França admite vender material militar ao Brasil

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Lancero

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França admite vender material militar ao Brasil
« em: Fevereiro 12, 2008, 07:54:37 pm »
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Brasil/França: Sarkozy admite disponibilidade para vender material militar ao Brasil
 
Saint-Georges-de-l'Oyapock, Guiana Francesa, 12 Fev (Lusa) - O
presidente francês Nicolas Sarkozy anunciou que a França está pronta
a "transferir tecnologia para poder vender submarinos e aviões de
combate" ao Brasil, no seguimento do encontro hoje realizado com seu
homólogo brasileiro, Lula da Silva.
"Disse ao presidente Lula que estamos prontos para que um dos
submarinos Scorpene seja fabricado no Brasil", afirmou Sarkozy, na
Guiana Francesa, numa conferência de imprensa conjunta com o
presidente brasileiro.
"Estamos muito perto de organizar a transferência de tecnologia para
que os helicópteros e os aviões de combate possam também ser
fabricados no Brasil", acrescentou.
Este projecto enquadra-se "numa parceria global" com o Brasil, que
"não será limitada unicamente à venda de material militar",
sublinhou.
Segundo o presidente francês, o projecto será encarado "como um
reforço da parceria estratégica" entre os dois países, que poderá
ser finalizado durante a visita de Sarkozy ao Brasil no final deste
ano, durante a cimeira entre a União Europeia e o Brasil.
Os dois chefes de Estado estiveram hoje reunidos em
Saint-Georges-de-l'Oyapock, na Guiana Francesa, para discutirem a
aliança estratégica entre os dois países.
A par das relações comerciais e da cooperação na área da defesa, a
agenda do encontro incluía também a situação dos reféns das Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Sobre esta matéria, os dois presidentes mostraram disponibilidade
para promover um acordo humanitário que permita a libertação dos
reféns deste grupo de guerrilha.
"O Brasil está disposto a realizar qualquer esforço para promover um
acto humanitário que permita a libertação de todos os sequestrados
na Colômbia", afirmou Lula da Silva.
O presidente brasileiro salientou, no entanto, ser necessário "ter
em conta todas as sensibilidades políticas deste caso" e que
"qualquer acordo terá que contar com a aprovação do Governo
colombiano".
"Caso isso não aconteça, tudo será mais difícil", concluiu.
Por vez, Sarkozy reiterou o apoio da França para ajudar na
libertação dos reféns, em especial da ex-candidata presidencial
Ingrid Betancourt, que também detém nacionalidade francesa e que foi
sequestrada pelas FARC em Fevereiro de 2002.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Jorge Pereira

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Fevereiro 18, 2008, 02:58:50 am »
Citação de: "falb"
Na Folha de São Paulo de hoje, saiu esse artigo da Eliane Cantanhêde, uma repórter que acompanhou nossos gloriosos emissários governamentais na França e Rússia. Reparem no último parágrafo, o que vocês acham? Já sabemos que quando o grande irmão do norte entra numa disputa comercial é para ganhar. Independente de equipamento francês, russo ou norte-americano, creio que uma disputa envolvendo esses três países trará algum benefício para nossas forças armadas. Mas infelismente temos que lembrar que os lobistas de plantão em Brasília poderão levarão uma bolada numa disputa como essa.
O que vocês acham?

ELIANE CANTANHÊDE

O império contra-ataca

BRASÍLIA - É evidente que os EUA têm mais o que fazer do que prestar atenção ao Brasil. Como, por exemplo, cuidar da eleição presidencial, da ameaça de recessão, da queda do dólar e da enrascada do Iraque, um beco sem saída.
Mas é difícil simplesmente ignorar o Brasil, o gigante emergente da região e bem ao lado da Venezuela de Hugo Chávez. Especialmente quando Brasil e França anunciam uma "aliança estratégica", com a expectativa de quatro encontros Lula-Sarkozy num só ano. Não é trivial.
O alerta piscou em setores dos EUA, que são o maior produtor de equipamentos de defesa e estão vendo seus velhos compradores da América do Sul partindo rumo a outros fornecedores. Chávez aparelhou a Venezuela com o que há de melhor em aviões, rifles e tanques russos. Lula autorizou negociações para parcerias e compras de submarinos, aviões e helicópteros franceses. De quebra, o satélite.
O Brasil tem um programa de satélite de monitoramento aéreo e territorial que envolve somas bilionárias, seja em dólar, seja em euro. No passado, a França forneceu os Cindacta 1, 2 e 3, e os EUA, o Cindacta 4 e o Sivam (o sistema de vigilância da Amazônia). Ambos querem, é claro, pular no novo projeto.

A questão, além de meramente comercial ou militar, é estratégica.
Para os EUA, exportar seus aviões para o Brasil é mais do que ganhar uns trocados, é reforçar a aliança com líder do seu "quintal". Só que não há aliança se um país insiste em manter o controle, e o outro quer independência e tecnologia.
"Os entendimentos com a França aceleraram muito. Eles [os EUA] estão correndo atrás", diz Nélson Jobim (Defesa). Em março, Condoleezza Rice volta ao Brasil para almoçar com Lula, e Jobim vai a Washington, a convite do governo dos EUA, para discutir defesa, armamento, transferência de tecnologia -e respeito mútuo. Que é bom, e todo mundo gosta.

fonte: Folha de São Paulo
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos