Índia acusa Paquistão de apoiar insurrectos em Caxemira
A Índia acusou hoje as forças de segurança do Paquistão de apoiar os insurrectos que se envolveram num sangrento combate de cinco dias com o exército indiano na região da Caxemira, que matou 25 pessoas.
Segundo a agência PTI, o general-de-brigada Gurmit Singh assegurou que os insurrectos pertencem ao grupo de Caxemira Lashkar-e-Toiba (LeT), que a Índia responsabiliza pelo massacre terrorista de Mumbai, em Novembro de 2008.
Singh assegurou que oito militares e 17 insurrectos foram mortos no combate registado no distrito de Kupwara, que faz fronteira com o Paquistão.
Após o confronto, que começou na quinta-feira passada, as forças de segurança indianas apreenderam 23 espingardas, uma pistola, lança-granadas e dispositivos de comunicação.
«O mapa, os sistemas de orientação e o seu equipamento são indicativos de que havia ajuda do Estado e das forças de segurança no outro lado da fronteira», disse o general-de-brigada, que lembrou que este tipo de «material» não está ao alcance de civis.
Embora o confronto - um dos mais sangrentos registados no último ano na Caxemira indiana - tenha terminado terça-feira, as tropas indianas continuam a operar em regiões próximas.
O porta-voz do LeT Abdullah Gaznavi assumiu a participação do seu grupo no confronto, e afirmou que «a operação de Kupwara deve servir para que Nova Déli abra os olhos».
«A Índia deve entender que a luta pela liberdade na Caxemira não acabou. Continua activa e com plena força», disse Gaznavi, segundo a PTI.
O LeT é uma das principais organizações armadas separatistas da Caxemira, e a Índia também acusa o grupo de participar em atentados noutros pontos do país.
A Caxemira é a principal disputa territorial entre a Índia e o Paquistão, que abriram um processo de diálogo para abordar este e outras questões em 2004, interrompido após o massacre de Mumbai.
Lusa