Nas ilhas penso que bastaria sistemas modernos de radar e artilharia anti aerea. Negando superioridade aerea a um possivel inimigo, dificilmente seriam tomadas
Concordo que os sistemas AA são prioritários mas um dispositivo defensivo das ilhas também deveria incluir meios para atingir navios, serão estes a bombardear as nossas posições e a desembarcar tropas...Gostaria de perceber se canhões tipo dos Caeser poderiam ser de alguma utilidade para lhes complicar a vida.
Eu acho que voces ainda está a pensar muito nas táticas da 2ª Guerra mundial.
Vamos imaginar um cenário em que os Açores ou Madeira são atacados por um inimigo moderno com acesso a porta aviões, e que nós temos as nossas forças armadas igualmente modernas e bem equipadas.
Nesse caso a 1ª linha de defesa das ilhas seria sistemas anti-navio, sistema defesa aérea e os F-16 equipados com misseis anti-navio e para defesa aérea.
Ora nesta situação nenhum navio iria se aproximar mais do que 150/200 km das ilhas (provavelmente iriam estar a +250/400 km) pois corriam o risco de serem atingidos por um míssil anti-navio.
Portanto o ataque teria que ser recorrendo a misseis balísticos, bombas inteligentes lançadas por aviões inimigos, aí entrava os sistemas defesa anti-aérea e os F-16 para proteção das ilhas. (isto imaginando que nós não atacaríamos primeiro com os F-16 e os misseis anti-navio)
Nesta situação podia acontecer 2 coisas a nossa defesa era bem sucedida e tínhamos poucos danos ou a nossa defesa era saturada e o inimigo conseguia desactivar/eliminar as as nossas bases aéreas e os nossos sistemas de defesa aérea. Neste momento o inimigo ficaria com superioridade aérea pois a utilização dos F-16 deixaria de ser possível.
Neste momento todo e qualquer equipamento a superfície ficaria vulnerável. Contudo os navios inimigos ainda não podia aproximar-se da costa pois teríamos ainda misseis anti-navio que poderia ser apoiados por radares AEW&C.
Agora vamos imaginar que essa capacidade estaria também comprometida e não havia nada a impedir o desembarque de tropas inimigas, esse desembarque ia ter sempre apoio aéreo, qualquer movimentação de artilharia ou outro meio de superfície seria logo detetado e eliminado.
Isto é um cenário muito simplista e fechado mas penso que descreve bem em linha gerais o que seria o ataque/invasão a uma ilha, de referir que por exemplo não falei aqui do uso dos nossos submarinos que ia implicar que a frota inimiga estivesse ainda mais longe pois para além dos torpedos os submarinos conseguem lançar um míssil anti-navio sem precisarem de ver a superfície.
Ou seja a Artilharia com 50/70 km de alcance só seria útil se o inimigo fosse um suicida e se ainda tivéssemos superioridade aérea. E se tivéssemos superioridade aérea e os nossos F-16 a funcionar os navio nunca chegaria ao alcance da artilharia.
A artilharia de costa tem sido substituída por sistemas de misseis anti-navio que tem um alcance e precisão muito maiores, e se reparar fragatas, cruzadores ainda mantém uma peça de "artilharia" mas é de menor calibre e quantidade do que víamos nos battleships pois deixou de ser usada para atacar costa ou outros navios.