Um pequeno resumo
CINCO RAZÕES PARA O VETO DE CAVACO
. A decisão governamental de criar uma subcategoria profissional de oficiais generais específica da Guarda que, na opinião do PR, não favorece “a necessária complementaridade entre as Forças Armadas (FA) e a GNR”, podendo “afectar negativamente a estabilidade e a coesão da instituição militar”.
. Ausência de um amplo consenso político e jurídico no Parlamento levou o Presidente a manifestar o desejo de uma “adequada ponderação adicional por parte dos deputados” (recorde-se que o diploma contou com o chumbo de todos os partidos da oposição).
. Falta de um “fundamento coerente” para a alteração na estrutura de comando da Guarda, “não sendo esta comparável, na complexidade estrutural e nas exigências funcionais e operacionais, com o Estado-Maior General das Forças Armadas e com os três ramos das Forças Armadas”. Cavaco Silva considera ainda que as alterações propostas no diploma “não têm paralelo nos países da União Europeia”, o que faria de Portugal “o único Estado-membro em que tal aconteceria”.
. Considera ainda o PR que “os requisitos de promoção aos postos de oficiais generais da Guarda não poderão deixar de ser idênticos e conforme o estipulado no Estatuto dos Militares das FA. Qualquer previsão facilitadora desta promoção ao nível das qualificações exigidas seria um factor de grave perturbação da instituição militar, pelas comparações com os três ramos das FA a que daria lugar”.
. O presidente entende que a articulação entre a Guarda e a Autoridade Marítima Nacional – no âmbito das missões doravante assumidas pela nova Unidade de Controlo Costeiro da GNR, actualmente asseguradas pela Marinha Portuguesa - deve ser “regulada, no mínimo, através de decreto regulamentar e não por portaria” como prevê o decreto vetado pelo PR.