Israel lança ataque terrestre contra Faixa de Gaza segundo HaaretzTanques da artilharia israelita lançaram hoje um ataque contra a Faixa de Gaza, disseram testemunhas palestinianas citadas pelo jornal
Haaretz.
Este é um passo que pode dar início a uma nova fase da ofensiva militar israelita contra o movimento radical islâmico Hamas, nomeadamente a um ataque terrestre.
Neste sábado, os aviões das Forças de Defesa israelitas mantiveram os bombardeamentos aéreos a pelo menos 23 alvos na região, numa ofensiva que já causou mais de 420 mortos e cerca de 2.200 feridos.
Testemunhas palestinianas disseram que o ataque terrestre causou uma grande explosão na cidade de Gaza, bem como uma série de explosões perto da fronteira com Israel.
Não há informações até ao momento sobre vítimas do ataque terrestre.
A artilharia israelita costuma atacar com munições de 155 mm. Caso Israel efectivamente inicie uma ofensiva terrestre contra a Faixa de Gaza, pode aumentar significativamente o número de vítimas civis - que, segundo agências da ONU correspondem a 25% do total de vítimas.
Desde há dias que Israel mantém tanques e artilharia a postos na fronteira com Gaza, preparados para, a qualquer momento, cumprir a decisão das Forças de Defesa de evoluir na estratégia da ofensiva militar.
Analistas apontam que o exército evita um ataque terrestre por recear as minas terrestres implantadas por militantes do Hamas na região da fronteira, justamente para conter a chegada dos tanques israelitas.
Fontes do Hamas divulgaram que, durante a madrugada, os seus homens frustraram a primeira tentativa do exército israelita de entrar na Faixa de Gaza por terra, segundo o
Haaretz.
No entanto, um porta-voz do Exército negou totalmente que tenha acontecido uma operação do género.
Desde há oito dias consecutivos, Israel comanda uma operação militar na Faixa de Gaza com bombardeamentos que atingiram diversos pontos vinculados ao Hamas, como ministérios, casas de activistas, esquadras, mesquitas, a sede de uma ONG e edifícios da Universidade Islâmica e já matou três importantes líderes do grupo.
Segundo Israel, a ofensiva é uma resposta à violação - e lançamento de foguetes - do Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou oficialmente a 19 ed Dezembro.
Trata-se da pior ofensiva realizada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Lusa