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), que anunciaram o envio de uma missão de observadores. "Acordámos estabelecer uma missão de controlo que será lançada" esta semana, adiantou o Ministro de Negócios estrangeiros britânico, Jack Straw. Straw, cujo Governo exerce a presidência da UE, adiantou que esta missão é de "importância fundamental" para garantir a paz, explicando que a abertura da fronteira de Rafah é "essencial para promover o desenvolvimento económico pacífico" daquele território palestiniano. "A missão em Rafah constitui uma nova demonstração da força do papel internacional da UE", acrescentou. A integração de militares portugueses nesta força europeia foi confirmada pelo ministro da Administração Interna português, António Costa, que, citado pela Lusa, revelou que o assunto foi tratado na recente cimeira luso-espanhola. "O Governo espanhol pediu a Portugal para disponibilizar cinco elementos da GNR para integrarem o contingente que se vai deslocar para Rafah, tendo o Governo português manifestado disponibilidade", disse António Costa. E acrescentou que "neste momento decorrem contactos para formalizar a integração dos cinco elementos na força espanhola", acrescentou.No âmbito das forças de paz internacionais, Portugal integra ainda uma força no Afeganistão, onde na sexta-feira ocorreu um acidente, que vitimou mortalmente um sargento e feriu gravamente outro militar português. Em Gaza, os primeiros dez a 20 observadores da UE estarão no terreno na sexta-feira, quando a fronteira reabrir, com a tarefa de gerir o fluxo de 500 pessoas por dia. A missão contará, depois, com 50 a 70 pessoas, comandadas pelo general italiano Pietro Pistolese, e poderá funcionar 24 horas por dia com várias equipas. A decisão de ontem integra-se nos esforços da UE, principal fonte de ajuda dos palestinianos (280 milhões de euros este ano), para ter um papel mais importante nos esforços para a criação de um Estado palestiniano. Os 25 também se comprometeram a enviar, até 1 de Janeiro, uma missão de polícias para formar agentes palestinianos e uma equipa de observadores para as eleições legislativas palestinianas de 25 de Janeiro. No total, a UE deverá enviar 172 observadores.