Bom, o Kuznetsov não deixa de ser uma arma capaz de projectar força.
O problema principal do Kuznetsov, é que ele não tem catapultas e por isso tem que recorrer a aeronaves que levatam voo, com os seus próprios meios utilizando a rampa Ski-jump
Isto limita a aeronave de várias formas.
Pelo que tenho lido, um Su-33 não pode descolar com armamento completamente carregado e com o máximo de combustível.
Há russos que afirmam que isso é viável, mas que nesse caso, as aeronaves têm que utilizar praticamente toda a pista disponível para a descolagem.
A desvantagem neste caso, é que apenas podem estar cinco ou seis aeronaves no deck, na altura da descolagem e para fazer descolar mais, é necessário retira-los do hangar.
Quando analizamos um porta-aviões americano ou mesmo o francês, o que é importante, é a capacidade que o navio tem para colocar rapidamente um numero considerável de aeronaves no ar.
Um porta-aviões que pode utilizar as catapultas, pode colocar muitos aviões na coberta, a aguardar a descolagem, porque a área de «corrida de descolagem é muito pequena». Os americanos conseguem numeros impressionantes em termos de colocar aviões no ar (ainda resultado das batalhas da II guerra no Pacífico).
É por isto que o Kuznetsov não é equiparável a outros navios do tipo.
É no entanto um navio impressionante. Se os russos tivessem conseguido contruir as catapultas necessárias, teriam construido navios com 80.000 toneladas de deslocamento e em tudo equivalentes aos americanos. (embora com o fim da URSS provavelmente tivesse ido tudo para o escambau).
Mas O actual Kuznetsov equipado com Su-33 e eventualmente MiG-29K será uma arma temível e capaz de dar dor de cabeça a qualquer grupo de batalha da NATO, ainda mais se for escoltado pelo «Pedro o Grande» o último dos cruzadores Kirov.