Salário – eu falei num salário que desse para pagar as contas e ter vida própria e não em fortunas.
Exactamente, mas convém deixar isto claro, pois muitas vezes o pessoal fala de aumentos e abre demasiado a boca, é fácil pedir 2k ou 3k, mas um praça não justifica tal salário. De resto nada contra estamos sintonizados.
Formação técnico profissional – concordo se for pago pelo estado quando o militar estiver a atingir o limite de contratos com as Forças Armadas.
Eu sou apologista que ao longo do seu tempo quer esteja por contrato ou mesmo no quadro, haja possibilidades ou tempo do militar usar o devido estatuto de militar-estudante que a lei prevê e tenha tempo para poder frequentar um curso. Sim pago pelo Estado nas instituições públicas designadas pelo mesmo ou com as quais tenha protocolos. Assim quando acaba o contrato pelo menos tem já uma vocação ou mesmo estando no quadro, apresenta uma mais valia que possa ser usada pelas forças armadas à medida que vai envelhecendo pois não poderá ser um operativo ad aeternum
Peso – há limites para qualquer lado, penso que neste aspecto o peso poderia ser levado em conta num sistema de pontos em que não fosse de caracter eliminatório desde que o candidato passasse as PAF.
Altura – o mesmo de cima, mas aí as PAF teriam que ser diferentes para que o candidato mostrasse que a sua altura não é limitativo.
Sem nada a opor, o importante mesmo é não promover a discriminação por base em preconceitos, mas sim por base nos factos. Se o candidato é gordo mas fez a PAF com excelência então deve passar e não ser eliminado por ter barriga.
Idade – Tem que haver um limite qualquer, há pessoal que aos 30 estão podres e há os que aos 40 ainda têm muito para dar. A questão é que as Forças Armadas são uma instituição onde as coisas são padronizadas ao máximo, qual seria o rendimento de um individuo com 34 anos com mulher e filhos, uma casa para pagar, carro, etc? Chega um ponto que já não se fala de capacidade física, mas sim a bagagem que o candidato tem.
Conheço vários indivíduos >30 que não fazem parte desse paradigma. Casamento e filharada não faz parte dos seus objetivos.
Se procurares pelas provas civis de obstáculos e equivalentes de endurance verás indivíduos bem para além dos 30 a conseguirem completa-las.
Seja como for resolves facilmente tal como nos pontos anteriores, é um não-assunto, se o candidato passa a PAF com sucesso e sabe ao que vai é o que importa, não vai ser a esposa, filhos etc que o vão impedir de ser um bom profissional, tal como em qualquer outra área.
Um aspecto que devo frisar é que neste momento temos poucas vagas e por isso quem entra tem que dar rendimento e não desistir porque tem um filho/mulher/namorado em casa com saudades. Isso é difícil aos 20 e com o tempo fica cada vez pior.
Compete ao recrutador promover provas que procurem os mais motivados e capacitados independentemente da idade. Se o individuo desistir, também não é muito que se perde, mais vale teres muitos candidatos e alguns desistentes, do que estar a seco, como agora se passa.
Nacionalidade – Estrangeiros? Não obrigado. Cidadãos Europeus? Estou a tentar ver uma situação onde um Alemão ou um Belga quisesse servir nas Forças Armadas Portuguesas e muito sinceramente não estou a ver. Já um Português servir nessas Forças Armadas… há sempre boas razões (€).
Não vejo qual o complexo de ter estrangeiros a servir. A Bélgica, Dinamarca, França (apenas na Legião Estrangeira), Irlanda, Luxemburgo, Espanha (Legião Espanhola), isto apenas para mencionar países da UE.