O que eu li foi a entrevista da praxe pós eleitoral, em que o general sinaliza algumas ideias para o MDN. Centrou o discurso na questão da atractividade da carreira militar em função das condições remuneratórias e de reforma, deu uma achega na parte da infraestrutura, e falou na evolução natural dos sistemas de armas com a transição para o caça de 5a geração. Deu até a estimativa dos 5,5B de euros para esse efeito. Uma entrevista cordial e política, como o timing exige.
Não falou de outros sistemas de armas nem da modernização que muitos deles urgem. Mencionou a importância do campo de tiro para o treino dos F16 mas "esqueceu-se" que estes não têm munições para treinar.
Como não há qualquer estudo ou projecto da FA no sentido de, efectivamente, avançar já para o F35, não partilho do entusiasmo com esta entrevista.
Penso que são apenas frases para quem quiser ouvir, e não sei se o Nuno Melo prestou grande atenção.