Arábia Saudita poderá proibir a letra X

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JQT

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Arábia Saudita poderá proibir a letra X
« em: Janeiro 21, 2007, 09:34:22 am »
Isto não é um conflito de civilizações: é um conflito entre os civilizados e os atrasados mentais.

Do New York Sun, 15 de Janeiro:
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Will Saudis Ban the Letter ‘X'?
By YOUSSEF IBRAHIM
January 15, 2007
 
The letter "X" soon may be banned in Saudi Arabia because it resembles the mother of all banned religious symbols in the oil kingdom: the cross.

The new development came with the issuing of another mind-bending fatwa, or religious edict, by the infamous Commission for the Promotion of Virtue and Prevention of Vice — the group of senior Islamic clergy that reigns supreme on all legal, civil, and governance matters in the kingdom of Saudi Arabia.


The commission's damning of the letter "X" came in response to a Ministry of Trade query about whether it should grant trademark protection to a Saudi businessman for a new service carrying the English name "Explorer."

"No! Nein! Nyet!" was the commission's categorical answer.

Why?

Well, never mind that none of the so-called scholars manning the upper ranks of the religious outfit can speak or read a word of English. But their experts who examined the English word "explorer" were struck by how suspicious that "X" appeared. In a kingdom where Friday preachers routinely refer to Christians as pigs and infidel crusaders, even a twisted cross ranks as an abomination.

So after waiting a year, the Saudi businessman, Amru Mohammad Faisal, got his answer: No. But, like so many other Saudi businessmen who suffer from the travesties of the commission, he seemed more baffled than angry. He wrote letters to Saudi newspapers to criticize the cockamamie logic. An article he wrote appeared with his photograph on some Arabian Web sites. It sarcastically invited the commission to expand its edict to the "plus" sign in mathematics and accounting, in order "to prevent filthy Christian conspiracies from infiltrating our thoughts, our beliefs, and our feelings."

This would have been funny had it not been so sinister.

The Saudi commission has shaped life and death: declared jihad against Soviet soldiers in Afghanistan, banished women from public life, and forced piety at the tip of the whip and the sword. Its edicts have hindered business, education, travel, women's rights, and life itself, creating a fertile ground for terrorism and producing the 15 Saudis who participated in the September 11, 2001, attacks — and many others like them.

Among the commission's deeds is the famed 1974 fatwa — issued by its blind leader at the time, Sheik Abdul Aziz Ben Baz — which declared that the Earth was flat and immobile. In a book issued by the Islamic University of Medina, the sheik argued: "If the earth is rotating, as they claim, the countries, the mountains, the trees, the rivers, and the oceans will have no bottom." Another bright light of the commission, Sheik Abdel-Aziz al-Sheikh, recently stopped a government reform proposal aimed at creating work for women by allowing them to replace male sales clerks in women's clothing stores. Sheik al-Sheikh damned the idea, saying it was a step "towards immorality and hellfire." The underlying logic is breathtaking: Women are more protected by buying their knickers from men! Over the years, the commission has rendered Saudi Arabia a true kingdom of darkness. Movie theaters are banned, as are sculptures, paintings, and music, and the mixing of sexes in public.

The commission really has it in for women. They must don the all-enveloping veil, or niqab, in public; they cannot drive themselves nor ride anywhere without a male guardian, and they cannot travel alone domestically or abroad.

The commission also excels at banning the construction of houses of worship — other than mosques — even though the majority of the 8 million expatriates working in the kingdom come from Christian, Hindu, and Buddhist faiths. Indeed, celebrating a private Sunday Mass inside a home could lead to jail, public lashings, and expulsion.

One of the most criminal travesties committed by the commission's foot soldiers, the Mutawaeen, or religious police, was dramatically reported by the muzzled Saudi press itself on Friday, March 15, 2002, when the Mutawaeen forcibly prevented girls fleeing a burning school from leaving the building because they were "improperly dressed."

The day after, the Saudi Gazette newspaper quoted witnesses as saying the police stopped men who tried to help the girls, warning the men: "It is sinful to approach them."

Of the 800 teenage pupils in Mecca, 15 burned to death and more than 50 were injured. Yet, the commission and its royal enablers thrive.


JQT
 

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Luso

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« Responder #1 em: Janeiro 21, 2007, 12:44:08 pm »
Quando li isso não lhe dei muita importância. Julguei mesmo que se tratava de uma notícia inventada por algum tablóide, mas parece que não.
Ando a pesquisar sobre o tema e surpreendo-me como é que os nossos "progressistas" - esses degenerados - não se pronunciam perante situações como estas que aquilo coloco à laia de exemplo:

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Among the commission's deeds is the famed 1974 fatwa — issued by its blind leader at the time, Sheik Abdul Aziz Ben Baz — which declared that the Earth was flat and immobile. In a book issued by the Islamic University of Medina, the sheik argued: "If the earth is rotating, as they claim, the countries, the mountains, the trees, the rivers, and the oceans will have no bottom."


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One of the most criminal travesties committed by the commission's foot soldiers, the Mutawaeen, or religious police, was dramatically reported by the muzzled Saudi press itself on Friday, March 15, 2002, when the Mutawaeen forcibly prevented girls fleeing a burning school from leaving the building because they were "improperly dressed."

The day after, the Saudi Gazette newspaper quoted witnesses as saying the police stopped men who tried to help the girls, warning the men: "It is sinful to approach them."

Of the 800 teenage pupils in Mecca, 15 burned to death and more than 50 were injured. Yet, the commission and its royal enablers thrive.


http://muttawa.blogspot.com/

Também não desculpas para o Ocidente (verdadeiro) andar com paninhos quentes com esta gente. Se há gente a precisar de umas JDAM será o regime Saudita.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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komet

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« Responder #2 em: Janeiro 21, 2007, 02:11:35 pm »
Para ajudar Israel também só se juntou á cruz vermelha depois de alterarem o símbolo da cruz, juntamente com os islâmicos, que teem um crescente vermelho... e  a cruz vermelha nem tem nenhum caracter religioso... mas siga...

http://en.wikipedia.org/wiki/Red_cross
"History is always written by who wins the war..."
 

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JoseMFernandes

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« Responder #3 em: Abril 03, 2007, 03:06:00 pm »
A este propósito transcrevo um texto, publicado a semana passada no jornal libanês As Safir.


Escondam esses cabelos, que não os posso ver...

Como se filma um 'spot' publicitário destinado ao mercado saudita ? Uma jornalista do As Safir fez um inquérito nos estúdios de Beirute e...saiu de lá  traumatizada

É sabido que muitos 'spots' publicitários árabes são rodados no Líbano.O que se sabe menos é que alguns deles existem em duas versões.Tanto numa como outra, os produtos de limpeza tem a mesma eficácia, os cremes de noite as mesmas virtudes ou os 'shampoos' as mesmas qualidades.Qual a diferença então? ...principalmente nos cabelos.Na primeira versão podem ser vistos e na segunda estão tapados, e isto porque esta segunda versao é destinada ao mercado saudita.E para entrar lá, é preciso respeitar certas regras.
A fim de compreender todas as subtilezas, tivemos uma entrevista com um realizador no estúdio de gravação.E aqui poderíamos dizer que entramos no 'jogo dos sete erros'.Tudo começa pelo 'casting' entre as actrizes libanesas.Dominar o dialecto saudita é uma vantagem considerável, caso contrário deverão pelo menos saber mexer os lábios a maneira saudita, para permitir a posterior dobragem.As que tem o 'azar' de possuir olhos azuis deverão pôr lentes de contacto castanhas, para estarem conformes com o código de cor saudita.O verniz para as unhas só é autorizado nas 'cores naturais'.Seguidamente a candidata deverá passar o teste do véu, que permite ver se ela permanece atraente com os cabelos cobertos.Este teste pode reservar  surpresas, pois faz por vezes ressaltar alguns traços  menos agradáveis, uns maxilares ligeiramente mais largos podem tornar-se fatais...
Quantos aos homens são aconselhados a pôr um pouco de autobronzeador, para corresponder aos critérios de tez saudita, bem como uma barba de três dias ou uma 'pêra', compativeis tanto com a sua vida de quotidiana como com o público-alvo.Antes de poder ser filmado o nosso 'herói' deve ainda retirar pulseiras, relógios ou anéis em ouro(mesmo de imitação)e substitui-los por equivalentes em prata ( os muçulmanos de estrita obediência imitam Maomé, que dizem  não apreciava jóias em ouro nos homens).
Começa então o trabalho dos 'acessoristas'.Primeira regra: nenhuma estrutura em forma de cruz na decoração ! ...é preciso sobretudo desconfiar dos vidros em caixilhos quadrados e das grades...  num plano mais aproximado as barras tem a 'infeliz' tendência de se aparentarem ao símbolo do cristianismo.
Se o cenário exigir um bébé nos braços da mãe, tem de se ter o cuidado a que nenhum detalhe possa ser interpretado como uma alusão ao nascimento de Cristo.Um realizador contou-nos que lhe tinham recusado um 'spot' onde se via uma gazela, que explicaram-lhe depois, fazia lembrar o animal de companhia do Pai Natal !
De uma maneira geral tudo o que se possa assemelhar a uma estátua é estritamente proibido e os eventuais quadros pendurados nas paredes devem ser únicamente naturezas mortas.

Na maior parte dos países árabes, numa 'pub' pode ver-se um homem tocar a sua esposa, mas não na Arábia Saudita.Nem mesmo 'segredar-lhe' alguma coisa ao ouvido ou um olhar furtivo.Aliás aquando da rodagem da versão destinada ao mercado saudita, as mulheres devem cobrir-se até aos punhos.Nem o peito, as ancas ou o busto devem servir de argumento para a sua elegancia.Não será preciso dizer que nenhum homem deve pousar o seu olhar abaixo do pescoço.O que dá o espectáculo surpreendente de um cavalheiro a dizer " Oh como é bonito o teu vestido ! " olhando a sua interlocutora directamente nos olhos.Claro que o homem em causa usará obrigatoriamente o 'keffieh' em xadrês avermelhado.
No que respeita ao véu, as coisas tornam-se mais complicadas: há  modelos  clássicos para pessoas idosas, versões 'sport' outras mais mundanas, adaptadas ao lar, etc...Para dar um ar jovem e descontraido pode-se fazer um nó de lado.O canal MBC4, com pretensões de imagem moderna, fez difundir uma publicidade bastante comentada onde se viam mulheres jovens vestidas de jeans ou 'sport', e com vários modelos de véus diferentes por vezes com 'boina' por cima do véu.
Uma ultima observação: utilizar ao máximo a mão direita, a fim de evitar gestos com a mão esquerda, 'a impura - aquela por onde o diabo se introduz nas nossas vidas'
Saímos do estúdio com a cabeça cheia de graves questões a propósito das jóias ameaçadoras da identidade saudita, do simbolismo insuspeito das gazelas, das virtudes ecuménicas das 'pêras' e dos exercícios que teremos de fazer para evitar todo gesto inconsiderado da mão esquerda.
Porque o diabo, é bem conhecido, esconde-se atrás deste género de pormenores.

Sahar Mandour

As Safir


m/trad. a partir do texto em francês do 'C. International'
 

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« Responder #4 em: Abril 03, 2007, 03:19:50 pm »
Que chatice , nunca mais os Americanos invadem a Arábia Saudita para libertar o povo Saudita desses fanáticos e tiranos.... :roll: , e espalharem as sementes da Democracia...

Ele há coisas.... c34x
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas