Muito pelo contrário.
A Suécia é apenas uma demonstração do que digo.
Em primeiro lugar é um país com um nível de vida muito maior que Portugal e o maior nível de vida quer dizer que se se colectam mais impostos. Um nível de impostos que em Portugal levaria a um golpe de estado pela certa.
não, pelo contrário. o nível de vida não é o factor de progresso, o progresso é que determina o nível de vida.
O progresso de um certo país nórdico onde há menos papatangos e mais balburdios que não procuram desculpas para evitar fazer coisas, pesquisar, inventar, desenvolver, produzir. enfim, realizar o progresso, como fizeram os nossos egrégios avós que mandaram os velhos do restelo ir apanhar urtigas!
A Suécia abandonou o seu programa de produção de tanques, comprou à Alemanha
não abandonou, os Leopard suecos foram produzidos em grande parte no país. A suécia desenvolveu um excelente tanque, o Strv 103 sem torre e portanto sem essa vulnerabilidade, com um sistema hidraulico especial e controlo de direcção que lhe permitia ultrapassar o óbice de não ter uma peça orientavel. Devido ao seu baixo perfil e excelente armadura foi considerado um dos melhores tanques do mundo no seu tempo.
Pelo menos até aparecer o T-72 e a sua capacidade de disparar com precisão em movimento.
Esses tanques ainda são utilizados em funções secundárias.
Uma curiosidade, o tanque S como era também designado era movido por uma turbina , uma ideia que os cóbois não tardaram a copiar!
admita lá que o exemplo não é muito feliz
A Suécia na prática entregou o fabrico e desenvolvimento de aeronaves aos americanos, porque pura e simplesmente mesmo sendo rica não tinha dinheiro para os desenvolver sozinha.
?
os Gripen são fabricados em Linköping, o motor apesar de ser baseado num desenho americano é um desenvolvimento sueco objectivado a uma maio performance, melhor resistencia a ingestão de aves e melhor segurança monomotor.
a sua afirmação deve-se por certo a algum erro tipográfico, peço desculpa pela correcção.
O país tendo no passado uma industria militar, limita-se hoje, como a maior parte dos países a «clusters» específicos.
de facto, o país é muito específico, só produz 2 coisas: tudo e mais alguma coisa.
produz os submarinos e as corvetas visby para a marinha, os caças, aviões de treino e alguns EW para a força aérea, tanques, artilharia, ATGMs, SAMs, MANPADs e armas ligeiras para o exército.
E tudo dentro da melhor qualidade. A ponto dos canhões Bofors serem usados pela maioria das marinhas europeias e não só.
De fabrico sueco nas nosas FAs temos os Penguim(?), os Karl Gustav, peças Bofors, etc.
Eu defendo que deveriamos ter feito isso e que uma das melhores apostas seria na continuação do fabrico de armas e munições ligeiras, onde em teoria teríamos possibilidades.
Pois, nem isso foi feito, o que me faz lembrar o que uma vez ouví a um certo consultor internacional, encarregue pelo govero Cavaco Silva de um estudo estruturante para a economia nacional (infelizmente abandonado). o homem dizia que ás nossas aspirações eram muito baixas, colocamos a fasquia nos mínimos e claro, assim não funciona!
Porque será que só conseguimos ser bons no futebol?
Ou seja: Embora não tenhamos capacidade para produzir os equipamentos que uma força militar necessita (como não tem praticamente nenhum país europeu e como não tem nenhum país da nossa dimensão) teriamos possibilidade de nos especializarmos em algumas áreas.
nenhum?
?
mas...:
Espanha(marinha quase 100% de fabrico nacional, caças produzidos no país,etc.)
França(produz 95% do equipamento militar que utiliza)
Itália (produz navios, tanques de projecto 100% nacional, armas ligeiras, caças, artilharia, etc...),
Inglaterra (produz tanques, navios armas ligeiras, artilharia e caças)
Alemanha (tanques, navios, armas ligeiras, caças, artilharia, etc.)
Suecia (Caças, atilharia, navios, armas ligeiras)
A rep. Checa (tanques, armas ligeiras, aviões ligeiros, artilharia, etc.)
várias rep.s ex-jugoslávia (tanques, armas ligeiras, artilharia, aviões)
Polónia(tanques, armas ligeiras, artilharia, etc.)
Bélgica(caças, artilharia, armas ligeiras, etc.)
será que estes países não são europeus???
Infelizmente nem isso fomos capazes de fazer. Hoje como no passado.
Nos anos 60 metemo-nos com a construção das Pereira da Silva e resultou no que resultou. Agora estamos com o «caso» NPO.
No passado até navios como as corvetas B.A. e J.C. (menores que os NPO) foram mandadas construir no estrangeiro.
não me parecem bons exemplos.
dados os objectivos são realmente boas ideias, que infelizmente não foram muito bem compreendidas.
A nossa marinha, ao contrário da americana, acumula as funções de guarda costeira, pelo que necessita de navios com essa valência.
O NPO é um navio adequado, é mesmo uma solução brilhante dadas as nossas dificuldades. taõ brilhante que ainda consegue ser dos raros exemplos de concretização no nosso país!
Temos, hoje como no passado, uma grande facilidade em mudar de ideias ou com muita rapidez ou então não mudar de ideias nunca.
Qualquer das opções tem demonstrado ser má.
com a mentalidade que evidencia que ideias acha que pode mudar.
se queremos a lua temos que pedir o sol, acredite!
em portugal ser realista é estar derrotado à partida. è até estupido já que os portugueses são daqueles povos capazes de milagres, se tiver que ser!
O preço da LUSA-A2 fabricada nos EUA não é o preço que custaria se fosse fabricada em Portugal. Logo, não pode ser vista como ponto de referência. Não sabemos como seria, o que quer que digamos é especulação.
Pois não, de facto são mais caras que eram quando produzidas no nosso país. A mão de obra americana é mais cara, o cliente americano paga mais e a maquinaria, que é a que nós lhes vendemos, teve de ser modernizada, os custos repercutiram-se no preço unitário.
Mesmo assim é metade daquilo que pagámos pelas FAMAE.
Não é expeculação, as FAMAE foram adquiridas porque uma das clausulas da cedencia de direitos e maquinaria da indep era o favorecimento que portugal daria aquleas armas.
São armas excessivamente caras, baseadas na família SIG SAUER, com custos de produção tipicamente "Suiços". E um país pobre como o nosso dá preferencia a esse tipo de "armas de luxo". genial não é???
o custo de aquisição das armas da GNR foi superior ao que os os chilenos pagaram pela maquinaria e direitos de produção das SIG (nós tinhamos direitos para produzir as SIG 543 mas o "brilhantismo" político vendeu essa galinha dos ovos de ouro, os chilenos agradecem!!)
Aceito no entanto, que o seu desenvolvimento e utilização pelas forças armadas teriam sido boa ideia e que foi provavelmente uma oportunidade perdida, porque era um investimento com o qual a dimensão do país poderia arcar.
ah, ainda bem que aceita isso.
curioso, acho que já lhe tinha chamado velho do restelo noutra ocasião.