Arrego!
Mas acho que as unidade operacionais (Brigada Paraquedista, Operações Especiais, Aeromóvel, Batalhões de Infantaria de Selva) os cortes devem ser mais "suaves".
As unidades da FAR (penso que sejam a Brigada de Operações Especiais, a Brigada de Infantaria Pára-quedista, 1º Batalhão de Infantaria de Selva (Aeromóvel), 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) e o 52º Batalhão de Infantaria de Selva), pela sua natureza gastam muito mais dinheiro que as restantes unidades do EB e também são as que por norma sentem menos os cortes, mas de qualquer maneira vão sentir. 40% é demasiada fruta!
Maiores explicações:
Gen Mourão: Cortes / Fronteiras / GLO / Política O GEx Antônio Hamilton Martins MOURÃO, comandante do Comando Militar do Sul (CMS), recebe a imprensa e não se furta a comentar assuntos polêmicosO General-de-Exército O General-de-Exército Antônio Hamilton Martins MOURÃO, comandante do Comando Militar do Sul, CMS. Foto CMSO General-de-Exército Antônio Hamilton Martins MOURÃO, comandante do Comando Militar do Sul (CMS), recebeu a imprensa na Quartel-General do CMS, em Porto Alegre, na manhã de terça-feira (05ABR).
O GEx Mourão tem sido o mais ativo dos membros do Alto-comando em dar suas opiniões, mesmo em assuntos sensíveis. Muitos analistas o consideram como a voz do atual comandante do Exército General-de-Exército Eduardo Villas Boas.
Isto já pautado no início da sua apresentação, quando mencionou, que devido aos cortes orçamentários estimados para o ano de 2015, a Operação Ágata, ocorrerá somente na área de Fronteira com o Paraguai.
Cortes OrçamentáriosA crise financeira que o leva Governo Federal a enxugar o Orçamento Geral da União poderá reduzir em 40% as verbas para o Exército em 2015. Valor estimado pelo Comando do Exército.
- Como teremos menos recursos, teremos menos capacidade de aprestamento, treinaremos menos, estaremos menos capacitados e com menos verba para manutenção de equipamentos. É como uma bola de neve. Cada operação será com menos meios - lamentou o general de Exército Antônio Hamilton Martins Mourão.
O aperto nas finanças deve tirar dos cofres do Exército R$ 880 milhões dos R$ 2,2 bilhões até então previstos para despesas de custeio deste ano nos oito comandos regionais. Além desse corte, o governo Federal também embolsou ou melhor incorporou ao Orçamento Geral cerca de R$ 190 milhões, do fundo do Exército, relativos a receitas próprias do Exército.
A redefinição de gastos em cada comando será decidida em uma reunião do Alto-Comando do Exército, na próxima semana, em Brasília. O certo é que não pode haver cortes com alimentação, saúde, despesas com material de consumo como fardamento, entre outras prioridades. A área de ensino do Exército também não é atingida pelos cortes.
Além de operações, o CMS estuda medidas de economia como redução do horário de expediente para gastar menos com água e luz.
Operações nas FronteirasUma das consequências do corte orçamentário será a suspensão de ações de fronteira no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, previstos na Operação Ágata, afetando importante instrumento de combate ao ingresso de drogas na Região Sul.
Parte importante lançado pela própria Presidente Dilma Rousseff e coordenado pelo VP Michel Temer, o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF) tinha as Operações Ágata como o ponto alto.
De área de fronteiras subordinada ao CMS, são 2.400 km. Destes a Operação Ágata atuará em somente 186km, parte da fronteira com o Paraguai. Também inclui a Usina Hidrelétrica Binacional de Itaipu.
Questionado sobre o impacto da medida no combate ao tráfico no Estado, o general disse que pretende reforçar outras ações, como a Operação Fronteira Sul, contando com efetivos disponíveis, alocados nas cidades fronteiriças.
Com a desarticulação das Forças de Segurança, da Argentina, e a necessidade de deslocar forças para a Grande Buenos Aires, o narcotráfico tem agido quase que livremente na fronteira com o Brasil e Uruguai. São 1.222 km de fronteiras com a Argentina.
O GEx Mourão mencionou que parte das missões serão incorporadas na Operação Fronteira Sul. Porém, com os cortes e contigenciamento não há certeza de que isto posso ocorrer.
Ficamos sem capacidade de cumprir uma parcela das nossas atividades. Mas é importante destacar que a missão do Exército neste processo ( controle do narcotráfico) é secundária, esporádica. O combate às drogas é uma questão de saúde pública, de investimentos em comunidades e também está ligado aos organismos de segurança pública. O Estado tem de agir como um todo. Se não fizer isso, vamos enxugar gelo indefinidamente - enfatizou Mourão.
Estrutura do CMSO Comando Militar do Sul ostenta o lema “Elite do Combate Convencional”. E realmente tem uma parcela significativa de contingente e equipamento do Exército Brasileiro.
São seguintes os números do CMS:- 54.000 Militares (Aprox ¼ da Força Terrestre)
- 162 Organizações Militares
- 90 % dos blindados sobre Lagartas
- 75% dos blindados sobre rodas
A 3ª Divisão de Exército (DE) com sede, em Santa Maria (RS), é considerada a unidade mais poderosa abaixo do Rio Grande (fronteira EUA-México).
A 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada (Cascavel/PR) é a grande unidade onde estão sendo definidos os conceitos doutrinários e operacionais da Infantaria Mecanizada com a introdução do blindado Guarani.
Realocação de UnidadesEstá prevista a a movimentação de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Bda C Mec), dos três localizadas no Rio Grande do Sul, para a região do Planalto Central. Perguntado se seria a 3ª Bda C Mec, Bagé, o General Mourão tergiversou e indicou, que poderia ser a 2ª Bda C Mec, de Uruguaiana.
Operações ContinuadasEmbora preparado para o Combate Convencional, algumas unidades do CMS, estão em missão continuada “na Não Guerra”, desde o primeiro semestre de 2014 com a participação na Operação São Francisco (Complexo da Maré) e posteriormente enviadas ao Haiti.
A necessidade viaturas blindadas de lagartas e rodas nas missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) tem colocado sempre em ações membros do CMS.
Na Maré está em uso Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) modernizada ao padrão M113BR pelo Parque de Regional de Manutenção 5 (Pq R Mnt/5). As viaturas já percorreram centenas de quilômetros dentro da Maré.
OlimpíadasSão previstos (com tendência de acréscimo) o emprego de 38.000 militares das Forças Armadas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro 2016.
O CMS deverá enviar mais de 2000 militares ao Rio de Janeiro.
Centro de Avaliação e AdestramentoEste é um item que será discutido na semana que vem na reunião do Alto-Comando. O Cetro de Avaliação e Adestramento, localizado em Santa Maria, necessita de uma decisão forte do Exército. São investimentos de 500 Milhões em quatro anos. Já foram investidos 15 Milhões de Euros no Simulador de Fogo, que já foi instalado em Resende e até no final do ano deverá estar funcionando em Santa Maria.
Ação políticaRespondendo sobre ao que os manifestantes pedem a intervenção do Exército na Vida Nacional, o General Mourão repassou a vida do Brasil desde a República, com o Marechal Deodoro da Fonseca, Getúlio Vargas, que estudou no Colégio Militar de Porto Alegre e foi um ditador. Porém, ninguém trocou o nome das ruas.
A intervenção militar, na vida política, é coisa do passado, complementou o Comandante Militar do Sul.
Fonte: http://www.defesanet.com.br/terrestre/n ... -Politica/