Sinceramente, fica dificil de ver navios desse tipo em Portugal, a não ser que haja muita, mas muita coisa a mudar em Portugal.
A esmagadora maioria da opinião pública não entende as consequências de uma politica de rearmamento e o que isso implica para toda a economia.
Os politicos falam de atingir os 2% de despesas militares, quando na realidade nós somos dos países que mais distorcem os gastos militares, tanto com cativações manhosas como com a inclusão da ração de cachorros (pastores alemães) reformados nas despesas militares.
Nós não atingimos nem 0.6% do PIB e os 2% não são uma meta, são o mínimo. Há já quem fale em alguns países europeus em valores de 2.5% a 4% do PIB, para atingir numeros crediveis.
O dinheiro que estes meios envolvem é de uma dimensão dificil de entender. Os governos não se vão abster de manter as clientelas contentes e por isso vão tentar empurrar com a barriga os problemas, até que o próximo governo se tenha que preocupar.
A distância a que nos encontramos da fonte dos problemas, acaba sendo um analgésico. Infelizmente, em vários periodos da Histórica, fomos literalmente apanhados de calças na mão, quando os ventos de guerra começaram a soprar...
Quando casávamos uma princesa ou um principe com alguém em Espanha e estabeleciamos mais um pacto com os ingleses, os nossos problemas acabavam, e apenas a policia era necessária
A politica de casamentos e as alianças com a potência hegemónica naval, eram a nossa segurança.
Antes disso, em 1580, a União Ibérica, foi em grande medida a nossa resposta aos problemas que tinhamos com o império.
Aceitámos um rei estrangeiro, com a ideia de que a partir daí, a nossa segurança estaria garantida pelos espanhóis.
Quando nos exigiram que participassemos no esquema da União de Armas do Conde-Duque de Olivares, só então o portuga entendeu que não havia almoços grátis.
Andamos nisto há séculos ...
Não vai mudar tão cedo.