Na minha opinião a Waffen SS é como força militar, uma séria candidata
a melhor força militar da guerra moderna. Não faz sentido comparar as Waffen SS com uma divisão aerotransportada qualquer ou qualquer outra força especial da época (SAS, por exemplo). Basta pensar nos efectivos.
A Waffen SS chegou a constituir 39 divisões, embora o nº máximo de divisões no activo seja inferior. Também não se deve confundir as "verdadeiras" divisões SS com divisões SS auxiliares. Aqui o critério é
essencial/ étnico/racial, mas é da Alemanha Nazi que estamos a falar.
Os feitos miltares destas unidades de elite são real/ impressionantes, e foi
sobretudo a partir de 43 e no Leste que aconteceram os maiores feitos de armas destes homens.
Alguns exemplos, Julho/Agosto de 44 com a aniquilação do Grupo de Exércitos do Centro, praticamente um terço da frente alemã desapereceu do mapa e as forças soviéticas passam a ter uma autêntica auto-estrada rumo a Berlim. Só a acção das divisões das SS (sobretudo a Totenkopf e a Wiking) permitiu aos Alemães repor a situação. Praticamente todos os êxitos tácticos da Alemanha em 44-45 tiveram a assinatura das Waffen SS (Operação Market Garden, batalhas de Targul Frumos, Modlin e Debrecen, as últimas 3 na frente leste contra forças muito superiores). A última grande ofensiva alemã na Hungria, em Março de 1945, foi feita essencial/ por divisões SS e apesar da derrota inevitável conseguiu o feito extraordinário de fazer recuar a frente soviética a escassas semanas do fim da guerra.
É inegável que muitos elementos das SS se transformaram em criminosos de guerra, mas uma coisa é saber a verdade e outra é saber toda a verdade. Em 44/45 a idade média de um soldado das Waffen SS era 18/19 anos e a de um oficial subalterno de 20/21 anos. A esperança de vida na frente para um recém-chegado era de 2 ou 3 meses. Na fase final foram estes jovens, quase miúdos, que lutaram contra o mundo inteiro durante dois anos. Mesmo os infames soldados das unidades Totenkopf (cuja grande parte dos efectivos e substitutos iniciais provinha do corpo de guardas dos campos de concentração) não devem ser vistos como exterminadores implacáveis. A divisão Totenkopf era a que mais
pedidos de saída tinha em toda a Alemanha, e muitos destes elementos eram transferidos para os páraquedistas da Luftwaffe. A lavagem cerebral a que estes homens foram sujeitos deve ter sido visceral, no mínimo.
Em suma, se é verdade que as Waffen SS cometeram muitos crimes também é verdade que os seus feitos de armas não devem ser branqueados pelos crimes cometidos. Por isso, digo que os verdadeiros soldados (não os criminosos) das Waffen SS merecem o nosso respeito e admiração.