1º- Religião e nacionalidade não têm nada que ver uma com a outra, até como esses próprios tempos provam, e, se assim não pensa, não vou nem perder tempo a discutir consigo;
Desculpe-me, mas ... tem a certeza ?
São inumeros os casos em que a nacionalidade é determinada e condicionada pela religião.
Bastaria ver porque diacho um país como a Bélgica existe. Mais de metade do país fala holandês, mas a Flandres não faz parte da Holanda.
Sabe porquê?, porque a nacionalidade Belga, é determinada pelo fato de a sua comunidade mais importante ser imagine ... Católica.
A Áustria não faz parte da Alemanha, embora seja um país de língua alemã.
Imagine-se, porque depois da confederação germânica, percebeu-se que o que separava alemães e austriacos era o fato de os austríacos serem imagine-se, católicos.
A Polónia, manteve a sua identidade cultural, porque ainda que sendo eslava, era um país católico, entre ortodoxos e protestantes.
Timor, existe, por causa das diferenças religiosas que transformaram a ilha num caso quase único num país muçulmano.
Quando o segundo maior país do mundo se tornou independente, entrou em guerra civil e separou-se, porque nas suas extremidades ocidental e oriental havia uma maioria muçulmana, e no centro havia uma esmagadora maioria de hindus.
O eterno conflito do médio oriente, é entre muçulmanos e judeus.
Os problemas entre Russia e Turquia, que levaram à invasão da Crimeia no final do século XVIII, resultam de os czares quererem voltar a Constantinopla e expulsar os muçulmanos da segunda Roma.
A lista poderia continuar quase que ad eternum. Desde as diferenças religiosas entre sunitas e xiitas que se combatem há séculos, às guerras religiosas europeias, que em grande medida explicam as fronteiras de hoje.
A religião, é o fator mais importante quando se trata de afirmar a nacionalidade. Ela perde importância quando os conflitos são entre países com a mesma religião, e mesmo aí, no caso dos católicos, cada país pede a proteção do seu santo quanto vai para a guerra.