Se as comemorações do dia do Exército fossem assim todos os anos tínhamos equipamento "para dar e vender"!!
Foi um dos melhores a que assisti (pela net) apesar de tudo.
Tal a miséria, em termos de aquisições de novos equipamentos/armamentos que o Exército tem efectuado nos ultimas três décadas.
Abraço
SCAR, MInimi, Glock, Benelli...
Bem em 30 anos mudou muita coisa.
Pois mudou, especialmente o número de efectivos.
O Exército passou de cerca de 22000, o número actual de efectivos das FFAA, para uns míseros 12000 e picos, graças à sangria de Praças.
Abraço
Acho que estávamos a falar de "em termos de aquisições"...
Quanto à falta de pessoal, o cenário já esteve pior. Atualmente já não ouço ninguém falar que o grande objetivo está em concorrer à PSP ou GNR.
Isto devido ao aumento nos vencimentos, o QP de Praças e o RCE. Inclusivamente o recruta que faleceu na semana passada, ocultou o historial de problemas cardíacos que tinha, de modo ingressar no Exército.
Veremos se é mesmo assim aquando dos concursos das FS.
Pois HMSW, tens razão em queixar-te do mesmo que eu, quando há derivas do tema original, my fault.
Voltando à origem, quantos anos andámos com a G3 depois de se falar na, sua substituição ?
Bem que eu me lembre nos finais da década de 80, era à boca cheia que em qq quartel se comentava ser necessário a sua substituição e demorou ainda, 30+ anos, a ser concretizada.
Mas regressando ao que me levou a comentar a " Miséria ".
Na Artilharia de campanha, MÉDIA, possuiamos até meados da decada de 80, os 14cm, material de 1941.
Por volta de 83/84 apareceu o seu substituto, o M114, de 1943, material já com 40 anos, vindo de stocks alemães, e apenas dois anos mais recente.
Só nesta substituição se pode ver o atraso tecnológico que isso implicou na eficácia desta Arma do Exército.
Mas temos mais, em finais da década de 70, o Exercito possuía algumas BBF ligeiras, com o 10,5 Krupp, o famoso " rodas de carroça ", como era apelidado pelos Artilheiros.
Material este que era de 1937, e que, em 1979, foi substituído pelo M101A1 de 1941, que era quatro anos menos velho.
Só nestes dois casos se fizermos contas, podemos constatar as décadas de avanços tecnológicos que a arma de artilharia perdeu ao substituir material de campanha, após trinta ou mais anos de serviço por outros com apenas meia duzia, se tantos, de anos mais recentes.
Continuando na mesma Arma, o caso mais caricato é a manutenção dos Chaparral, durante decadas a fio sem qq upgrade.
Quandoa sua eficácia e disponibilidade, atingiu um tal elevado grau de obsolescência, motivado, pela falta de investimento, devido, à incompetência dos que tutelam, gerem e chefiam, o seu abate, sem existir um equipamento minimamente capaz que o substituisse, teve de acontecer deixando um País, da NATO, que possuía uma defesa aérea quase nula, ou melhor, praticamente sem meios terrestres de defesa aerea, REGREDIR, para uma situação de total ausência de meios terrestres de defesa aérea.
Esta situação, inacreditavelmente, mantém-se, ano, após ano, vindo há uns anos a ocorrer um concurso para uma caricata aquisição de oito lançadores e dois radares, que, alguns anos depois era reduzido, imagine-se, para quatro lançadores e um radar, e, como se fossem bastantes, ultimamente, nova alteração, pois devido ao tempo perdido o orçamento não estica, reduzindo para três dos ditos lançadores, mais um de opção!!!!
O que é que se pode chamar a isto
Como se não chegasse, o ridículo do número de viaturas, 3+(1), a dotação de mísseis, não é, sequer, suficiente para municiar os 3 lançadores !!!
Nem se adquire uma dúzia de mísseis??
Já nem falo em remuniciar o SA.......
A situação operacional do Exército, poderá estar a melhorar disso não duvido, mas, a cadência de substituição de material obsoleto por moderno é tão baixa que o impacto positivo que deveria acontecer em termos operacionais vai-se desvanecer, e daqui a 30/40 anos alguém aqui estará a falar dos mesmos problemas e situações, HMSW.
PS: uma década para adquirir 36, se tantos, CAESAR.
Grande abraço