Deixo aqui os meus cinco tostões de comentário sobre a questão do Bérrio.
O Bérrio, era um navio reabastecedor, que essencialmente era um petroleiro. Um navio pensado para transportar combustível e reabastecer os navios de uma "task force" que não tinham grande autonomia. Essa sempre foi uma das apostas da Royal Navy como de qualquer marinha que se preze.
Os navios com menos autonomia, e que precisam atingir velocidade máxima de combate, vão precisar de muito combustível.
Um navio que tem uma autonomia para 12.000 km à velocidade de cruzeiro de 18 nós (que já é muito boa) pode gastar dez vezes mais à velocidade de 30 nós, que pode ter que atingir em situações de combate.
No caso português porém o Bérrio podia transportar outro tipo de víveres, e essa capacidade era importante, embora pelo que sei, a maior capacidade do Bérrio servia de relativamente pouco, já que não se podem guardar pernas de porco nos depósitos de gasoleo.
Estou de acordo, com a tese de que dois navios mais pequenos, com muito menos capacidade para transportar combustível, mas com muito mais capacidade para transportar toda a parafernália de equipamentos, munições e combustível que são necessários para qualquer navio, é uma mais valia muito grande.
Ou seja:
Não podemos confundir um navio tanque (essencialmente um petroleiro de esquadra) com um navio reabastecedor, capaz de transportar uma muito maior variedade de items.
Em termos de logística isso é uma vantagem que daria para encher vários posts...