Russia invade Geórgia

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André

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« Responder #225 em: Agosto 17, 2008, 06:53:07 pm »
OSCE reúne segunda-feira para debater envio de 100 observadores

A Finlândia, que preside à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), anunciou este domingo a realização para segunda-feira de uma reunião em que será debatido o envio de 100 observadores suplementares ara a Geórgia.

«Convoquei, na qualidade de presidente da OSCE, os membros do Conselho Permanente da organização para debater o envio de 100 observadores suplementares para a zona de conflito», disse Alexander Stubb, ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia.

Alexander ZStubb acrescentou que uma força militar da OSCE começará a ser desdobrada «no início da próxima semana».

TSF

 

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André

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« Responder #226 em: Agosto 17, 2008, 07:53:09 pm »
Mais de 158 mil deslocados pelo conflito - ACNUR

Cerca de 158 mil pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas devido ao conflito na Geórgia, anunciou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Segundo a mesma fonte, 98.600 deslocados encontram-se no interior da Geórgia, 30 mil na Ossétia do Sul e outros 30 mil na Rússia.

Hoje, uma caravana de ajuda do Programa Alimentar Mundial e do ACNUR conseguiu entrar em Gori, cidade estratégica georgiana, próxima da Ossétia do Sul, actualmente sob ocupação russa, cuja situação humanitária foi qualificada como «dramática» pelo embaixador francês na Geórgia, após uma visita.

«Resta saber se a ONU será autorizada a encaminhar ajuda em boas condições ao longo dos próximos dias» na cidade de Gori, refere o Alto Comissariado em comunicado hoje divulgado.

A equipa do ACNUR traz ajuda material de emergência, não-alimentar, para 1.500 pessoas.O Alto Comissário de ONU para os Refugiados, António Guterres, efectuará a partir da próxima terça-feira uma visita de três dias à Geórgia, seguindo depois para Moscovo, Segundo anunciou na sexta-feira o porta-voz da agência em Genebra, Guterres reiterará, nos seus encontros com as autoridades russas e georgianas, os pedidos das organizações humanitárias para livre acesso às zonas afectadas pelo conflito entre a Rússia e a Geórgia.

Lusa

 

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papatango

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« Responder #227 em: Agosto 17, 2008, 08:31:24 pm »
De qualquer das formas, estamos perante um país que não parece querer seguir as regras.

A meu ver a invasão da Georgia, mostrou que os russos continuam com os velhos hábitos.

Não sei até que ponto o mundo ocidental, não se quis enganar a si prório, acreditando piamente que a Rússia seria um país normal.

A mania russa do cerco, não deixa de ser uma mania russa.
Na prática, um país que ocupa metade do hemisfério norte, pode sempre queixar-se de estar a ser cercado.

O problema, é que estar cercado por uma aliança que nos seus estatutos é uma aliança defensiva não deixa de ser esquisito.

O problema da Rússia com a NATO, é exactamente esse. A Russia quer ter a sua «esfera de influência». A Rússia quer mandar e ser obedecida.
E para isso quer controlar completamente o acesso ao petróleo.

Controlar a Europa e ter capacidade para ameaçar militarmente os países europeus.

A questão é:

Porque é que a Rússia não pode ser um país normal ?
A Turquia, é um país muçulmano, mas na maioria dos aspectos é muito mais europeia que a Rússia.

O que é afinal a Rússia ?
É que nem se trata de um país muito antigo, isto quando falamos da História da Europa. É um país que tem vindo a crescer para Ocidente através da guerra e da conquista, e quando um país que se expandiu dessa forma, em pleno século XXI mostra que ainda joga da mesma maneira, é mais que razão para o mundo se preocupar.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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legionario

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« Responder #228 em: Agosto 17, 2008, 09:18:33 pm »
A Angela ja veio dizer que apoia a adesao da Georgia à Otan !

Acho bem comprarem mais uns Leopardezinhos se calhar vamos precisar deles para poder assumir os nossos compromissos com os nossos "aliados" do costume...

A Russia é um pais de mafiosos, toda a gente sabe isso, mas acho melhor ficarmos por aqui, ou os nossos filhos nao terao tempo para crescer .
 

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LM

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« Responder #229 em: Agosto 18, 2008, 11:32:57 am »
Fonte: blog Abrupto

A EMERGÊNCIA DE NOVAS POTÊNCIAS

No meio da transumância anual de Portugal e dos portugueses, a que chamamos férias, o mundo está a mudar muito rapidamente e muito perigosamente. A China e a Rússia estão todos os dias a ocupar o espaço deixado livre pelas potências anteriores, o eixo euro-atlântico, entre os EUA e a União Europeia, com enormes implicações para o futuro do século XXI. É um clássico processo geopolítico, os poderes fracos deixam espaço a novos poderes emergentes, que rapidamente ocupam a cena mundial ditando as suas regras. A União Europeia não conta para nada, nem sequer para a retórica, apenas os EUA e os antigos países do Pacto de Varsóvia esboçam uma tímida resistência, mais simbólica do que efectiva, mas mesmo assim resistência.

Os casos da China e da Rússia não são idênticos. A China emerge como grande potência mundial assente numa combinação única entre capitalismo e um sistema repressivo e autoritário de "consenso" que usa a capa do comunismo, mas pouco tem a ver com ele. O processo chinês é único e demasiado complexo para caber nos modelos conhecidos. É também uma experiência que tem muito do pensamento e história "oriental" que compreendemos pouco por nos ser civilizacionalmente alheia. Como no Japão, os mecanismos do "consenso" forçado, vistos como legitimação da hierarquia, estabilidade e "ordem", têm um apoio social que seria inexplicável na tradição europeia.

Há enormes virtualidades no processo chinês, exactamente pela sua vitalidade económica, que está a tirar milhões de pessoas da pobreza e está a produzir liberdade e democracia a partir dos mecanismos sociais do capitalismo, mas é só uma questão de prazo até que se gerem imensos riscos de conflitualidade social e política. Na China, porém, não há no poder a combinação de autocracia (com traços de poder pessoal) e cleptocracia como há na Rússia. O processo capitalista na China é uma opção estratégica e não uma adaptação ao fim da economia planificada do comunismo. As regras definidas pelo poder comunista são tidas como seguras pelos investidores estrangeiros, que geram na China uma economia e um crescimento que não é assente apenas na exploração das riquezas naturais. A muito dura luta contra a corrupção feita pelo PC Chinês funciona como legitimação do poder e para além de certos limites o poder político não interfere discricionariamente na economia privada. Uma parte importante da população beneficia positivamente de alterações no consumo e na qualidade de vida.

As coisas não podem continuar como estão e a uma dada altura haverá convulsões entre o dinamismo da sociedade e o carácter autocrático do poder político, mas para já o efeito de poder mundial chinês não se faz por uma política agressiva para além do estrito leque de questões de unidade e soberania nacional que sempre se colocaram em relação, por exemplo, a Taiwan. E, mesmo aí, os chineses mostram uma capacidade de negociação e de compromisso sem paralelo. Os chineses estão a mudar os quadros do mundo como potência emergente, essencialmente pelo seu poder político-económico e não por uma política agressiva político-militar.

A Rússia é muito diferente. Nenhum investidor estrangeiro sério, que não viva de economias predadoras como as que se criam à volta do petróleo, do gás natural e dos recursos mineiros, investe na Rússia. Eles sabem que as regras são ambíguas, a legislação presta-se para tudo, o Estado, a burocracia, central e regional, faz literalmente o que quer, pode mandar prender um novo-rico porque ele se tornou incómodo para o poder político e deixar outro à solta a ganhar biliões, exactamente nas mesmas circunstâncias de fuga aos impostos ou irregularidades financeiras. A discricionariedade política e judicial é total, os controlos dos aparelhos militares, policiais e da justiça são políticos e tudo mergulha num ambiente de corrupção generalizada. Apesar dos enormes ganhos recentes com os combustíveis, a população russa pouco beneficiou da hiper-riqueza dos novos-ricos russos aliados ao poder e das máfias, por sua vez também aliadas ao poder. A Rússia está longe de ter conhecido a verdadeira revolução produtiva da China, e cidades, vilas, regiões inteiras permanecem num limbo de pobreza e mediocridade agravando a deterioração de tudo: casas, linhas férreas, fábricas, serviços públicos, estradas, aeroportos, etc. Saia-se de Moscovo, do centro de Moscovo ou de São Petersburgo, e é como se o cinzento do comunismo continuasse a dominar populações resignadas, com líderes violentos e corruptos.

Na Rússia como na China, não há verdadeira democracia nem liberdades. O poder político existente, quer seja o nacional, o regional ou o de uma cidade, continua a controlar os órgãos de comunicação, a ameaçar os que divergem, nalguns casos a perseguir, ferir ou matar os que denunciam o que se passa. O sistema político é, como quase tudo na sociedade, uma sobrevivência híbrida do comunismo, fragmentado, dominado por partidos e personalidades pouco recomendáveis, puxado para os extremos do comunismo ortodoxo e do fascismo xenófobo e revanchista. Com votos.

O poder político central permanece autocrático e capaz de tudo para se defender. Ieltsin e a família dividiram os espólios de matérias-primas por meia dúzia de amigos e fiéis, Putin chegou ao poder na base de uma história nunca esclarecida de explosões terroristas "tchetchenas", que envolvia os serviços secretos que ele dirigia, e que lhe serviu de pretexto para uma operação militar que, se o Tribunal Penal Internacional fosse o que diz ser, implicaria levá-lo ao banco dos réus de Haia como criminoso de guerra. Putin restaurou o nacionalismo russo a partir da manipulação da genuína sensação de humilhação que muitos russos partilhavam ao ver o seu país perder todo o poder que tinha com a queda do comunismo, e tornou-o na base de uma política externa pouco diferente da soviética, cada vez com mais crescente agressividade, dentro e fora das fronteiras.

O que se passa na Geórgia deveria fazer soar o mais clamoroso sinal de alarme, não só pelo que significa de per si, como pelo facto de deitar uma luz retrospectiva sobre os erros sucessivos cometidos pelos EUA e pela UE nos Balcãs. O que os russos estão a dizer é: "Vocês humilharam-nos nos Balcãs, nós mandamos no Cáucaso." Mas dizem mais: "Em toda a área das antigas repúblicas da URSS que se tornaram independentes, assim como do Pacto de Varsóvia, nós temos um droit de regard maximalista e reclamamos o direito de 'protecção' das populações russas (quase sempre emigradas para aquelas regiões na sequência de políticas soviéticas de 'russificação' das zonas onde havia mais forte nacionalismo anti-russo, como aconteceu nos países bálticos) que implica a intervenção militar em países soberanos." O resultado é que vários países nas fronteiras da Rússia têm uma soberania limitada, a Ucrânia, a Moldova, a Geórgia, mesmo os países bálticos têm que aceitar enclaves protegidos por tropas russas, constituindo "países" que ninguém reconhece (na Moldova e na Geórgia por exemplo), ou aceitar direitos de passagem, estacionamento e bases militares que limitam a soberania (como acontece na Ucrânia e nos bálticos). Mais ainda: não tenham veleidades de ser soberanos ao ponto de quererem entrar em alianças como a OTAN, porque isso é inaceitável pela Rússia.

Quando os presidentes e dirigentes da Polónia, Lituânia e Ucrânia vão a Tiblissi apoiar os georgianos, eles sabem muito bem a parte do mundo em que vivem, o carácter do seu vizinho e antigo dominador, e o que está em causa. Os EUA muito fragilizados ainda tentaram ir além da retórica, mas não foram e sofreram uma derrota para os seus objectivos estratégicos. A UE é penoso de se ver, não conta para nada, os seus esforços diplomáticos, visto que não tem outra capacidade, ainda foram empurrados pela parte mais preocupada dos antigos países de Leste, mas são incapazes sequer de garantir aos georgianos a sua soberania sobre a Abkázia e a Ossétia, mesmo que virtual. O precedente do Kosovo também ajuda a Rússia, que pode, tão unilateralmente como fizeram os EUA e vários países da UE, reclamar independências à margem das Nações Unidas para as suas zonas de ocupação na Geórgia.

Balcãs e Cáucaso, como sempre, vão continuar a ser o sítio onde se medem as forças. E uma nova Rússia autocrática e agressiva mostrou o seu poder, a UE e os EUA mostraram o seu declínio. Bem-vindos ao século XXI.

 :arrow: Dois mapas das operações militares no original, com origem em "The War in the Caucasus: An Initial Assessment, The American Enterprise Institute, August 13, 2008"
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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P44

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« Responder #230 em: Agosto 18, 2008, 11:48:14 am »
Citação de: "papatango"
Viu seguramente outro filme. O filme que você viu é o que passa na comunicação social censurada da Rússia onde os jornalistas são ameaçados de morte quando não dizem o que o soviete manda.

É por demais evidente a esta hora do campeonato que a operação militar russa foi meticulosamente preparada e coincidiu com operações militares do exército russo no Cáucaso.



fontes CONCRETAS? para além da sua imaginação :roll:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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André

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« Responder #231 em: Agosto 18, 2008, 01:34:08 pm »
Rússia anuncia retirada de tropas na Geórgia

A Rússia anunciou o início da retirada das suas tropas da Geórgia, uma vez acabada a operação para «parar a agressão da Geórgia contra a Ossétia do Sul». Entretanto, O presidente russo já disse que haveria uma «resposta brutal» para quem agredir cidadãos do seu país.
A Rússia anunciou, esta segunda-feira, o início da retirada das suas forças de manutenção de paz da zona de conflito na Geórgia em cumprimento do plano de paz gizado pela França.

«A Rússia acabou a operação com o objectivo de parar a agressão da Geórgia contra a Ossétia do Sul», indicou Anatoly Nogovitsyn, o chefe do Estado-maior do exército russo.

Nogvitsyn indicou ainda que a Rússia concordou numa maior cooperação que envolve assuntos com a retirada de tropas e esforços humanitários, uma decisão que foi tomada após um encontro entre o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Grigory Karasin, e o embaixador norte-americano na Rússia.

Anatoly Nogovitsyn acusou ainda a Geórgia de preparar actos de «provocação» contra as tropas russas e disse que Moscovo dispõe de provas de que os georgianos tentaram destruir um túnel usado com o principal ponto de passagem das tropas de Moscovo para território georgiano.

Pouco antes, o presidente russo tinha garantido que qualquer agressão a cidadãos russos teria «resposta brutal» e que por isso «quem pense que pode matar os nossos cidadãos e sair incólume» teria de pensar doutra maneira.

«Temos todos os recursos necessários, políticos, económicos e militares. Se alguém tem ilusões em relação a isto, tem de as abandonar», acrescentou Dmitri Medvedev, em Kursk, em declarações feitas a veteranos da II Guerra Mundial.

TSF

 

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oultimoespiao

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« Responder #232 em: Agosto 18, 2008, 02:23:49 pm »
Citação de: "P44"
Citação de: "oultimoespiao"
Citação de: "JLRC"
Citação de: "oultimoespiao"
Citação de: "Nuno Bento"
Citação de: "oultimoespiao"
Queria deixar uma palavra de solariedade com o amigo "papatango" que tem sido objectivo, rigoroso e factual... O "papatango" deu uma explicacao de alta qualidade do que se esta a passar neste conflicto! E pena alguns membros deste forum estarem com o cerebro clorinado e com palas nos olhos para poderem analizar os factos, parece o discurso dos evolucionistas contra os creacionistas!


Embora eu concordo com o discurso do papatango, acho que o ultimo espião exagerou na linguagem ao qualificar em termos menos proprios os colegas do forum que não pensam da mesma forma. Todos temos direito a ter uma opinião.

Bom dia, queria comecar por dizer que guantanamo comparado com os vossos campos de ferias especialmente os da siberia e um verdadeiro hilton, depois nao estou a insultar ninguem estou a citar factos concretos que toda a gente informada sabe bem, todos claro tem o direito a exprimir a opiniao propria, por isso e que eu contro os vossos factos e voces podem contrariar os meus.

Claro todos temos o direito a nossa opiniao, o que e diferente de propaganda!

 :shock:  :oops:

Voce nao tem direito moral de falar em liberdade de expressao porque a idelogia que voce defende e perita em oprimir essas liberdades

e o conceito de democracia de V. Exa é tal que se pudesse mandava quem não alinha consigo para Guantanamo.

Quem é V.Exa para decidir das opiniões dos outros?

Quem não concorda consigo é imediatamente "etiquetado", e passa a receber os seus insultos! Acaso o sr nos conhece de algum lado?

É esse o seu conceito de "democracia"?

JLRC, tens a minha solidariedade, e Deus nos Livre que alguma vez gente desta tenha algum poder real!
 

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P44

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« Responder #233 em: Agosto 18, 2008, 03:10:03 pm »
Citar
Russians announce troop withdrawal has begun

 By MIKE ECKEL, Associated Press Writer
 35 minutes ago
 


Russia said its military began to withdraw from the conflict zone in Georgia on Monday, but left unclear exactly where troops and tanks will operate under the cease-fire that ended days of fighting in the former Soviet republic.

Russian troops and tanks have controlled a wide swath of Georgia for days after a short but intense war that reignited Cold War tensions.

In Moscow, Col.-Gen. Anatoly Nogovitsyn told a briefing that "today, according to the peace plan, the withdrawal of Russian peacekeepers and reinforcements has begun." He added that forces were leaving Gori, which sits on Georgia's main east-west highway.

Earlier in the day, Russian forces around Gori appeared to be solidifying their positions, and it was not immediately possible to confirm the withdrawal with AP journalists there.

A U.S. official said Monday that the Russian military had moved missile launchers into the breakaway region of South Ossetia.

The RIA-Novosti news agency reported that some Russian military vehicles were heading Monday out of the South Ossetian capital of Tskhinvali toward Russia. The leader of South Ossetia, Eduard Kokoity, also asked Russia on Monday to establish a permanent base there, the news agency said.

According to the European Union-brokered peace plan signed by both Medvedev and Georgian President Mikhail Saakashvili, both sides are to pull forces back to the positions they held before fighting broke out Aug. 7 in the Russian-backed Georgian separatist region of South Ossetia.

Nogovitsyn said the Russian troops are pulling back to South Ossetia and a security zone defined by a 1999 agreement of the "joint control commission" that had been nominally in charge of South Ossetia's status since it split from Georgia in the early 1990s.

Georgian and Russian officials could not immediately clarify the dimensions of the security zone. Nogovitsyn said only that "troops should not be in the territory of Georgia," but it was unclear if that excluded patrols.

"I think the Russians will pull out, but will damage Georgia strongly," Tbilisi resident Givi Sikharulidze told an AP television crew. "Georgia will survive, but Russia has lost its credibility in the eyes of the world."

Top American officials said Washington would rethink its relationship with Moscow after its military drive deep into its much smaller neighbor and called for a swift Russian withdrawal.

"I think there needs to be a strong, unified response to Russia to send the message that this kind of behavior, characteristic of the Soviet period, has no place in the 21st century," Defense Secretary Robert Gates said Sunday.

But neither Gates nor Secretary of State Condoleezza Rice would be specific about what punitive actions the United States or the international community might take.

Rice, who was flying to Europe for talks Tuesday with NATO allies about what message the West should send to Russia, said Russia can't use "disproportionate force" against its neighbor and still be welcome in international institutions.

"It's not going to happen that way," she said. "Russia will pay a price."

French President Nicolas Sarkozy warned Medvedev of "serious consequences" in Moscow's relations with the European Union if Russia does not comply with the cease-fire accord.

A U.S. official told The Associated Press that the Russian military moved SS-21 missile launchers into South Ossetia on Friday. From there, the missiles would be able to reach Tbilisi.

Nogovitsyn, the Russian military official, disputed the claim, saying Russia "sees no necessity" to place SS-21s in the region.

The war broke out after Georgia launched a barrage to try to retake control of South Ossetia, a Russian-backed separatist region that split off in the early 1990s. Russia had peacekeeping forces in South Ossetia and sent in thousands of reinforcements immediately, driving out Georgian forces. Georgian troops also were driven out of the small portion they had held in another separatist region, the Black Sea province of Abkhazia.

Russian troops also took positions deep into Georgia, including Gori, about 50 miles west of the capital, and in the Black Sea port of Poti. They also began a campaign to disable the Georgian military, destroying or carting away large caches of military equipment. An AP photographer saw Russian troops guarding rows of captured Georgian military vehicles Sunday in Tskhinvali.

An AP photographer also saw Russian troops Sunday in the South Ossetian village of Kikhvi. Houses in the mostly-ethnic Georgian village were burning days after most fighting had ended.

Bolstered by Western support, Georgia's leader vowed never to abandon its claim to territory now firmly in the hands of Russia and its separatist allies, even though he has few means of asserting control. His pledge, echoed by Western insistence that Georgia must not be broken apart, portends further tensions over South Ossetia and Abkhazia.

In Gori, there were scenes of desperation Sunday as Georgians crowded around aid vehicles, grasping for loaves of bread. Virtually all shops were closed and the streets were almost empty, save for those seeking aid.

"I wouldn't say there's a humanitarian catastrophe, but there's an urgent need for primary products," Georgian national security council head Alexander Lomaia told journalists Monday on the outskirts of Gori.

Nearby, Russian troops inspected a Georgian humanitarian aid vehicle Monday before allowing it to enter Gori.

Georgia's government minister for refugees, Koba Subeliani, said there were 140,000 displaced people in Tbilisi and the surrounding area.

U.S. Brig. Gen. Jon Miller arrived in Georgia to assess the need for further humanitarian aid. So far, at least six U.S. military flights carrying aid have arrived in Tbilisi, ferrying everything from cots, sleeping bags and medicine to emergency shelters and syringes.

______

Associated Press writers David Nowak, Steve Gutterman and Jill Lawless in Moscow; Michael Fischer and Matti Friedman in Tbilisi, Georgia; Deb Riechmann in Crawford, Texas; and Pauline Jelinek in Washington contributed to this report.


Yahoo News/ AP
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papatango

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« Responder #234 em: Agosto 18, 2008, 04:04:42 pm »
Citação de: "P44"
Citação de: "papatango"
Viu seguramente outro filme. O filme que você viu é o que passa na comunicação social censurada da Rússia onde os jornalistas são ameaçados de morte quando não dizem o que o soviete manda.

É por demais evidente a esta hora do campeonato que a operação militar russa foi meticulosamente preparada e coincidiu com operações militares do exército russo no Cáucaso.


fontes CONCRETAS? para além da sua imaginação :roll:


Quer explicar o que é que foi imaginado ?

Nega que ocorreram movimentações militares russas antes da invasão ?
Nega que ocorreram exercicios militares do 58ºexército russo imediatamente antes da invasão?
Nega que os russos construiram uma linha de caminho de ferro para a Geórgia meses antes da invasão ?

Nega que o numero de mortos do suposto massacre de 1600 a 2000 civis  é uma fraude mais fraudulenta que a das armas de destruição macissa no Iraque ?

Nega que a censura russa esteja a (como é aliás hábito) criar mentiras continuamente e que haja jornalista sque já foram despedidos ou obrigados a demitir-se na Rússia ?

Nega que os russos têm continuamente violado os acordos e as promessas de retirada ?

Nega que os russos estão a proteger os Ossetas que roubam e pilham tudo o que encontram pelo caminho ?

É claro que é imaginação minha.
Minha, e dos jornalistas da CNN, BBC, RTP, Al Jazeera, NHK, Televisão Turca, Sky News, Euro News, e de tudo quanto é jornal e agência de informação.

Claro que o P44 e os russos é que falam a verdade. Hoje como ontem como sempre.
Estaline é um santo, bem como os seus sucessores.
A Santa Rússia nunca cometyeu crimes e quando cometeu foram crimes pios, um genocidiozinho aqui ali e outro acolá, nada de mais.

Ao ponto a que chega a convicção quase religiosa destas pessoas...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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André

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« Responder #235 em: Agosto 18, 2008, 04:33:12 pm »
Geórgia acusa russos de não retirarem

A Geórgia acusou a Rússia de não estar a retirar as suas tropas, tendo mesmo considerado que a situação se mantém na mesma. Jornalistas na região falam em explosões numa base militar georgiana e em soldados em algumas zonas da Geórgia.

A Geórgia acusou a Rússia de não retirar as suas tropas de território georgiano, indicou o secretário do Conselho de Segurança georgiano, que entende que a «situação se mantém sem modificações».

Em declarações à AFP, Alexander Lomaia disse continuarem a existir «dezenas de pontos de controlo» russos na estrada que liga Kachuri e Igoitei, a poucos quilómetros da capital georgiana, Tbilissi.

Antes, o Ministério georgiano do Interior tinha acusado os russos de fazerem explodir locais onde se encontram munições e armas pertencentes à Geórgia nas proximidades de Senaki.

«Estão a destruir tudo e depois retiram desses locais. Se chamam a isto uma retirada então não percebo o significado da palavra», afirmou o porta-voz ministerial, Shota Outiashvili.

Este porta-voz confirmou ainda que o exército russo destruiu uma pista de uma base georgiana a cerca de 250 quilómetros de Tbilissi, local que foi posteriormente abandonado pelas tropas de Moscovo.

Shota Outiashvili tinha indicado anteriormente o avanço de seis blindados russos a caminho de Kashuri para Satchkere e de outros seis a caminho de Borjomi.

Estas declarações surgiram a par de vários relatos de jornalistas que confirmam a existência de explosões na base militar de Senaki, localizada na zona oeste da Geírgia e que foi ocupada por militares russos.

A AFP fala ainda de movimentações de camiões e veículos militares russos da base de Tekladi, localizada a três quilómetros de Senaki, em direcção à cidade de Kutaisi, e da existência de soldados e carros militares na zona de Senaki.

Também segundo a AFP, em Gori, também se verifica a presença de soldados russos, naquilo que o ministro georgiano do Desenvolvimento Regional apelidou de «história sem fim».

«Os soldados russos do exército regular têm de abandonar imediatamente a Geórgia e também a Ossétia do Sul e a Abcásia», reiterou David Tkechalachvili, que denunciou a «agressão» e a «pilhagem» do seu país, mas que reconheceu não haver «qualquer catástrofe humanitária» em Gori.

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André

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« Responder #236 em: Agosto 18, 2008, 07:40:08 pm »
Reunião da OSCE sobre envio de observadores termina sem acordo

A reunião dos membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa para o reforço dos observadores na Geórgia terminou sem acordo. No entanto, à TSF, o presidente da Assembleia Parlamentar da OSCE disse que está em cima da mesa uma «solução a nível político».

A reunião dos membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) desta segunda-feira quanto ao reforço dos observadores na Geórgia terminou sem entendimento, anunciou a presidência finlandesa da organização.

O ministro finlandês dos Negócios Estrangeiros, Alexander Stubb, tinha apresentado aos 56 Estados-membros um curto texto onde propunha o envio de uma centena de observadores suplementares para o conflito no Cáucaso.

Fontes diplomáticas ouvidas pela agência France Press indicam que na base dos desentendimentos estiveram as pretensões de Moscovo de conhecer os países de origem e o mandato específico dos observadores.

Entretanto, ouvido pela TSF, o presidente da Assembleia Parlamentar da OSCE disse que existem algumas dificuldades no que se refere à zona envolvente da região onde se registaram «conflitos» entre russos e georgianos, nomeadamente nas zonas da Ossétia do Sul e Abcázia.

João Soares garantiu que, apesar do fracasso da reunião desta segunda-feira em Viena, as negociações mantêm-se, sendo possível conseguir um acordo terça-feira.

João Soares avançou ainda que vai ser negociada uma «solução a nível político» entre o ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, presidente em exercício da OSCE, e os seus homólogos georgiano e russo.

TSF

 

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« Responder #237 em: Agosto 18, 2008, 07:53:08 pm »
Os americanos e os seus aliados israelitas andam a brincar com o fogo ! Eu até achei piada quando ouvi essa mulher diabolica que é a Condoleza Rice dizer que os russos estao a ficar isolados ! como se eles os americanos tivessem autoridade moral para falar! A maior parte das guerras a que temos assistido nos ultimos anos sao obra do "Eixo do Bem", assim como a mais horrivel das prisoes que jamais existiu : Guantanamo, onde homens e crianças vivem entravados noite e dia, torturados e sem qualquer direito de defesa. A familia Bush aprendeu bem com os torcionarios nazis com quem ja o avô bush fazia negociatas.

As forças armadas da Georgia têm sido treinadas e equipadas por Israel e pelos EUA, com que intençao ? porque diabo vao provocar o urso russo ? Se calhar foi tudo um pretexto para justificar a instalaçao de armas americanas (sistemas anti-misseis e outros ) na Polonia e agora tambem na Ucrania. Como ira reagir a minoria russa (minoria mas com milhoes de pessoas) na Ucrania, quando esta deixar instalar armas americanas no seu territorio ?
Ja se esqueceram que a primeira guerra mundial começou por causa dum pequeno pais, ( a Servia) ? e que a segunda guerra começou por causa da primeira ?
Os americanos que se deixem ficar onde estao e que se calem bem caladinhos. A Uniao Europeia, apesar de tudo, esta muito mais bem posicionada para ajudar a resolver esse problema. Afinal de contas seremos nos quem mais vai sofrer em caso de conflito generalizado.

Rezo com todas as minhas forças para quer Portugal nao se meta nessa historia. Ja bastou no passado recente terem enviado os nossos F16 actuar na Servia. Sabe la Deus de quantas mortes de inocentes sao os nossos pilotos responsaveis!

Se o preço a pagar pela paz é uma Georgia arrazada pelos russos, entao que se lixe a Georgia, nao foram eles que atacaram ?
 

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PereiraMarques

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« Responder #238 em: Agosto 18, 2008, 09:34:24 pm »
Citação de: "legionario"
Ja bastou no passado recente terem enviado os nossos F16 actuar na Servia. Sabe la Deus de quantas mortes de inocentes sao os nossos pilotos responsaveis!


Nenhuma...os nossos F-16 (OCU armados apenas com misseís de curto alcance Sidewinder) fizeram apenas missões de cac*...isto é protecção de Aviões Reabastecedores...
 

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papatango

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« Responder #239 em: Agosto 18, 2008, 09:44:53 pm »
Citar
Se o preço a pagar pela paz é uma Georgia arrazada pelos russos, entao que se lixe a Georgia, nao foram eles que atacaram ?
Não.
Quem atacou foram os russos.
Foram eles que não só atacaram como têm vindo a atacar a Georgia desde há muitos anos

Além disso leia a História

Abandonar a Checoslováquia aos nazis, foi o preço a pagar pela Paz de 1938

veja a cronologia dos acontecimentos:

http://www.st-andrews.ac.uk/~pv/munich/chronol.html

Ninguém fez frente a Hitler há exactamente 70 anos atrás.
Um ano depois os nazis invadiram a Polónia.

Nessa altura, a Polónia já tinha «garantias» por parte da França e da Grã Bretanha (ou seja estaria protegida por uma aliança).
Mas era demasiado tarde. O pesadelo só terminou 50 milhões de mortos depois.

O argumento dos nazis em 1939 ou dos soviéticos em 2008 é exactamente o mesmo.

Protegeremos os alemães onde eles se encontrarem.

E foi com esse argumento, mais uma vez esse argumento, que os nazis inventaram um genocídio e invadiram a Polónia em 1939.

A História repete-se

A Georgia não é o preço da Paz, é o preço da Humilhação dos países livres.
E as ditaduras não percebem isso. Olham para os países que preferem a Paz como países fracos, que se pediram a Paz uma vez, vão pedi-la outras vezes.

E recuar sempre.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...