Neste dia 11 de Abril:
Há 14 anos (em 1990), agentes dos serviços alfandegários britânicos apreenderam, em Middlesbrough, componentes do que seria um super-canhão, escondidos num navio com destino ao Iraque. As peças serviriam para montar um canhão massivo com um cano de 156 metros capaz de lançar um projéctil de 600 kg a cerca de 1000 km (e mesmo de atingir satélites em órbita com projécteis especiais). Duas empresas britânicas envolvidas construção das peças afirmaram que as mesmas teriam aplicação na indústria petro-química mas, as investigações que se seguiram a esta apreensão puseram a descoberto um projecto secreto denominado "Project Babylon", a concepção e montagem de super-peças de artilharia por um tal Dr. Gerald Bull a pedido de Saddam Hussein pouco depois do início da guerra Irão-Iraque. Ao que tudo indica, estes howitzers seriam capazes de disparar munições convencionais, mas também projécteis nucleares, químicos e biológicos. Em Julho de 1991, o Iraque admitiu que já possuía um de 350 mm, com um cano de 45 metros e alcance de 950 km (o chamado "Baby Babylon"). Após a guerra do Golfo de 1991, equipas de peritos da ONU destruiram o canhão de 350 mm e componentes de um futuro super-canhão de 1000 mm. De referir que poucas semanas antes, a 22 de Março de 1990, o Dr. Bull foi assassinado em Bruxelas, alegadamente por agentes israelitas (é que os howitzer de Bull teriam capacidade para atingir Israel...).
Há 25 anos (em 1979), o ditador Ugandês Idi Amin foi deposto da presidência do país por um golpe liderado por rebeldes e exilados ugandeses e apoiado por tropas tanzanianas. Amin havia chegado ao poder em Janeiro de 1971 através de (...suspense...) um golpe militar, no seguimento do qual se auto-intitulou presidente vitalício, e gostava que lhe chamassem "Big daddy"! O sádico (e segundo se diz antropófago) ditador foi responsável pela perseguição, tortura e assassínio de 300.000 a 400.000 pessoas. Amin expulsou a população de origem asiática, mergulhou o Uganda no caos económico e na corrupção e, em 1976, esteve alegadamente conluiado com os terroristas palestinianos que desviaram um avião da Air France com passengeiros israelitas para o aeroporto de Entebbe. Amin esteve exilado na Líbia, Iraque e, finalmente, Arábia Saudita, onde viria a morrer em Agosto de 2003.
Há 43 anos (em 1961), começou em Jerusalém, o julgamento de Adolf Eichmann, um oficial das SS e da Gestapo apontado pelas autoridades israelitas como um dos principais implementadores da "Solução Final" , o extermínio metódico e sistemático dos judeus na Europa delineado pelas chefias nazis. Eichmann fora capturado pelos aliados no fim da 2ª Guerra Mundial mas lograra evadir-se de um campo de prisioneiros em 1946 e escapara para a Argentina (como outros nazis proeminentes). Viria a ser localizado pela Mossad em 1960, em Buenos Aires, onde vivia com o nome Ricardo Klement; os agentes israelitas raptaram-no e levaram-no para Israel para ser julgado. Eichmann enfrentava acusações por crimes de guerra, crimes contra o povo judeu e crimes contra a Humanidade. O julgamento gerou enorme interesse e comoção (e também controvérsia), inclusivamente a nível internacional, e prolongou-se até 14 de Agosto de 1961; Eichmann nunca negou as suas responsabilidades, mas defendeu-se afirmando que apenas cumpria ordens e que era apenas mais uma peça da máquina de matança industrializada da Hitler e Himmler. O advogado de Eichmann também questionou a legitimidade e a competência do tribunal, e a imparcialidade dos três juízes. Em 2 de Dezembro, Eichmann foi condenado à morte, sendo enforcado em 31 de Maio de 1962.
Há 59 anos (em 1945), forças do 3º exército dos EUA (Patton) libertaram o campo de concentração de Buchenwald, na Alemanha, um dos maiores campos de prisioneiros erigidos pelo regime nazi. Crê-se que o complexo de campos associado a Buchenwald albergava maioriamente prisioneiros políticos (especialmente comunistas) e trabalhadores-escravos, não sendo aquele um campo de detenção especializado no extermínio de judeus e outras minorias (como Auschwitz-Birkenau, Treblinka, Sobibor, Belzec, Chelmno e Majdanek). De facto, não existiam câmaras de gás em Buchenwald, mas eram lá realizadas "experiências clínicas" em reclusos, e a taxa de mortalidade era elevada devido à fome, doença, maus tratos e execuções sumárias e arbitrárias. Figura ligada a Buchenwald era Ilse Koch (segunda mulher de um antigo comandante do campo, Karl Koch)conhecida como "Die Hexe von Buchenwald" (The Bitch of Buchenwald), uma mulher sádica e violenta que gostava de torturar prisioneiros e tinha vários objectos feitos com pele dos infelizes que com ele se cruzaram nas câmaras de tortura. Estima-se que tenham morrido entre 55.000 e 65.000 pessoas no complexo de Buchenwald.
Há 291 anos (em 1713), foi assinado o Tratado de Utrecht pelo qual se pôs fim à Guerra da Sucessão Espanhola.