É necessário sim aumentar o número de IFVs de forma generalizada, mas para isso, a melhor forma é o método que disse acima, reforçando a frota Pandur II com Pandur 6x6, incluindo uns 15/20 veículos com torre (idealmente remota) de 30mm.
Qual seria a utilidade de adquirir viaturas de combate de infantaria com tração 6x6 ?
As rodas, os eixos, os pneus são diferentes, e já temos demasiada parafernália de sistemas diferentes, para justificar ainda mais uma linha de abastecimento só para um sistema de locomoção adicional, diferente.
Gostaria de lembrar que, ainda que os armamentos sejam importantes - as Pandur com metralhadora 12.7mm metem impressão - há algo igualmente importante, que é a necessidade de a blindagem ser reformulada.
As viaturas de combate de infantaria sobre lagartas, fazem sentido, se o objetivo for o apoio aos carros de combate.
E neste caso, a utilização destes meios não se entende em operações dentro das nossas fronteiras e só fará sentido se as forças forem projetadas.
Ainda há dias estive a falar sobre esta questão com alguém mais informado que eu, que me disse que por exemplo no caso dos caminhos de ferro, não é viável enviar forças blindadas por comboio, porque é preciso descarregar tudo e voltar a carregar na fronteira entre a Espanha e a França.
(as carruagens civis podem ter os eixos substitudos rapidamente, mas carruagens carregadas não podem ser manuseadas da mesma maneira)
Uma das soluções para projetar uma força blindada constituida por dois esquadrões de carros e equipamentos de apoio, seria enviar tudo por camião até França. Mesmo neste caso, com camiões a fazer três entregas, não teriamos camiões suficientes para entregar as viaturas nos Pirineus.
É por isso que a solução marítima é a única que neste momento faria sentido.
Para utilizar o caminho de ferro, a peninsula precisava estar uniformizada com o resto da Europa.