Miguelopes,
Há de facto C-130 transformados em re-abastecedores, os KC-130 que de facto são por vezes utilizados para re-abastecer caças como um F-18.
Não sei é se a transformação é fácil ou se sacrifica muito da capacidade de transporte.
Contudo, não suportam o sistema de re-abastecimento "boom" que os F-16 usam nem me parece que seja possível instalá-lo num.
Além disso, um C-130 é lento e a quantidade de combustível que transporta não é assim tanta para o que um F-16 consome. Não sei até que ponto ia permitir aumentar o raio de acção...
PedroM,
basicamente creio que é a 2ª hipótese: a FAP pretende aumentar a sua capacidade de transporte e tanto quanto se sabe, os C-390 estão a apontar para a capacidade dos actuais C-130H. Como você bem refere, não dá para os Pandur II.
Além disso, continuo convencido que o C-390 não será um bom avião de transporte táctico.
Mas o projecto C-390 ainda pode mudar...
As noticias na imprensa valem pouco: como o Charlie Jaguar referiu, o horizonte de substituição está lá para 2018-2020.
O Ministro da Defesa, Luís Amado em entrevista ao Expresso:
EXP. - E defende a aplicação de uma ou outra solução, consoante o equipamento em causa? Por exemplo, uma das primeiras medidas do ministro Portas foi retirar Portugal da cooperação no âmbito da produção do avião A400M, da Airbus, onde partilhávamos tecnologia. Vai retomar esse lugar português na Airbus?
L.A. - É uma possibilidade, mas não há decisão. Defendo dois modelos em alternativa para a negociação dos equipamentos. Nesta perspectiva, entendo promover, ainda antes do Verão, um encontro entre os ministérios da Economia, a Empordef e da Defesa Nacional para discutir profundamente as opções com que vamos ser confrontados, desde já no processo de revisão da LPM e na definição das opções que vamos ter de tomar em relação a novos equipamentos. Em relação à substituição do C130, não há na LPM a perspectiva da sua substituição. Faz mais sentido manter os C130, que são neste momento aviões que têm ainda um tempo de duração perfeitamente aceitável e, eventualmente, retomar a nossa posição no consórcio do A400M, uma vez que é um projecto que se perspectiva a partir de 2020. Até lá teremos aviões em condições, com um "upgrade ao cockpit", de forma a permitir que, no final desse ciclo, possamos ter um avião estratégico, já decorrente de um programa com essa natureza. Mas haverá uma concertação muito séria a fazer nos próximos meses, entre os diferentes sectores industriais que têm sido beneficiados pelos programas de contrapartidas, as instituições do Ministério da Economia, que devem ser mais envolvidas nestas decisões, e o sector da indústria de armamento, começando pela Empordef, que deve também ser mais envolvido em todo o processo de negociação das contrapartidas. O modelo em vigor é inaceitável, até porque não dá garantias de que a execução dos projectos e dos programas seja efectivamente realizada. A Comissão de Contrapartidas não tinha nenhuma capacidade de acompanhamento da execução dos programas e, portanto, até nesse aspecto é duma fragilidade absolutamente chocante. Estamos a falar de programas que envolvem, já hoje, verbas na casa dos 2300 milhões de euros. É uma verba colossal que, se bem gerida e bem negociada, pode ter um peso relevante em alguns sectores da economia.
http://antigo.mdn.gov.pt/destaques/2005 ... presso.htm