Artilharia do Exército

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Duarte

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Re: Artilharia do Exército
« Responder #1170 em: Novembro 05, 2024, 03:54:23 pm »

Eu tinha pensado na ideia de transitar os LG para as ilhas. O problema é que é difícil vislumbrar uma utilidade real para estas peças naquele tipo de TO, quando os morteiros seriam capazes de cumprir a missão e são mais fáceis de transportar. A isto junta-se que, a vantagem do LG em termos da sua transportabilidade por helicóptero, só vai ser uma vantagem se houver helicópteros nos ditos arquipélagos.

Os RGs têm uma coisa boa: são das unidades do EP com mais facilidade em recrutar.
Por mim, Açores e Madeira deviam possuir uma unidade militar cada, que em em vez de ter material de segunda linha, devia estar bem equipado, e especializado em guerra de ilha/island hopping. Seguir um bocado a doutrina americana para o Pacífico. Estas unidades poderiam participar em missões internacionais.
Para isto acho difícil justificar artilharia rebocada, e acho mais útil que estas unidades recebecessem SHORAD/C-UAS, morteiros modernos, viaturas ligeiras blindadas e não blindadas, e claro que houvesse em ambas as regiões alguma embarcação que permitisse transportar forças e material entre as ilhas do respectivo arquipélago. Mas isto é um tema que poderia ser discutido num tópico, dedicado a uma nova doutrina para os RGs.

A única artilharia que faz sentido para os nossos arquipélagos, sem ser a anti-aérea claro, é a artilharia de costa, e hoje em dia, ou usam-se mísseis dedicados (Harpoon, NSM, etc), ou opta-se por um MLRS que possua uma munição com essa capacidade, e que seja transportável por C-130/C-390.

Infelizmente nem morteiros pesados têm, quanto mais artilharia.   ::)  A minha ideia era ser equipamento em reserva para levantar um GAC para uma eventual brigada de infantaria ligeira com os BI das ilhas.  A artilharia AA nas ilhas apenas tem (ou tinha) 1 Pel. AA com os bitubo, se é que ainda funcionam?
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Lampuka

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Re: Artilharia do Exército
« Responder #1171 em: Novembro 05, 2024, 06:41:19 pm »


Daqui a pouco mostras o meu quintal 🤣🤣🤣.
O RG2 tem uma vantagem, podes perguntar a quem lá andou.
Fecha de nevoeiro em Setembro e só volta a ver o sol em Maio.
Está protegido por natureza...😱

Conheço bem este efeito das "ilhas de bruma".  :mrgreen: Falava-se em 2017 na construção de novo quartel para o RG2, para os lados de São Gonçalo. Não deu em nada?

https://www.defesa.gov.pt/pt/comunicacao/noticias/Paginas/Reorganizacao-do-dispositivo-da-Zona-Militar-dos-Acores.aspx

Penso que não faz sentido. O Campo Militar de São Gonçalo situa-se praticamente no centro da cidade de Ponta Delgada, numa zona em expansão.
Apesar de ter alguma área ainda disponível e nas imediações possuir estruturas de apoio que facilitariam certamente essa opção (apartamentos, por exemplo),  seria sempre uma situação transitória.
Já os Arrifes,  onde está o RG2, é um quartel antigo e desleixado, como todas as instalações existentes,  infelizmente. Mas provavelmente muito capaz se sofresse as intervenções necessárias.  Só que ninguém gosta da zona. É frio, húmido... e fora da cidade (aproximadamente 5 km). Hoje em dia...
Para que se tenha uma ideia, existiam 2 quartéis só nos Arrifes, que fica nos arredores de Ponta Delgada,  mais um na zona de Belém (também arredores),  mais o de São Gonçalo (centro) e ainda o Forte de São Brás junto à marginal.
Foram fechando e desleixando um atrás do outro.
O Exército tem outros terrenos na ilha que, no meu entender,  teriam outro potencial e adequabilidade para instalações modernas.
Exista vontade (€) e um plano.
Na realidade e relativamente ao plano não sei qual possa ser, porque na realidade por aqui não há praticamente nada...
Quem cresceu junto a estas instalações e as vê agora, bem como a atividade que têm, dá que pensar.
Tinha curiosidade em saber quantos exercícios com fogo real de artilharia existiram nas últimas décadas por aqui.
João Pereira
 
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Duarte

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Re: Artilharia do Exército
« Responder #1172 em: Novembro 05, 2024, 07:49:30 pm »

Penso que não faz sentido. O Campo Militar de São Gonçalo situa-se praticamente no centro da cidade de Ponta Delgada, numa zona em expansão.
Apesar de ter alguma área ainda disponível e nas imediações possuir estruturas de apoio que facilitariam certamente essa opção (apartamentos, por exemplo),  seria sempre uma situação transitória.
Já os Arrifes,  onde está o RG2, é um quartel antigo e desleixado, como todas as instalações existentes,  infelizmente. Mas provavelmente muito capaz se sofresse as intervenções necessárias.  Só que ninguém gosta da zona. É frio, húmido... e fora da cidade (aproximadamente 5 km). Hoje em dia...
Para que se tenha uma ideia, existiam 2 quartéis só nos Arrifes, que fica nos arredores de Ponta Delgada,  mais um na zona de Belém (também arredores),  mais o de São Gonçalo (centro) e ainda o Forte de São Brás junto à marginal.
Foram fechando e desleixando um atrás do outro.
O Exército tem outros terrenos na ilha que, no meu entender,  teriam outro potencial e adequabilidade para instalações modernas.
Exista vontade (€) e um plano.
Na realidade e relativamente ao plano não sei qual possa ser, porque na realidade por aqui não há praticamente nada...
Quem cresceu junto a estas instalações e as vê agora, bem como a atividade que têm, dá que pensar.
Tinha curiosidade em saber quantos exercícios com fogo real de artilharia existiram nas últimas décadas por aqui.

O quartel de Belém (antigo GAG no.1) ainda pertence ao exército e está em uso? Também era outro quartel da 2a Guerra Mundial. Este conheci bem durante uns tempos em 1987.  Lembro-me bem das Bofors 4 cm e as met. quádruplas de 12,7 mm da Btr AAA.
O meu cunhado fez o curso de condutor auto la´ em 92 ou 93 quando o SMO era de 4 meses ou coisa assim... Fogos reais se calhar foram com os bitubo até anos recentes.
A Escola das Armas ainda fazia em 2020.  https://www.facebook.com/revista.artilharia/videos/2879630038974315/. e na Madeira em 2017.. https://arquivos.rtp.pt/conteudos/exercicio-militar-pedra-viva-na-ponta-do-pargo/


 A artilharia de costa há muito tempo que não disparava. Em 1989 já ninguém confiava naquelas peças Krupp de 15 cm (peças de museu!) do século XIX.   https://www.operacional.pt/os-canhoes-da-castanheira-em-ponta-delgada…/

O futuro da artilharia nos arquipélagos passa pelos Startstreak / LMM tanto para defesa AA como alvos de superfície, NASAM ou parecido e morteiros modernos de 120mm.  O mais provável é que parem lá uns Stinger e morteiros 120mm Tampella. ::)
« Última modificação: Novembro 05, 2024, 07:51:09 pm por Duarte »
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