É impressionante: para a generalidade das pessoas parece que a Base Aérea nº 6 do Montijo já encerrou e lhe foi feita a missa de 7º dia!
Dá toda a sensação que mesmo que o estudo de impacto ambiental dê um parecer negativo, já nada demove a intenção do aeroporto complementar se situar nos terrenos da BA6. E se Esquadras e meios podem ser relocalizados, o que será feito, por exemplo, do CTSFA? E depois do Montijo o próximo alvo será o CTA, como se sabe, obrigando à procura de uma nova localização para um campo de tiro. E por aí adiante.
O que me escapa - e nisto creio que o CEMFA está a ajudar e muito na vontade política de remover a FAP do Montijo - é que mesmo que relocalizassem os meios mais pesados eventualmente para Tancos (Esquadras 501 e 502), era mesmo necessário "evacuar" também as esquadras de helicópteros? A base ia ser partilhada, ter duplo uso militar e civil, ou não? Era só a pista 01/19 e a parte norte da base para os voos civis ou, afinal, é toda a unidade militar?
Quando o próprio Presidente da República fala em reorganização de meios na FAP creio que está tudo dito e não há volta atrás, nem mesmo se os flamingos e outra fauna ameaçada da reserva natural do estuário do Tejo sejam para continuar a proteger e não para serem sugados para dentro do motor de um qualquer voo charter. E se o nevoeiro cerrado em Lisboa já é tramado, no Montijo é ainda mais.