Crónica dos Feitos no EU3

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TOMSK

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Crónica dos Feitos no EU3
« em: Setembro 14, 2009, 06:13:00 pm »


Lisboa, Outubro de 1399

"Finalmente Lisboa...
As cousas parecem calmas agora, que a paz foi firmada. Depois da última embaixada enviada ao Rei de Castela, que teve o seu encontro em Badajoz, o Reino vive agora mais tranquilo e pode finalmente descansar de uma provação que o pôs em armas. Mas permitam-me apresentar-me:
Sou Martim Cotrim, cavaleiro do Condestável Nuno Álvares, veterano de Aljubarrota e Valverde. De corpo e alma sempre servi na vanguarda das feras batalhas, estas mãos que em tempos mataram mais de 30 castelhanos servem agora para segurar a suave pena com que escrevo este texto...Uma frechada em Valverde feriu-me gravemente a mão direita, e desde aí, não mais peguei em armas. De qualquer das formas, o senhor Nuno Álvares diz que ainda "hei-de servir ao Reino". Bem, se não fôr com a espada...será com a pena!"




"Posso com segurança falar-vos dos assuntos do Reino. Sou dos que acompanhei El-Rei Nosso Senhor Dom João nas guerras que travamos e nas decisões tomadas. E ainda hoje mantenho a sua confiança.
Pois este Reino, que saiu à pouco de extenuada guerra, vive agora em paz com o seu vizinho, embora a ameaça castelhana paire, ainda e sempre sob a terra portuguesa.



O Reino está dividido em 6 principais províncias, Algarve, Alentejo, Lisboa, Beira, Porto e Bragança."




"A situação financeira do Reino está estável, apesar de não ser privilegiada. Face ao clima recente de paz, parte das tropas foram já desmobilizadas, o que nos aliviou grandemente os encargos."



"Mantêm-se agora só em Lisboa uma força armada de 2.000 homens, comandados pelo Condestável, a chamada "Guarda Real"."



"A nossa Armada é actualmente composta por 8 navios, pontificados pela maginifíca Nau El-Rei, em honra a nosso senhor El-Rei Dom João."

 

"A política interna do Reino rege-se por uma progressiva descentralização, acente no mercantilismo. Apesar das recentes batalhas, o Reino hoje caminha virado para o mar, para o além do mar...e como tal, bons navios são necessários!"



"A recente campanha de independência liderada por Sua Alteza o Rei Dom João e o Condestável Nuno Álvares levou a que o o poder estivesse forçosamente concentrado nestas duas personagens durante algum tempo. Contudo, como diz El-Rei Dom João " é preciso organizar o Reino", e assim, já se espera a entrada em cena de novas figuras da governação, que possam contribuir com o seu saber para o "riqueza e grandeza de Portugal"


"Grandeza já a temos, digo eu! O senhor Nuno Álvares é hoje considerado o grande Capitão da Cristandade, ocupando os primeiros lugares nos grandes líderes militares...talvez até maior que Júlio César...quem sabe o que o futuro e a fortuna lhe reservam?"



"E porque Sua Majestade Dom João é o Rei do povo português, ele me incumbiu de uma especial tarefa...No final de cada crónica terão que votar na opção que mais considerarem para os destinos da vossa Pátria...e assim darei conhecimento a El-Rey da opinião da plebe, que é por ele muito considerada, assim como por mim, pois tenho mais de 10 criados e a todos eles eu lhes pago muyto bem e a horas."


Dom Martim Cotrim, fiel Cavaleiro do Reino de Portugal
 

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cromwell

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Setembro 14, 2009, 06:42:51 pm »
Parabens, caro TOMSK!

EXCELENTE CRÓNICA! :P
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

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LM

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Re: Crónica dos Feitos no EU3
« Responder #2 em: Setembro 20, 2009, 07:15:30 pm »
É sempre bom encontrar outro "conquistado" pelo EUIII - eu, que não jogava nada à muitos anos estou "agarrado"...

Lamento o usar do teu post mas vou aproveitar para colocar mapa do meu 1º jogo "campanha" a sério (EUIII IN3.2b), com Portugal (em 1690) - Barcelona é vassalo (conquistar toda a península tem como possibilidade criar Espanha, mas quem quer jogar com um país chamado assim?), tal como sul de Ceilão, Sindi, Benin e os Maias. O "monstro" do jogo é a Borgonha, aliado de Portugal desde o início.


Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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TOMSK

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Re: Crónica dos Feitos no EU3
« Responder #3 em: Setembro 21, 2009, 05:15:31 pm »
Citação de: "LM"
É sempre bom encontrar outro "conquistado" pelo EUIII - eu, que não jogava nada à muitos anos estou "agarrado"...

Lamento o usar do teu post mas vou aproveitar para colocar mapa do meu 1º jogo "campanha" a sério (EUIII IN3.2b), com Portugal (em 1690) - Barcelona é vassalo (conquistar toda a península tem como possibilidade criar Espanha, mas quem quer jogar com um país chamado assim?), tal como sul de Ceilão, Sindi, Benin e os Maias. O "monstro" do jogo é a Borgonha, aliado de Portugal desde o início.



Não é preciso lamentar, caro Grão Pacheco. É sempre um prazer recebê-lo a bordo desta Flor de la Mar. :wink:

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"Desde há muito citadas nas conversas dos marinheiros regressados de anteriores navegações, aquelas ilhas misteriosas que há muito se mostravam nos sonhos de El-Rey Dom João como um ponto de viragem da nossa Pátria. Assim, levado pela condição de paz existente, decidiu destacar uma expedição em direcção a essas ilhas, para as referenciar efectivamente"



"Em Lisboa aparelhava-se já a Princesa do Céu, a nau comandada por Gonçalo Velho, que tinha como destino descobrir as ilhas encantadas. De entre recrutamento que se levantou na cidade, eu, Martim Cotrim, me ofereci para ir no navio, e assim, juntamente com 300 homens, na maioria moços, muitos deles da afamada Ala dos Namorados de Aljubarrota, largámos a terra e partimos à aventura."



"Na manhã de 15 de Outubro, toda a população de Lisboa acompanhara-nos até à Ribeira, descendo em cortejo desde a Sé de Lisboa, onde fora realizada missa solene em presença de El-Rey Dom João. A tripulação foi benzida, a bandeira da Cruz de Cristo entregue ao Capitão,e depois de beijar a mão ao Rei, subimos ao navio, seguidos por uma multidão em lágrimas, que entrava na água para ver o máximo tempo possível aqueles de quem não se ousava esperar o regresso.
A rota da viagem em si, estava bem delineada, e estudada de acordo com as correntes e os ventos de feição. Após sairmos de Lisboa, deviámos vogar para norte, dirigindo-nos depois para sudoeste, aproveitando as correntes desta altura do ano. Se tudo corresse bem, em menos de um mês, deveríamos ter alcançado as ilhas. Se não, que Nosso Senhor Jesus Cristo tivesse misericórida de nós..."




"E assim, subindo o Tejo ao som de pífaros e tambores, que marcavam o ritmo das manobras, com os marujos empoleirados em filas na mastreação, onde a cadência do mar, a pouco e pouco nos envolvia, apagando-se o eco das festas dessa manhã. Lisboa já tinha ficado para trás..."


Diário da Viagem

Dia 1
"Navegamos em direcção ao Norte. A viagem está a ser agradável, e os homens aproveitam para conhecer os seus companheiros de aventura. Já hoje de manhã, o Capitão Gonçalo Velho apresentou-se aos seus homens, relembrando-lhes as essenciais regras de sobrevivência:
O vinho era distribuído segundo regras bem definidas, bem como a alimentação, onde o lume era rigorosamente controlado. Não podíamos deixá-lo apagar nem o espevitar em demasia. Qualquer desatenção podia provocar um incêndio a bordo. Por agora a alimentação era abundante. Carneiros e cabras embarcaram connosco, e apesar de não haver cozinheiro a bordo, desembaraçavamo-nos como podíamos, apesar de o Capitão e o piloto terem criados próprios. A água doce foi armazenada em tóneis, à volta dos mastros e no porão. Para não compremeter o equilíbrio do navio, deitavamos água do mar nos tóneis vazios, o que espalhava nos tóneis um sabor tão salobre que só era possível voltarmos a matar a sede tapando o nariz.  Entretanto, fui escolhido para comandar o destacamento de homens de guerra do navio, cerca de 100 soldados."





Dia 5
"Navegamos á vontade, até agora sem problemas de maior. Ontem um moço caiu ao mar quando trepava um dos mastros, pelo que ficou decidido que daqui em diante, apenas os marinheiros tem autorização para trepá-los. Estes moços que embarcaram em grande número no navio, infelizmente de pouco percebem disto, tendo muitos deles nunca posto um pé em rio, quanto mais no mar. O Capitão Gonçalo Coelho mandou que se colocassem alhos e cebolas de cada um dos lados do navio, pois estes moços nem sequer distinguem bombordo de estibordo. Para evitar este tipo de acidentes, embarcou-se pelo menos dois homens para cada tipo de trabalho. Assim, se um morrer, pelo menos resta um para ocupar o seu lugar. Já o Piloto e o Capitão ocupam os lugares de grande destaque, ricamente vestidos, e com acesso a uma larga cabine para descanso, e onde se guardavam os atrolábios, os quadrantes e os mapas. Também os músicos tem lugar no navio, pois com seus címbalos e trombetas reanimam as forças dos remadores durantes as manobras. À noite, um tocador de pífaro toca mansamente, para impedir o timoneiro de adormecer. O barbeiro faz sobretudo oficío de cirurgião, pois a água não deve ser desperdiçada em situações desnecessárias. Embarcaram ainda algum número de religiosos e degradados, os primeiros para confortar o coração dos homens, os segundos para se salvarem da forca em troca de missões excepcionalmente dificeís.
A viagem continua, e em breve espero contar-vos boas novas. "



Dom Martim Cotrim, a bordo da Princesa do Céu, ano de 1399