Russia invade Geórgia

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PedroM

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« Responder #195 em: Agosto 14, 2008, 11:26:23 pm »
Futuro de Saakashvili começa a estar ameaçado  

A suspensão das operações militares russas na Geórgia e o plano de paz negociado pelo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, congelam momentaneamente os combates mas deixam o conflito de fundo em aberto.
A Geórgia parece ter perdido definitivamente a esperança de reintegrar as províncias secessionistas da Ossétia do Sul e da Abkházia. E abre-se uma interrogação fundamental sobre a capacidade de sobrevivência do seu Presidente, Mikhail Saakashvili, cujo afastamento parece ser a grande prioridade de Moscovo. De resto, a ambiguidade e as "zonas de sombra do acordo tornam-no num cessar-
-fogo temporário", declarou à AFP o analista russo Alexandre Golts.
Saakashvili aceitou o acordo com o pressuposto de que "a pertença da Ossétia do Sul e da Abkházia à Geórgia jamais poderá ser posta em causa". Não é isso o que Moscovo pensa, interpretando o acordo como a consagração do statu quo ante ou mesmo como a confirmação da separação dos dois territórios. O Presidente russo, Dmitri Medvedev, deixou a pergunta: "Podem os ossetas e os abkhazes - ou querem - fazer parte da Geórgia?". Por seu lado, o MNE russo, Serguei Lavrov explicou que os soldados de Moscovo permanecerão na região como "forças de paz".
A perda das duas províncias é já uma "questão académica", diz a americana Rádio Europa Livre (REL). E, no Financial Times, o analista Anatol Lieven prevê que "a Geórgia nunca mais conseguirá recuperar a Ossétia do Sul e a Abkházia".
Esta perspectiva é uma derrota para Saakashvili. Se, de momento, ele mobiliza a grande maioria da população em torno das reivindicações nacionais, a sua posição tornou-se extremamente vulnerável. No plano internacional, é acusado de se ter lançado numa aventura irresponsável. E não apenas na Europa. Fontes da própria Administração Bush explicaram, através do New York Times, que, em Julho, na sua visita a Tbilissi, Condoleezza Rice o advertiu contra qualquer aventura militar na Ossétia do Sul e para o risco de cair numa armadilha russa. E, horas antes do ataque, o secretário de Estado assistente, Daniel Fried, tê-lo-á avisado de que os EUA "não autorizariam uma escalada".
O jornal explica também que o caloroso discurso público de Rice, em apoio das reivindicações da Geórgia, terá levado Saakashvili a apostar na criação de um facto consumado, esperando uma imediata internacionalização do conflito que bloquearia os russos.
Em Tbilissi, anotam os repórteres, muitos georgianos sentem-se abandonados pelo Ocidente, cuja intervenção esperavam. Um analista local diz à REL que a operação contra Tskhinvali foi "um erro". As pessoas começam a perguntar-se se o seu Presidente sabia que não teria apoio militar ocidental ou se acreditava nele e iludiu as expectativas da população. A sua liderança corre um risco: vir a ser responsabilizado pela perda definitiva dos dois territórios.
Derrubar Saakashvili parece ser o objectivo número um de Moscovo. Lavrov não o escondeu, na terça-feira: "Não fazemos disso uma condição para cessar as operações militares, para para informação pessoal dos líderes dos EUA, a nossa posição é que Saakashvili deixou de ser um interlocutor e o melhor para ele seria partir".
Já uma entrada em Tbilissi estaria fora de causa, diz à REL o analista militar russo Serguei Markedonov, pois os custos políticos seriam muito maiores que os benefícios.
A erosão da liderança de Saakashvili, paladino da integração na NATO, deixará Washington e a Europa numa posição delicada, pois pode abrir caminho a uma indesejada "mudança de regime". Moscovo visa "destruir a sua imagem e impedir a a adesão da Geórgia à NATO", diz ao Libération a analista Helène Despic-Popovic.
Cáucaso e Ásia Central
A Ossétia cria um precedente que preocupa os vizinhos Azerbaijão e Arménia, com análogos problemas territoriais, escreve o analista Alexei Malachenko, conselheiro do Carnegie Endowment, em Moscovo. "Como resultado, todos sentem que é inútil negociar."
Num outro comentário do Carnegie, a analista Martha Brill Olcott sublinha que também o Cáucaso do Norte russo - Ossétia do Norte, Inguchétia e Tchetchénia - é altamente instável. O que assusta os vizinhos: "Nenhum país da Ásia Central gosta da ideia duma hegemonia russa, mas o risco de anarquia nas regiões fronteiriças da Rússia ainda mais os aterra", conclui.

http://jornal.publico.clix.pt/default.a ... 3D14082669
 

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HSMW

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« Responder #196 em: Agosto 14, 2008, 11:29:34 pm »
Citação de: "papatango"

Uma Democracia pode regenerar-se, reconhecer os erros e evitar que se cometam no futuro.

Já uma Ditadura Imperial, não se regenera, perpetua-se através do sangue.


Não me vou esquecer desta frase  :G-Ok:
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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migbar2

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« Responder #197 em: Agosto 15, 2008, 01:13:03 am »
Citação de: "JLRC"
Citação de: "papatango"
 
Até ao momento, a invasão foi despoletada por uma ataque Georgiano que provocou 2.000 mortos, a acreditar nos russos.

Os mortos ocorreram na cidade de Tskhinvali. Morreram 2.000 pessoas e foi um massacre. Seguramente que além dos 2.000 mortos houve milhares de feridos. No entanto ouvimos dizer isso sim que há milhares de refugiados.

Tenha calma Papatango. Depois de uns tempos de acalmia voltou ao seu discurso delirante. Até parece que deixou de tomar algum medicamento  :oops:
Eu ontem ouvi na televisão (RTP1) que os russos declararam que teriam morrido 1.200 civis e 167 militares. Um número longe dos seus 2.000.

Citação de: "papatango"

O mais odioso nos russos e nos comunistas, não é o facto de serem russos, mongóis ou comunistas.

Mas o que é que os russos têm a ver com os comunistas?







A esta respondo eu, já que para mim a Russia não passa de um regime imperialista completamente viciado e sem escrupulo. A Russia e os comunistas não têm nada a ver, nada . O problema aqui é que há nitidamente pessoas que ainda não sabem disso e então defendem a Russia até á morte, como sendo a mátria do bem amado comunismo !
 

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papatango

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« Responder #198 em: Agosto 15, 2008, 01:25:59 am »
Citar
Tenha calma Papatango. Depois de uns tempos de acalmia voltou ao seu discurso delirante. Até parece que deixou de tomar algum medicamento
Obrigado pela sua avaliação clínica.

O número de vítimas apontado pelos russos tem vindo a descer, não notou isso ?
Ontem, um representante do governo separatista da Ossétia do Sul, afirmou que o numero de mortos tinha sido de 400 e que a maioria eram combatentes.

E esse é o problema, à medida que o tempo passa, as armas de destruição maciça não aparecem...

Citação de: "Dremanu"
Papatango, tendo em conta a sua crítica, o que é que você acha que a EU/USA/NATO, deve fazer em relação ao que está a acontecer na Georgia?


Estamos perante uma trapalhada, que provavelmente foi iniciada por um truque ou dos russos ou dos Ossétios separatistas (estou mais para esta última hipótese).

A Rússia esperava isto. Eles não têm forças suficientemente capazes para acções relampago. Enviaram uma amálgama de tropas mas estavam preparados.

Agora, as paradas subiram alto e temos que ver quem é que mexe os olhos primeiro.

Os Russos como toda a gente disse, obtiveram uma vitória táctica, mas não são estúpidos.

Eles não venceram o patético exército georgiano, porque o exército georgiano fugiu espavorido para Tbilisi.

Mas creio que não esperavam o nível de rejeição que estão a ter internacionalmente. Eles podem dizer que não, mas preocupam-se. Até os militares estão a dar conferências de imprensa em inglês - coisa absolutamente impensável há anos atrás.

A Rússia, tem muito do espirito oriental. Avançou, agora não pode perder a cara.

Os russos prometeram ao Sarkozi, sair da Georgia no dia seguinte ao acordo, mas não sairam, e não sairam porque os americanos entretanto enviaram «ajuda humanitária» e os C-17 começaram a aterrar em Tbilisi.

Os generais russos estão furibundos, porque ao mesmo tempo que os russos afirmam em todo o Cáucaso que vão onde querem, a América envia aviões.

E eles sabem que nada podem fazer, e nada podem fazer porque não se atrevem.

A América estará fraca, é verdade, mas a Russia não está melhor.
Para piorar as coisas, os americanos estão no Iraque, onde combatem uma guerra contra esfarrapados mas o seu exército, toda a parafernália tecnologia americana foi desenhada para matar russos, tanques russos, carros de combate russos.

O poder americano não está na sua capacidade de lutar contra a moirama esfarrapada, mas sim na sua capacidade de lutar contra a Rússia.

Os russos sabem que podem tomar a Georgia, mas não querem perder a cara e arriscar um desastre na Opinião Pública internacional. Não se podem dar ao luxo de perder a cara e não se podem dar ao Luxo de afirmar claramente que são a nova URSS, que despertou temor em todo o mundo, e mesmo, porque não dize-lo, Ódio.

E se eles saem rapidamente com os americanos a voar abertamente na cara deles, a Georgia vai continuar a rir-se.

E para aqueles povos, isso é da maior importância. A Rússia vai ficar meio desacreditada, porque afastaram um exército fraco, mas bastou chegarem uns aviões americanos para os russos meterem o rabo entre as pernas.

É por isso, que os russos estão a fazer rallies com BMP-1 e BMP-2 pelas estradas. Eles sabem que há outro macho no terreno e estão a marcar território, mas sabem também que vão ter que sair, no fundo eles não se atrevem.

A Rússia pode dizer tudo o que quiser, mas a Rússia precisa dos mercados do ocidente.

O problema da Ossétia começou no dia em que um país vizinho fez parte de uma força de manutenção de paz.

Uma das regras das forças de manutenção de Paz, é que sempre que for possível, deve evitar-se a presença de vizinhos no território do país intervencionado. A situação permitiu aos russos ganhar controlo efectivo da situação.

A situação também não tem precedente, porque a Ossétia não quer ser independente, a Ossétia quer ser parte da Rússia. É como se os Kosovares quisessem fazer parte da Albânia.

Para já, os russos vão ter que voltar para trás. A cada hora que eles continuam no território georgiano aumentam os problemas.

Ou a Rússia sai rapidamente para as suas posições anteriores, ou acaba por perder a cara. O actual presidente da Georgia também é um problema, porque faz-me algumas vezes lembrar o Hugo Chavez.
Ele não conseguiu reunificar o país. Teria que fazer isso da forma que estava a utilizar, com um desenvolvimento económico da Georgia, superior ao dos países vizinhos. De outra forma, não vai haver Georgia unificada, como também não vai mais haver a Grande Sérvia.

A questão da Georgia, também teve este efeito, acabou com os sonhos que alguns sérvios tivessem sobre o Kosovo.
A NATO / UE / EUA não podem entrar em aventuras, mas devem garantir a continuação da existência da Georgia.

Os Estados Unidos também não podem perder a cara. Porque se perderem a cara aqui, perdem em todos os restantes países da ex-URSS e isso a América, seja com Bush, com McCain ou com Obama, nunca vai deixar acontecer.

Aguardemos para ver quem pisca os olhos primeiro
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Sintra

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« Responder #199 em: Agosto 15, 2008, 01:57:56 am »
Citação de: "papatango"
Há duas grandes invasões da Europa, depois da queda do Império Romano. A primeira foi a dos Hunos. , que chegou quase a Roma e a segunda chegou à Hungria e foi a dos Mongóis.


 Ai essa história...  :wink:
 Aecio, Campos Catalónicos, Comitatensis, Limitanei, etc, etc, etc
 

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oultimoespiao

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« Responder #200 em: Agosto 15, 2008, 04:44:12 am »
Citação de: "P44"
Citação de: "oultimoespiao"
Citação de: "P44"
http://irbis82.wordpress.com/2008/08/13/fake-bombing-casaulties/



Voce com toda a nostalgia dos tempos do vosso tio Jose logra-se de alegria quando os russos aparecem!
Tente ser honesto, ainda nao percebeu que a vossa retorica de desinformacao ja nao cola! As pessoas deste forum sao na maioria pessoas iinteligentes e nao analfabetos como o seu partido gosta! Tente comprender uma coisa, na russia nao ha liberdade de informacao, dai qualquer noticia que vem de la e suspeita, nao vale a pena usar essas fontes.

Ainda não ouvi os Grandes Arautos da Democracia e da Liberdade, como V. Exa, dizerem uma única palavra a respeito do Despoletar desta Guerra, que foi Causado pela santa Geórgia, a mando do Grande Democrata Sakashvili, conhecido por ter chegado ao poder por grandes métodos democráticos... :roll:

a "chatice", para os EUA, é que o tempo das cowboiadas, quando no Kremlin residia uma garrafa de vodka com pernas, acabou!

Terão de pensar 2 vezes antes de irem "libertar" outros países, e sacar-lhes o "pitrol"


E voce todo feliz, ja lhe cheira a "deja vu"
Quem seria o primeiro a enviar para a ilha paradisiaca de solovetski?
Quando o podre comeca a aparecer nao se pode deixar o povo reclamar, ha que envialos para "ferias"
 

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Nuno Bento

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« Responder #201 em: Agosto 15, 2008, 09:03:56 am »
Penso que quanto a este assunto está a existir muito hipocrisia de ambos os lados. A època dos santos já passou e cada pais defende os seus direitos o melhor que pode sem olhar a meiso (EUA no Iraque , Russia na Tchechenia etc)

O que se passa é que essas acções não são minimamente coerentes, para não dizer extremamente hipocritas por exemplo a russia seguindo a mesma logica que está a defender na georgia devia dar a independencia a tchechenia. Os EUA e a Europa pelo mesmo argumento teria de apoiar a independencia da Abkarsia e da Ossetia do sul, pois o que se passa neste enclaves é uma situação parecida á do Kosovo.

Assim devo referir que toda esta guerra me parece um jogo de interesses em que todos são culpados e ninguem é inocente, agora se olharmos para os interesses da Europa (logo de Portugal) é de todo o interesse que a Russia perca força naquela região para não estarmos dependentes deles para o fornecimento de petróleo e gas á Europa. Não é mada bom para a Europa estar sujeita aos humores  é um pais dominado por máfias e ex agentes do KGB sem escrupulos para os quais tudo vale.

Cumprimentos

Nuno
 

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André

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« Responder #202 em: Agosto 15, 2008, 01:00:01 pm »
Moscovo optimista sobre aprovação de resolução da ONU

O embaixador russo na ONU Vitaly Tchourkine mostrou-se quinta-feira optimista quanto à futura aprovação de um projecto de resolução que oficialize o acordo de cessar-fogo entre Moscovo e Tbilissi, negociado pelo presidente francês Nicolas Sarkozy.
«Penso que deverá ser possível ter essa resolução dentro de pouco tempo», afirmou.

Vitaly Tchourkine indicou igualmente que não pode, nesta altura, subscrever completamente um novo projecto de resolução, acrescentando, sem revelar detalhes, que ainda há «alguns pontos a ver».

O embaixador russo explicou que estão negociações em curso sobre uma nova versão que «aproveitará clara e precisamente» o plano em seis pontos negociado pelo presidente francês Nicolas Sarkozy e pelo seu homólogo russo Dmitri Medvedev.

O plano de paz, aprovado mas ainda não assinado pelas partes, prevê o regresso das forças georgianas aos seus acantonamentos e a retirada das tropas russas para as posições que ocupavam antes do início do conflito na Ossétia do Sul, a 08 de Agosto.

O documento prevê igualmente a abertura de discussões internacionais sobre as modalidades de segurança e de estabilidade na Abkházia e na Ossétia do Sul.

Sobre este último ponto, Tchourkine disse que não espera «nos próximos seis meses» um acordo completo, que «inclua disposições duráveis para a Abkházia e a Ossétia do Sul».

Os soldados de paz russos devem permanecer nas zonas de conflito com uma «presença internacional reforçada», disse o diplomata, citando os observadores das Nações Unidas e a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

Tchourkine falou ainda sobre a candidatura da Geórgia à NATO, apoiada por Washington, e também sobre o alargamento da Aliança Atlântica, considerando que existem «melhores maneiras de tratar as questões de segurança regionais, que incluem a Rússia mais do que a excluem».

«Nunca fizemos segredo quanto ao facto de que pensamos que o alargamento da NATO é um erro. E a cada nova vaga de alargamento são novos os problemas de segurança que se colocam», sublinhou.

Lusa

 

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André

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« Responder #203 em: Agosto 15, 2008, 01:32:08 pm »
Guterres visita a Geórgia na terça-feira



O Alto Comissário de ONU para os Refugiados, António Guterres, efectuará a partir da próxima terça-feira uma visita de três dias à Geórgia, seguindo depois para Moscovo, anunciou hoje o porta-voz da agência em Genebra.

Guterres reiterará, nos seus encontros com as autoridades russas e georgianas, os pedidos das organizações humanitárias para livre acesso às zonas afectadas pelo conflito entre a Rússia e a Geórgia, precisou Ron Redmond, porta-voz do Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR).

O Alto Comissário examinará igualmente com os seus interlocutores locais as necessidades de ajuda humanitária.

O mais recente balanço do ACNUR aponta para a existência de 118 mil deslocados de guerra na Geórgia.

As autoridades russas aceitaram a ajuda oferecida pelo ACNUR e dois primeiros aviões da agência humanitária das Nações Unidas devem aterrar na terça-feira e quarta-feira na Ossétia do Norte (Rússia), em Vladikavkaz, onde o Alto Comissariado tem uma delegação, disse Redmond.

Lusa

 

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Torgut

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« Responder #204 em: Agosto 15, 2008, 04:33:05 pm »
O Nuno Bento percebe disto (no kidding). É isso mesmo pá :-)
 

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André

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« Responder #205 em: Agosto 15, 2008, 06:10:44 pm »
Tbilisi assinou acordo de cessar-fogo e Condoleezza Rice exige "retirada imediata" das tropas russas

O Presidente da Geórgia assinou hoje em Tbilissi um acordo de cessar-fogo com a Rússia para pôr termo ao conflito desencadeado no passado dia 08 com a Rússia, e garantiu que o seu país nunca admitirá alienar parte do seu território.

Mikhail Saakashvili, que falava numa conferência de imprensa conjunta com a secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice, denunciou a presença de 1.200 tanques russos no território georgiano e criticou o silêncio da comunidade internacional face ao que classifica como "agressão de Moscovo".

Condoleezza Rice, que chegou hoje a Tbilisi para manifestar a solidariedade dos Estados Unidos à Geórgia, defendeu o envio de uma "força internacional de manutenção de paz imparcial para o território" e exigiu a "retirada mediata" de todas as tropas russas estacionadas na Geórgia.

"Depois da assinatura deste acordo, todas as forças russas e as tropas paramilitares e não-regulares que as acompanharam na entrada na Geórgia deverão retirar imediatamente", vincou.

O Presidente georgiano garantiu, por outro lado, que nunca reconhecerá a Abkházia e a Ossétia do Sul, as duas repúblicas separatistas georgianas que reclamam o reconhecimento internacional, e reafirmou que a Rússia mantém ocupada "parte significativa" do seu país.

Entretanto, segundo a agência France Press, uma coluna de 40 tanques russos avançou a partir da cidade estratégica de Gori em direcção à capital da Geórgia, tendo interrompido a marcha a 40 quilómetros de Tbilisi.

Lusa

 

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André

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« Responder #206 em: Agosto 15, 2008, 06:21:51 pm »
Citação de: "Nuno Bento"
Assim devo referir que toda esta guerra me parece um jogo de interesses em que todos são culpados e ninguem é inocente, agora se olharmos para os interesses da Europa (logo de Portugal) é de todo o interesse que a Russia perca força naquela região para não estarmos dependentes deles para o fornecimento de petróleo e gas á Europa.


Portugal não têm nenhum interesse económico ou energético na região do Caucaso. Então agora que vai receber muito petróleo da Venezuela, Brasil e talvez de Angola. Tal como Luís Amado afirmou, "aquela região é para nós portugueses totalmente estranha" ... Agora para a Europa Central é sem dúvida importante devido ao oleaduto Baku, Tblissi, Ceyhan que é propriedade da BP ...  :wink:

 

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nelson38899

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« Responder #207 em: Agosto 15, 2008, 06:30:19 pm »
Mas também não nos podemos esquecer que muito do futuro da Europa, enquanto comunidade independente da Rússia está a ser decidido no Cáucaso e aí a Europa tem que estar unida, ou então vamos andar ao sabor das decisões da Rússia. Não nos podemos esquecer que as nossas exportações vão em grande parte para a França, Alemanha, Itália entre outros países, logo o Cáucaso não pode ser um ambiente estranho para nós, visto que os nosso maiores clientes dependem do petróleo que vem de lá para a sua economia evoluir.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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P44

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« Responder #208 em: Agosto 15, 2008, 06:58:33 pm »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #209 em: Agosto 15, 2008, 07:07:14 pm »
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CUTUCANDO URSO COM VARA CURTA.

Por Patrick J. Buchanan – 15 de agosto de 2008.

A decisão de Mikheil Saakashvili de utilizar a abertura dos Jogos Olímpicos para acobertar a invasão, pela Geórgia, de sua província separatista da Ossétia do Sul, deve emparelhar em estupidez com a decisão de Gamal Abdel-Nasser de fechar os Estreitos de Tiran aos navios israelenses.

A asneira de Nasser custou-lhe o Sinai, na Guerra dos Seis Dias. A asneira de Saakashvili, provavelmente, irá significar a perda permanente da Ossétia do Sul e da Abkhazia.

Após canhonear e atacar aquilo que ele proclama ser próprio país, matando montes de seus próprios cidadãos ossétios e enviando dezenas de milhares em fuga para a Rússia, o exército de Saakashvili foi surrado e rechaçado de volta à Geórgia, em 48 horas.

Vladimir Putin agarrou a oportunidade para, também, chutar o exército georgiano para fora da Abkhazia, para bombardear Tbilisi e tomar Gori, local de nascimento de Stalin.

Revelando seu status de íntimo com George Bush, Dick Cheney e John McCain, e único aliado democrático no Cáucaso, Saakashvili achou que podia ir em frente com um golpe-relâmpago e apresentar ao mundo um fait accompli.

Mikheil não levou em conta, nem a fúria, nem a vontade do Urso.

As acusações americanas de agressão russa são ocas. A Geórgia começou esta luta – a Rússia acabou com ela. As pessoas que iniciam guerras não decidem como e quando elas acabam.

A resposta Russa foi “desproporcional” e “brutal”, tartamudeou Bush.

É verdade. Mas nós não autorizamos Israel a bombardear o Líbano, por 35 dias, em resposta a uma escaramuça de fronteira, na qual vários soldados israelenses foram foram mortos e dois capturados? Isso não foi, muitas vezes, mais “desproporcional”?

A Rússia invadiu um país soberano, braveja Bush. Mas os Estados Unidos não bombardearam a Sérvia, durante 78 dias, e a invadiram para obrigá-la a ceder uma província, Kosovo, à qual a Sérvia tinha, de longe, mais direitos históricos do que tem a Geórgia em relação à Abkhazia ou a Ossétia do Sul, ambas as quais preferem Moscou a Tbilisi?

A hipocrisia ocidental não é de espantar?

Quando a União Soviética dissolveu-se em 15 nações, nós celebramos. Quando a Eslovênia, Croácia, Macedônia, Bósnia, Montenegro e Kosovo separaram-se da Sérvia, nós nos rejubilamos. Por quê, então, a indignação quando duas províncias, cujos povos são etnicamente diferentes dos georgianos e que lutaram por sua independência, obtém sucesso em sua separação?

Secessões e dissoluções de nações são louváveis, apenas quando avançam a agenda dos neocons, muitos dos quais, visceralmente, detestam a Rússia?

Que Putin agarrou a ocasião da ação provocadora e estúpida de Saakashvili para administrar uma dose extra de castigo, é inegável. Mas a ira russa não é compreensível? Por anos, o Ocidente esfregou a derrota na Guerra Fria na cara da Rússia, e a tratou como a Alemanha de Weimar.

Quando Moscou retirou o Exército Vermelho da Europa, fechou suas bases em Cuba, dissolveu o império do mau, deixou a União Soviética se dissolver em 15 estados, e buscou aliança e amizade com os Estados Unidos, o que foi que nós fizemos?

Usurários americanos se conluiaram com mafiosos moscovitas para saquearem a nação russa. Rompendo uma promessa à Mikhail Gorbachev, nós movemos nossa aliança militar para dentro da Europa Oriental, então para a porta da Rússia. Seis nações do Pacto de Varsóvia e três antigas repúblicas da União Soviética, agora, são membros da OTAN.

Bush, Cheney e McCain tem feito pressão para trazer a Ucrânia e a Geórgia para a OTAN. Isso teria exigido que os Estados Unidos fossem à guerra com a Rússia por causa do terra natal de Stalin e sobre quem tem a soberania sobre a Península da Criméia e Sebastopol, tradicional casa da Frota do Mar Negro da Rússia.

Quando foi que esses se tornaram interesses vitais dos Estados Unidos, que justifiquem uma guerra contra a Rússia?

Os Estados Unidos, unilateralmente, denunciaram o tratado de mísseis anti-balísticos, porque nossa tecnologia era superior, então, planejamos situar defesas anti-míssil na Polônia e na República Tcheca, para defesa contra mísseis iranianos, embora o Irã não tenha nenhum ICBM e nenhuma bomba atômica. Uma contra-oferta russa para que, juntos, instalássemos um sistema anti-míssil no Azerbaijão, foi rejeitada, peremptoriamente.

Nós construímos um oleoduto Baku-Tbilisi-Ceyhan, do Azerbaijão via Geórgia para a Turquia, jogando a Rússia para escanteio. Então, ajudamos a derrubar regimes amigos de Moscou com “revoluções” democráticas, na Ucrânia e Geórgia, e tentamos repetir isso na Bielorússia.

Os americanos tem muitas excelentes qualidades. Porém, a capacidade de ver a nós mesmos, da forma como os outros nos vêem, não é uma delas.

Imaginem um mundo onde Ronald Reagan nunca tivesse existido, no qual a Europa optasse por sair da Guerra Fria, depois que Moscou instalou aqueles mísseis SS-20, ao leste do Elba. E que a Europa tivesse abandonado a OTAN, nos mandado voltar para casa, e se tornasse subserviente à Moscou.

Como teríamos reagido se Moscou tivesse levado a Europa Ocidental para dentro do Pacto de Varsóvia, estabelecido bases no México e no Panamá, colocado radares e mísseis de defesa anti-míssil em Cuba, juntado-se à China para construir oleodutos que transferissem o petróleo mexicano e venezuelano para portos no Pacífico, para embarque rumo à Ásia, e jogando os EUA para escanteio? Se houvessem conselheiros russos e chineses treinando exércitos latino-americanos, do modo com nós estamos fazendo nas antigas repúblicas soviéticas. Como iríamos reagir? Iríamos ficar olhando tal comportamento russo, com alegria?

Há uma década, alguns de nós tem prevenido sobre a tolice de se imiscuir no espaço russo e bater de frente com a Rússia. As galinhas do imperialismo democrático, agora começaram a fritar – em Tbilisi.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas